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sábado, 25 de janeiro de 2020

Jovem tornozelada foi morta esta madrugada em Juazeiro com cerca de 10 tiros



Dayane da Silva Mascarenhas estava dormindo quando teve sua casa invadida na madrugada deste sábado.

Dayane num dos momentos em que carregava sua tornozeleira eletrônica (Reprodução/Redes sociais)

Uma mulher foi assassinada a tiros esta madrugada em Juazeiro do Norte se constituindo no sétimo assassinato deste ano no município, sendo a segunda mulher e num mesmo bairro. Aos 30 minutos de hoje Dayane da Silva Mascarenhas, de 30 anos, que era tornozelada e estava dormindo, teve sua casa na Rua Izaias Nunes de Mendonça (São José) invadida. Ela foi executada na cama com cerca de 10 tiros e, até o momento, não existem informações concretas em relação a autoria do crime.
A mesma tinha algumas passagens pela polícia. Em 2006 ainda era menor de idade quando praticou crimes de furto e contravenção penal em Crato. Já em novembro de 2008 novo furto em Crato o qual praticou em companhia de Maria Dulcimar Soares. No dia 25 de maio de 2011 foi vítima de violência doméstica praticada por João Paulo da Silva Mascarenhas, de 28 anos, o qual foi baleado em Crato e morreu no dia 4 de novembro de 2016 no Hospital São Camilo.
Enquanto isso, em fevereiro de 2016, Dayane foi acusada de arrombamento em Juazeiro juntamente com Maria Adriana Gomes dos Santos. No mês de agosto de 2017 ela proferiu ameaças contra Ecirleide Cristina Oliveira em Juazeiro, onde passou a responder, a partir de junho de 2018 uma Ação Penal por crime de tráfico de drogas. Já no dia 6 de janeiro de 2019 foi feita contra Dayane um TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência) por resistência à prisão em Juazeiro.
A outra mulher assassinada em Juazeiro foi Sheila Cristina Lima Lins, de 34 anos, no dia 5 de janeiro, igualmente na sua casa na Rua Engenheiro José Onofre Marques (São José). Ela foi encontrada semidespida no quarto de sua casa apresentando perfurações à faca e as mãos amarradas com sinais de violência sexual. Sheila estava grávida de cinco meses, teve a casa invadida e foi morta na presença de um filho autista. Estão presos Francisco John Nogueira dos Santos, de 18, seu irmão de 14 anos e Leandro Cardoso dos Santos, de 24 anos.
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Demontier Tenório
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Acusado de matar ex-mulher em praça pública no Crato é condenado a quase 50 anos de prisão



Elson Siebra foi condenado pelo assassinato da professora Silvany Inácio numa praça pública no centro de Crato (Reprodução)

Durou cerca de 15 horas o julgamento de Elson Siebra de Deus, de 48 anos, pronunciado numa Ação Penal de Competência do Júri por crime de feminicídio contra a professora Silvany Inácio de Sousa, de 26 anos. A sessão aconteceu no auditório do Fórum Hermes Parahyba em Crato e não teve a presença do réu por solicitação de sua defesa. Ao final, o conselho de sentença o condenou a uma pena de 46 anos e oito meses em regime de reclusão pelos crimes de feminicídio e posse de armas de fogo.
A sentença foi lida já tarde da noite pelo juiz titular da 1ª Vara Criminal da Comarca de Crato, Josué de Sousa Lima Júnior, que presidiu a sessão. A defesa recorreu, mas Elson Siebra vai permanecer recolhido a uma das celas da Penitenciária Industrial e Regional do Cariri (PIRC) em Juazeiro do Norte. No início da sessão foi reproduzido, em vídeo, o depoimento que o réu prestou em juízo durante a fase de instrução para conhecimento do Conselho de Sentença.
Logo depois foram tomados os depoimentos das testemunhas de defesa e acusação. Coube ao promotor de justiça José de Deus, a acusação pelo crime de feminicídio, pontuando pelo caminho da futilidade por conta de uma tentativa em reatar um relacionamento, além da surpresa e crueldade. Nesse caso, citou os disparos à queima-roupa e os riscos de lesionar outras pessoas que estavam próximas dela na praça pública momentos antes do início da celebração de missa na Catedral da Sé em Crato.
O Conselho de Sentença acolheu as qualificadoras, incluindo ainda na decisão o fato de Elson Siebra ter em seu poder grande quantidade de armas e munições. Já a defesa do réu foi confiada ao advogado Reno Feitosa Gondim. Em outubro de 2018 tinha sido requerida pela defesa a averiguação de Insanidade Mental do Acusado, que poderia ser um caminho para a sua inimputabilidade ou mesmo uma pena mais branda. Movimentos em defesa das mulheres no Cariri fizeram manifesto em frente ao fórum.
O assassinato da professora Silvany ocorreu por volta das 18h30min do dia 19 de agosto de 2018 na Praça da Sé e em meio ao vai e vem de pessoas. Elson saiu de sua casa em frente ao logradouro e foi ao encontro da ex-mulher, passando a alvejá-la a tiros sem qualquer discussão. Ela morava na Rua Granjeiro (Bairro Seminário) em Crato e trabalhava no Colégio Pequeno Príncipe. Logo após o crime, ele foi preso e, depois, a polícia apreendeu um revólver e cinco espingardas de calibres diversos.

Demontier Tenório

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