Subiu para 14 o número de adolescentes assassinados no Ceará neste primeiro mês de 2020. O crime mais recente do gênero aconteceu na terça-feira (21), na cidade de Juazeiro do Norte, na Região do Cariri (a 528Km de Fortaleza). Um jovem acabou sendo morto no dia do seu aniversário de 16 anos.
O crime aconteceu no bairro Frei Damião, onde Bruno Gabriel Teles Garcia foi executado com vários tiros à queima-roupa na porta de casa. Segundo apurou a Polícia, ele era suspeito de um assassinato ocorrido naquele mesmo bairro, crime ocorrido no ano pasdsado e que teve como vítima Lucas Levi Marques de Sousa, 22 anos.
Para a Polícia, a linha principal da investigação sobre o assassinato de Gabriel seria uma vingança. No entanto, as autoridades não descartam a hipótese de envolvimento do rapaz com drogas ou com a desavença entre gangues ou facções criminosas.
O corpo de Gabriel foi encaminhado ao Núcleo Regional da Perícia Forense do Ceará (Pefoce) e o caso será apurado pelo setor de homicídios da Delegacia Regional de Polícia Civil em Juazeiro do Norte, que já começou, ontem, a ouvir os familiares do garoto.
Veja a lista dos adolescentes mortos no Ceará em janeiro de 2020:
1 (01/01) – Keven Ramon Mesquita Vieira, 17 anos (bala ) – (SANTA QUITÉRIA)
2 (03/01) – Kaic Batista dos Santos, 14 anos (bala) – (CAUCAIA)
3 (03/01) – Jeferson Eduardo do Nascimento Santos, 15 anos (bala) – (CRATO)
4 (04/01) – João Lucas Martins Guimarães, 17 anos (bala) – (PACATUBA)
5 (07/01) – Inara do Nascimento Ferreira, 17 anos (bala) – (CAUCAIA)
6 (07/01) – Antônio Francimar Queiroz Moreira, 15 anos (bala) – (PACATUBA)
7 (08/01) – Daniel de Carvalho Almeida Filho, 17 anos (bala) – (Mondubim/CAPITAL)
8 (13/01) – Caio de Sousa Félix, 16 anos (bala) – (Bom Jardim/CAPITAL)
9 (13/01) – José Ramonis Trajano da Silva, 11 anos (bala) – (Vila União/CAPITAL)
10 (14/01) – Francisco das Chagas Bernardo Vieira, 16 anos (bala) – (MARANGUAPE)
11 (16/01) – Genilson Gomes Ribeiro, 17 anos (bala) – (Messejana/CAPITAL)
12 (18/01) – Lourenço Rodrigues de Sousa Neto, 15 anos (bala) – (PARAIPABA)
13 (18/01) – Lucas Ramon Sousa dos Anjos, 15 anos (bala) – (CAUCAIA)
14 ( 21/01) – Bruno Gabriel Teles Garcia, 16 anos (bala) – (JUAZEIRO DO NORTE)
Com informações do Ceará News.
Mulher sem mãos e pernas tem pedido de benefício negado pelo INSS por não poder assinar papel
Foto Reprodução / Rede Amazônica |
Uma mulher sem mãos e pernas teve um pedido de benefício negado por não poder assinar os documentos oficiais que autorizam o pagamento do auxílio pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em Porto Velho.
Em entrevista ao Jornal de Rondônia 1ª Edição, a ex-sinaleira Cleomar Marques conta que entrou com três pedidos no INSS em 2019, mas todas as solicitações foram negadas. Uma delas porque Cleomar não poderia assinar os papéis.
"Uma servidora puxou os papéis e perguntou: 'quem vai assinar? Você assina?'. Eu disse que não podia assinar, mas sim a minha filha ou minha mãe. A mulher então olhou e disse: 'ah, então não vale'. Daí ela pegou, rasurou o papel e jogou fora", afirma.
Mesmo com a negativa do INSS, Cleomar fez um novo requerimento para tentar um benefício assistencial à pessoa portadora de deficiência,que também foi indeferido por ela ter uma renda per capta familiar superior a 1/4 do salário mínimo, ou seja, uma média de R$ 238,50.
À Rede Amazônica, o INSS informou que a renda foi apurada com as informações do Cadastro Único (CadÚnico) para programas sociais do governo.
Em um terceiro requerimento, a ex-sinaleira teve a solicitação de benefício indeferida porque o INSS alegou "falta do período de carência".
Cleomar diz que precisa do auxílio do INSS, pois não pode trabalhar e sua filha fica em casa para ajudá-la na alimentação e banho, por exemplo. Atualmente, mãe e filha dependem de doações para sobreviver.
"Olha, é um constrangimento para mim tudo isso. Eu trabalhava, tinha minha vida e agora sou dependente dos outros. É a minha filha, única que mora comigo, que faz tudo para mim", desabafa.
Amputações dos membros
Cleomar trabalhava como sinaleira em uma das usinas de Porto Velho e, de uma hora pra outra, passou a sentir dores fortes no estômago. Ela foi várias vezes na emergência e o médico desconfiou de uma gastrite.
A mulher então fez um novo exame e o foi informada que seu problema poderia ser Helicobacter pylori, uma bactéria que aparece na mucosa do estômago. Em uma outra consulta o médico informou que o problema era na vesícula.
A dor continuou e, após idas e vindas na emergência, Cleomar pediu para ser internada no pronto socorro do Hospital João Paulo II.
Foi então que os médicos decidiram operar a paciente. Após a cirurgia, Cleomar entrou em coma, teve infecção generalizada e os membros foram necrosando. Quando acordou não tinha mais os membros inferiores e superiores.
"Quando eu acordei eu já estava assim [amputada]. Abriram tudo em mim, mas eu não vi nada. Só lembro de entrar na sala de cirurgia", diz.
O que diz o INSS?
Segundo a assessoria de comunicação do INSS, foi solicitado ao instituto um auxílio-doença para Cleomar e este foi indeferido por falta de período de carência, no ano passado. Depois, um novo benefício foi solicitado, também sendo indeferido por apresentar renda per capita familiar superior a 1/4 do salário mínimo.
Ainda segundo o INSS, a renda da família foi apurada em razão das informações constantes do cadastro único para programas do governo federal.
O INSS informou ainda que atendeu pessoalmente a filha de Cleomar e foi informado que um novo requerimento poderia ser feito se houvesse alteração da composição do grupo e também da renda familiar junto ao Cadúnico.
Ainda segundo o instituto, Cleomar agora pode procurar o INSS, pois poderá solicitar o requerimento de um novo benefício.
Com informações do G1.
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