O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio do Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Decon), ingressou com Ação Civil Pública (ACP), nesta sexta-feira (29/04), contra a Companhia Energética do Ceará (Enel) visando à suspensão do aumento nas contas de energia em todo o estado. Através da Resolução Homologatória nº 3.026, a diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou o reajuste tarifário anual de 2022 da Enel Distribuição Ceará, acarretando aumento de 24,85%.
Esse percentual foi calculado como média do reajuste de 24,16% aplicado para os usuários de alta tensão (indústrias) e de 25,09%, para usuários de baixa tensão (residenciais). Porém, após a homologação, a medida passou a ser duramente criticada por todos os setores da economia, considerando o impacto negativo gerado a todos os consumidores cearenses, sobretudo, àqueles mais carentes.
Dessa forma, na ação, o MPCE requer à Justiça que a Enel se abstenha de proceder ao reajuste autorizado pela Aneel ou, caso efetivado o aumento, que se abstenha de praticá-lo ou continuar praticando, sob pena de multa diária no valor de R$ 1 milhão para a hipótese de descumprimento. A ACP está fundamentada nos postulados da vulnerabilidade social da população afetada pela pandemia, da modicidade das tarifas, e nos deveres de transparência e informação, sob pena de ofensa a direitos elementares dos consumidores.
O secretário-executivo do Decon em exercício, promotor de Justiça Ricardo Memória, destaca ainda o contexto de gravíssima crise econômica, decorrente da pandemia, bem como o superendividamento das famílias e o aumento de 8,95% autorizado há um ano. “O reajuste está sendo levado a cabo sem qualquer transparência ou participação dos setores da sociedade. A medida consiste em clara e direta ofensa aos princípios da modicidade e da informação, sem falar no abuso do direito e na ofensa aos postulados da proporcionalidade e da razoabilidade, atingindo a todos os consumidores do Ceará”, afirma o membro do MPCE.
Procedimento administrativo
O Decon já havia instaurado procedimento administrativo para apurar as justificativas e critérios utilizados para o reajuste, questionando, ainda, que providências foram adotadas para informar aos consumidores e diminuir o percentual estipulado. A Enel foi notificada na sexta-feira (22/04) com prazo de dez dias para enviar resposta aos questionamentos do MPCE.
Com informações do MPCE
Diretora de escola investigada por maus-tratos se entrega
A diretora Roberta Regina Rossi Serme, gestora da escola Colmeia Mágica, instituição na Zona Leste de São Paulo investigada por maus-tratos contra crianças, se apresentou à Polícia Civil no fim da noite desta quinta-feira (28). De acordo com o portal G1, Roberta se apresentou no Distrito Policial Central de Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, por volta de 23h30.
Roberta Serme ficou foragida durante 37 dias. A Justiça de São Paulo havia decretado a prisão temporária da diretora no dia 22 de março e, desde então, os policiais não tinham conseguido localizá-la. Após os trâmites, Roberta deve ser levada para o Presídio de Tremembé, em São Paulo, onde já está presa a irmã dela, a pedagoga Fernanda Carolina Rossi Serme.
O CASO
Imagens que passaram a circular na internet, e que causaram grande revolta e repercussão, mostravam bebês amarrados com lençóis e chorando em um banheiro da escolinha Colmeia Mágica. As crianças apareciam com os braços imobilizados, presas em cadeirinhas de bebês embaixo de uma pia e próximas a uma privada.
Diante do ocorrido, a Justiça determinou a prisão temporária de Roberta, que foi convertida posteriormente para prisão preventiva, quando não há prazo pré-definido para duração para o tempo de prisão. Em seu posicionamento, o Ministério Público (MP) afirmou que os vídeos e os depoimentos mostravam que os alunos teriam sofrido “intensos sofrimentos físicos e psicológicos”.
Em depoimento, Roberta confirmou que as gravações foram feitas na escola Colmeia Mágica, mas negou a prática de maus-tratos contra as crianças. A gestora escolar afirmou ainda que desconhecia quem teria feito isso, mas desconfiava que as cenas pudessem ter sido montadas por alguma funcionária insatisfeita para prejudicá-la.
(Pleno News)
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