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sexta-feira, 18 de agosto de 2023

Sociedade Brasileira de Infectologia pede reforço da vigilância sobre o coronavirus

 

FotoThiago Gadelha/SVM

A Sociedade Brasileira de Infectologia emitiu uma nota informativa nesta última quinta-feira (17), avaliando que a nova variante de interesse (EG.5) monitorada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda não modificou o cenário epidemiológico no Brasil. Apesar disso, a entidade pede que as autoridades sanitárias reforcem a vigilância genômica dos casos sintomáticos de covid-19, para que qualquer mudança de cenário seja detectada precocemente.

Essa vigilância é feita com o sequenciamento genético das amostras positivas do coronavírus SARS-CoV-2 coletadas nos testes RT-PCR, e permite identificar quais variantes estão circulando no país e mudanças nesse cenário.

A nota informativa foi assinada pelo presidente da SBI, o infectologista Alberto Chebabo, que salienta que a nova variante ainda não foi detectada no Brasil, mas pode já estar circulando de forma silenciosa, devido ao baixo índice de coleta para análise genômica no país.

"Apesar disto, não houve modificação no cenário de casos notificados de covid-19 ou aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil no momento, não havendo necessidade de mudança das recomendações vigentes".

O texto foi divulgado um dia depois de a Universidade Federal do Rio de Janeiro ter recomendado a retomada do uso de máscaras em aglomerações e ambientes fechados na universidade, como prevenção contra a covid-19.

A universidade afirma ter detectado aumento moderado e progressivo nos testes positivos de covid-19 realizados por seu centro de testagem, e menciona avaliação da OMS de que 1,5 milhão de novos casos de covid-19 foram registrados em todo o mundo entre 10 de julho e 6 de agosto, um aumento de 80% em relação ao período anterior. Esse aumento, porém, está concentrado principalmente no Leste da Ásia e Oceania, segundo a organização.

Para o secretário municipal de saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, "não há neste momento nenhuma alteração no cenário epidemiológico que justifique o uso indiscriminado de máscara, a recomendação é que todos os maiores de 12 anos realizem a dose de reforço para covid-19 com a vacina bivalente".

Com. Informações da Agência Brasil.

8 a cada 10 cearenses não tomaram a vacina bivalente contra o coronavirus e Ceará está abaixo da meta

Foro Camila Lima 
Oito a cada 10 pessoas no Ceará estão sem a proteção mais atualizada contra a Covid: apenas 1,2 milhão de doses foram aplicadas, enquanto o público apto para tomar a vacina é de 7,6 milhões de indivíduos, até esta quinta-feira (16). Autoridades de saúde frisam a importância do reforço vacinal com o surgimento da subvariante EG.5, conhecida como 'Eris', com maior potencial de transmissão.

A realidade estadual aponta que apenas 16,73% da população está protegida, conforme os dados da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). Em Fortaleza, a situação é semelhante: somente 18,6% do público garantiu a bivalente, como a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) repassou durante entrevista concedida ao Diário do Nordeste.

As autoridades de saúde apontam que uma cobertura vacinal entre 70% e 80% é o mais ideal e alertam sobre a vulnerabilidade, especialmente dos pacientes idosos ou com doenças crônicas, com a nova forma do vírus.

Luciana Passos, coordenadora das Redes de Atenção Primária e Psicossocial de Fortaleza, explica que os adultos com, no mínimo, duas doses da vacina – sendo a última aplicada há 4 meses – podem receber a bivalente. Pessoas menores de 18 anos, com comorbidades, também podem ter acesso ao imunizante.

"O coronavírus é um vírus respiratório e é muito comum ter variações, não é algo inesperado, mas a capacidade de gerar doença grave é o que queremos evitar e a vacinação faz isso”, completa.

https://elberfeitosa.blogspot.com/

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