Web Radio Cultura Crato

segunda-feira, 25 de abril de 2022

Guerra da Ucrânia completa dois meses com ameaças renovadas


A Guerra da Ucrânia completa dois meses neste domingo (24) sem uma perspectiva de fim e com ameaças renovadas nos campos militar, nuclear e geopolítico.

Nos últimos dias, a Rússia presidida por Vladimir Putin intensificou sua ofensiva no Donbass, região no leste ucraniano dominada em parte por separatistas pró-Moscou, e em seu principal alvo no sul do país até agora, Mariupol, voltando a atacar o último ponto de resistência na cidade portuária estratégica para o Kremlin.

Os movimentos se alinham com os objetivos que a Rússia admitiu ter para sua "operação militar especial", eufemismo usado por Moscou para se referir à guerra: conquistar todo o Donbass, conectá-lo com a península já anexada da Crimeia e capturar inteiramente o sul da Ucrânia, até a fronteira com Moldova.

A declaração sobre essas metas foi dada na sexta-feira (22) pelo general Rustam Minnekaiev, vice-comandante do Distrito Militar Central, a agências estatais. O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, recusou-se a comentar o tema, e a Ucrânia reagiu, afirmando que a afirmação desmente as alegações de que não há ambições territoriais em jogo.

O presidente Volodimir Zelenski repetiu sua tese de que Putin pretende invadir outros países: "Nós somos os primeiros da fila. E quem virá a seguir?", disse, em mais um de seus tradicionais discursos noturnos, na sexta-feira.

Se confirmada pelo Kremlin, a nova estratégia da ofensiva russa também poderia, na prática, extrapolar o território da Ucrânia ao chegar à Transdnístria, enclave separatista em Moldova cuja maior parte da população é formada por russos étnicos.

A chancelaria do pequeno país convocou o embaixador de Moscou para expressar preocupação com as falas do general. "A declaração é infundada. Moldova é um Estado neutro, e esse princípio deve ser respeitado por todos os atores internacionais, inclusive a Federação Russa", disse o órgão em comunicado. Moldova pleiteia, assim como Kiev, a adesão na União Europeia.

ATAQUE A USINA DE MARIUPOL

Neste sábado (23), a Rússia retomou o ataque ao último bastião da resistência ucraniana em Mariupol, um complexo siderúrgico onde se escondem milhares de combatentes e civis. Dois dias antes, Putin havia declarado vitória na captura da cidade e disse que suas tropas não precisariam tomar a usina de Azovstal.

Mas, segundo o assessor da Presidência da Ucrânia Oleksi Arestovitch, as forças de Moscou voltaram a lançar bombardeios e a tentar invadir o complexo siderúrgico para "estrangular a resistência final dos defensores de Mariupol".

Arestovitch disse que as tropas ucranianas ainda estão resistindo, "apesar da situação muito difícil", e tentando contra-atacar. Putin e outras autoridades russas, por sua vez, têm dito que aqueles que se renderem pacificamente serão poupados por Moscou.

Mais de 1.000 civis estão escondidos na usina, segundo autoridades ucranianas. A Rússia, por sua vez, diz que Azovstal abriga pelo menos 2.000 militares inimigos.

Em meio a esse cenário, a Ucrânia afirmou que faria uma nova tentativa para a retirada de civis, enquanto os pedidos de trégua por ocasião da Páscoa ortodoxa não parecem ter dado resultado.

Sitiada e bombardeada por semanas, Mariupol, onde viviam 400 mil pessoas antes da guerra, virou uma cidade em ruínas. A Maxar Technologies, uma empresa norte-americana de satélite, divulgou nos últimos dias imagens aéreas de valas comuns recém-cavadas nos arredores do município, em cidades como Manhuch e Vinohradne.

Kiev diz que dezenas de milhares de civis morreram e que ainda há 100 mil moradores lá. As Nações Unidas e a Cruz Vermelha afirmam que o número de civis está na casa dos milhares, mas sem uma estimativa específica. Zelenski chegou a falar em mais de 200 mil.

Outro ponto-chave no sul do país, a cidade de Odessa voltou a ser bombardeada após vários dias sem ser alvo de um grande ataque. Dois mísseis atingiram uma instalação militar e dois edifícios residenciais, afirmaram as Forças Armadas ucranianas.

O governo afirmou que ao menos cinco pessoas morreram em decorrência do ataque e 18 ficaram feridas. "É provável que o balanço seja maior", disse o chefe do gabinete da Presidência, Andri Iermak. Segundo ele, entre os mortos há um bebê de três meses.

"O único objetivo dos ataques com mísseis russos em Odessa é o terror", escreveu o ministro das Relações Exteriores ucraniano, Dmitro Kuleba, no Twitter. A Rússia segue negando ter civis como alvo.

Segundo a inteligência militar do Reino Unido, as forças russas não avançaram muito de sexta para sábado, mas informações divulgadas pelos dois lados no conflito indicam um aumento dos ataques sobre a região do Donbass.

A Rússia disse que derrubou um caça e destruiu três helicópteros inimigos em um aeródromo de Kharkiv, cidade fortemente bombardeada há semanas a noroeste da região.

O prefeito de Kharkiv afirmou que as forças russas realizaram mais de 50 ataques com artilharia ou foguetes no último dia, matando duas pessoas e ferindo 19, e que intensos combates continuam em Izium, nos arredores.

Sergi Gaidai, governador de Lugansk, afirmou que a ofensiva russa se intensificou em toda a província e que as forças ucranianas estavam recuando em alguns pontos para preservar suas unidades.

MÍSSIL INTERCONTINENTAL

Enquanto isso, Putin voltou a sacar a carta nuclear após ter ameaçado o Ocidente, no início da invasão, com "consequências nunca vistas na história". Na quarta-feira (20), Moscou anunciou o primeiro teste completo do novo míssil intercontinental para emprego de ogivas nucleares do país, o RS-28 Sarmat, considerado o mais poderoso armamento do tipo no mundo.

Neste sábado, o Kremlin afirmou que a superarma será posicionada na Sibéria até o outono – a estação vai de setembro a dezembro no Hemisfério Norte. A meta, declarada por Dmitri Rogozin, chefe da agência espacial Roscosmos, é ambiciosa, já que especialistas ocidentais dizem que mais testes serão necessários antes que o míssil possa ser implantado de fato, pronto para uso.

Conhecido na Otan, a aliança militar ocidental, como Satã-2, o Sarmat é capaz, segundo analistas, de levar mais de dez ogivas nucleares a alvos a milhares de quilômetros de distância, como os Estados Unidos e países da Europa.

Rogozin disse em entrevista à TV estatal russa que os mísseis seriam implantados em uma unidade na região de Krasnoiarsk, na Sibéria, cerca de 3.000 km a leste de Moscou, no mesmo ponto onde ficavam mísseis da era soviética, algo que economizaria "recursos e tempo colossais".

Fonte: Folhapress via Yahoo Notícias

Vendedor morre ao colidir moto com animal em Acopiara

                     Moto se chocou contra uma vaca

Wagner tinha 39 anos

Um acidente com vitima fatal foi registrado no inicio da manhã deste domingo (24), na CE-277, rodovia que liga Acopiara a Catarina, mais precisamente na localidade de Sitio Currais, zona rural de Acopiara, centro sul do Ceará.
De acordo com informações repassadas pela Policia Militar, havia pouca visibilidade no momento do acidente devido a névoa.
O condutor da moto identificado como Antônio Wagner Alves de Lima, 39 anos, vendedor, morador da Vila Trussu, não visualizou o gado que atravessava a rodovia e colidiu contra uma vaca.
A vítima teve morte imediata, o garupeiro da moto sofreu escoriações leves pelo corpo. O Rabecão foi acionado e removeu o corpo ao IML de Iguatu.
O proprietário do animal foi identificado pela Policia e deve responder crime de omissão de cautela e pode ser responsabilizado com multa
.

Nenhum comentário:

Postar um comentário