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terça-feira, 19 de abril de 2022

Briga de trânsito termina com três mortos no interior do Ceará

 Antônio Felinto foi à casa de Cícero Januário após o carro dele impedir passagem pela rua - Na troca de tiros entre os dois, eles e o filho de Cícero morreram

Hermison, Antônio Felinto e Cícero Januário morreram após discussão em Barbalha

Uma discussão no trânsito deixou três mortos neste último domingo (17), em Barbalha, interior do Ceará. Segundo informações da polícia, uma mulher tentava seguir de carro por uma rua, e o veículo de um vizinho estacionado na via impediu a passagem. Os dois discutiram. A motorista foi para casa e teria contado ao esposo o que aconteceu.
Ainda de acordo com a polícia, o marido, Antônio Felinto da Cruz Neto, 33 anos, foi até a residência do vizinho, dono do carro, que havia discutido com a mulher dele. Lá, houve uma troca de tiros entre os dois. O vizinho, Cícero Januário Ferreira, morreu no local, bem próximo à residência onde morava.
Já Antônio foi encontrado baleado em uma avenida perto do local da discussão. Ele foi socorrido, mas morreu na emergência do hospital São Vicente de Barbalha.
Ainda durante a troca de tiros, o filho de Cícero Januário Ferreira, Hermison Lucas dos Santos Ferreira, de 18 anos, também foi atingido pelos disparos e chegou ao hospital de Barbalha sem vida.
A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social informou que a Polícia Civil apura as circunstâncias das três mortes. De acordo com levantamentos, a discussão entre os vizinhos a respeito do estacionamento do carro motivou a troca de tiros. A nota diz ainda que um inquérito policial foi instaurado na Delegacia Regional de Juazeiro do Norte e deve ser transferido para a Delegacia Municipal de Barbalha, onde seguem as investigações.

Local onde Antônio Felinto foi encontrado morto após discussão por estacionamento em Barbalha

"Esquadrão da Morte": Investigação aponta que policiais convidavam bandidos para assaltos e os executavam

Policiais militares de Mato Grosso integrariam um grupo de extermínio responsável por 23 assassinatos. De acordo com investigação do Ministério Público, os PMs contavam com a ajuda de um informante, que atraía os suspeitos para as emboscadas.

Os casos teriam ocorrido entre outubro de 2017 e outubro de 2020. Os acusados são 62 policiais militares de três grupos de elite de Mato Grosso: a Rotam, o Bope e a Força Tática. Em todos os casos, a Delegacia de Homicídios e o Ministério Público encontraram indícios de um plano de execução muito semelhante.


Mesmo roteiro

Todos os seis boletins de ocorrência têm o mesmo roteiro: PMs disseram que, depois de uma denúncia anônima, abordaram os criminosos armados, houve confronto e os bandidos acabaram mortos.

O promotor de Justiça Vinicius Gahyva Martins afirma, no entanto, que “não havia, de fato, confronto nas ações policiais. Os tiros foram todos muito próximos. Tiros encostados”.

O plano começou a ser desvendado após o depoimento de quatro sobreviventes. Todos contaram que um homem, geralmente num carro vermelho, se apresentava como segurança particular e dizia que procurava comparsas para um suposto assalto.

O tal carro vermelho e o suposto segurança, que era um informante da polícia, foram localizados pelos policiais.

Agenciador de emboscadas

Ele confessou tudo à investigação, em detalhes. “Essa pessoa organizava o assalto e comunicava inteligências dos batalhões qual seria o caminho a ser percorrido para que pudessem ser montadas as emboscadas”, disse o promotor.

“Trabalhamos para checar as informações que ele trouxe. Grande parte delas, através de provas técnicas, foram confirmadas”, afirma Fausto Freitas, delegado.

O homem que diz ser o agenciador de emboscadas contou que os planos dos assaltos fictícios também eram repassados em locais sem movimentação de pessoas, e durante à noite.

Os 62 policiais acusados chegaram a ser presos e agora respondem em liberdade. Eles negam as emboscadas e execuções.

Fonte: Portal Grande Ponto

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