Pontífice ocupou o trono de São Pedro por 33 dias, de 26 de agosto a 28 de setembro de 1978
O papa João Paulo I será beatificado em cerimônia na Praça São Pedro, prevista para ser realizada no dia 4 de setembro do próximo ano. No último dia 13 de outubro, a Santa Sé reconheceu um milagre atribuído ao pontífice. O anúncio foi feito pelo Vaticano na última sexta-feira, 24 de dezembro.
Albino Luciani, o papa João Paulo I, comandou a Igreja Católica de 26 de agosto a 28 de setembro de 1978, um dos menores pontificados da história. O milagre reconhecido pela Santa Sé foi a cura de uma menina de 11 anos, que sofria de uma "encefolapatia inflamatória grave e aguda, de epilepsia refratária e de choque séptico", e teria ocorrido em Buenos Aires, capital da Argentina, em 23 de julho de 2011.
O "papa dos 33 dias", como ficou conhecido Paulo I, será o sexto pontífice que governou a Igreja Católica no século XX a ser beatificado.
Antes de João Paulo I, a Igreja Católica beatificou os papas Pio X (1903-1914), João XXIII (1958-1963), Paulo VI (1963-1978) e João Paulo II (1978-2005). De acordo com a legislação canônica em vigor, será necessário aguardar o resultado de outro processo "Super Miro" (sobre o milagre) após a beatificação para que João Paulo I seja canonizado.
O papa dos sorrisos - Albino Luciani nasceu na cidade de Canale d'Agordo, norte da Itália, em 17 de outubro de 1912. Proveniente de família humilde, o clérigo ocupou o trono de São Pedro por 33 dias.
Por ter um jeito carismático, Luciani ficou conhecido como o "papa dos sorrisos". Ele foi o primeiro pontífice a adotar um nome duplo, em homenagem a seus dois antecessores, João XXIII e Paulo VI, ambos já canonizados pela Igreja Católica.
Albino Luciani morreu aos 65 anos de idade, em 28 de setembro de 1978, após sofrer um ataque cardíaco fulminante. De acordo com a legislação canônica, para que alguém seja beatificado e depois se torne um santo, é necessário a comprovação de pelo menos dois milagres.
2021 é o ano com mais chacinas no Ceará desde 2018
Chacina na Sapiranga foi a sétima ocorrência com mais de três mortos este ano no Ceará - Ao todo, ações deixaram 31 vítimas
Desde 2018, um ano no Ceará não registrava tantas chacinas como 2021. Com a ocorrência ocorrida na madrugada deste sábado, 25, no bairro Sapiranga, agora são sete o número de crimes que deixaram quatro ou mais mortos este ano no Estado. Todas as chacinas em que as investigações foram concluídas tiveram como motivação o conflito entre facções criminosas. Ao todo, 31 pessoas foram mortas nessas ações.
A primeira chacina ocorrida neste ano no Ceará foi registrada em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Quatro pessoas foram mortas em 11 de abril por integrantes da facção Guardiões do Estado (GDE). As vítimas foram escolhidas aleatoriamente, conforme a Polícia. No local, atuava a facção Comando Vermelho (CV). Foram mortos na ação: Jose Edinaldo Rodrigues da Silva, Pedro Henrique Sousa das Flores, Maria Milena Soares de Souza e Francineudo de Sousa Teixeira. Cinco homens foram denunciados pelo crime, assim como um sexto suspeito morreu em confronto com a Polícia.
Já em 25 de abril, quatro pessoas foram mortas no bairro Barroso. Neste crime, também as vítimas teriam sido mortas apenas por morarem em um bairro dominado por uma facção rival, no caso a GDE. Conforme denúncia do Ministério Público Estadual (MPCE), pelo menos 10 integrantes do CV mataram a tiros Italo Rodrigues Dias, Aginaldo Antonio da Silva, Francisca Samara Valentim de Sousa Nascimento e Edvando Felix de Souza. Apenas um homem foi denunciado pelo crime. Um outro suspeito foi morto em confronto com a Polícia no mesmo dia do crime.
Em 31 de julho, novamente em Caucaia, cinco pessoas foram mortas em uma casa do distrito de Boqueirão das Araras. Nesse caso, a investigação mostrou que o crime foi praticado por integrantes do CV, que tinham como alvo três homens que os acusados diziam ser membros de uma dissidência da facção, conhecida como “Tropa do Mago”. Sete homens foram denunciados pela chacina. As vítimas foram: Francisco Mateus Ferreira Santana, Carlos André Ferreira Santana, Patrício de Oliveira Silva, Felipe Carvalho Sampaio e Raimundo Pereira do Nascimento Filho.
A quarta chacina do ano ocorreu em 18 de setembro, em Chorozinho, na Região Metropolitana de Fortaleza. Quatro jovens, entre 15 e 17 anos, foram encontrados mortos em uma estrada carroçável da localidade denominada Lagamar. Os nomes das vítimas não foram divulgados. Nenhum suspeito do crime foi preso.
Em 4 de outubro, quatro pessoas foram mortas em Guaraciaba do Norte, na Serra da Ibiapaba. O alvo da ação era um homem apontado como chefe da GDE no Município, que não foi morto. Duas das vítimas seriam ligadas a esse homem. Já os autores da chacina eram integrantes do CV. As investigações indiciaram nove pessoas. Na chacina, foram mortos: Ezequias Ferreira da Costa, José Leonardo Lima Gomes, Maria Elizangela da Silva de Oliveira e Maria Ana da Silva.
A mais recente chacina ocorrida no Estado até então havia ocorrido em Viçosa do Ceará, também localizada na Serra da Ibiapaba. Claudiana Olímpio da Silva, Priscila Márcia da Silva, Carlos Henrique de Carvalho Passos e Luciano Francisco da Cunha foram mortos a tiros dentro de uma casa. A motivação do crime ainda é apurada. Um homem apontado como chefe de uma facção em Tianguá, município vizinho a Viçosa, é investigado pelo crime.
Chacinas em anos anteriores
Em 2020, três chacinas haviam sido registradas no Estado: em Ibaretama (Sertão Central), Quiterianópolis (Sertão dos Inhamuns) e Maranguape (Região Metropolitana de Fortaleza). Os crimes deixaram 16 mortos. Em 2019, um caso foi registrado, no bairro Mondubim, tendo deixado quatro mortos. E, em 2018, oito chacinas foram registradas.
Apesar disso, 2021 registrou uma redução no número de assassinatos na comparação com 2020. Até 21 de dezembro, mais recente atualização disponibilizada pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), 3.200 homicídios haviam sido registrados no Estado neste ano. Em 2020, no mesmo período, ocorreram 3.939 assassinatos, o que representa uma redução de 18,7%.
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