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domingo, 26 de janeiro de 2020

Mulher e 3 filhos que deixaram casa estão entre soterrados em BH


Poucas horas depois de deixarem sua casa, que corria risco de desabar no bairro Jardim Alvorada, na região Noroeste de Belo Horizonte, uma mulher e seus três filhos acabaram soterrados após um desabamento no mesmo local.
Moradores e vizinhos de Maria Stela confirmaram que ela e os meninos de seis, oito e dez anos estão entre os soterrados e os bombeiros trabalham para resgatar as vítimas. O pai das crianças também estava no local no momento do desabamento, mas foi resgatado com vida. A família estava entre as 35 pessoas desabrigadas depois que um barranco cedeu atingindo um muro e colocando em risco 12 casas no local na tarde desta sexta-feira (24) 
Em entrevista à RecordTV Minas, ela disse que o marido tinha ajudado a vizinha a fazer a mudança e que tinha deixado a casa acompanhada dos três filhos somente com a roupa do corpo. 
No entanto, a mulher voltou ao local e está entre as vítimas de um soterramento que ocorreu às 10 horas da noite de ontem, quando o barranco cedeu, arrastando casas que já estavam ameaçadas. 
O líder comunitário do Jardim Alvorada, Sílvio Cesar Camargos, havia alertado que a situação no local estava crítica. 
— Já aconteceu vários deslizamentos em outras chuvas. Tem que desocupar porque o bem mais precioso que a gente tem é a nossa vida. Bem material, com todo a dificuldade, depois a gente consegue adquirir. 

Mortes em supostos confrontos com a polícia sobem na gestão Doria


O primeiro ano da gestão do governador João Doria (PSDB) terminou com aumento no número de pessoas mortas durante ações policiais. Foram 867 mortes cometidas por agentes, alta de 1,8% na comparação com os 851 casos do ano anterior. O número leva em consideração mortes em operações, por exemplo, mas também quando o policial de folga age para impedir um crime.


O Estado havia conseguido reduzir a letalidade policial em 2018 após um ano recorde em 2017, quando 940 pessoas foram mortas, quantidade que configurou o recorde da série histórica. A alta de 2019 ocorre em meio a um discurso fomentado pelo governador de "mandar bandido para o cemitério".
Em setembro do ano passado, ao comentar dados de criminalidade, Doria disse que a redução da letalidade policial não era obrigatoriedade. Ontem, o coronel Camilo disse que a alta não é desejada, mas decorre da distribuição dos policiais nas manchas criminais, o que leva a uma resposta rápida contra o crime.
"Normalmente, o marginal se entrega, fizemos 214 mil prisões no ano passado. Mas em 0,3% dos casos ele não se entrega e o confronto pode terminar em morte", disse

Em abril do ano passado, uma ação das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), da Polícia Militar, terminou com 11 suspeitos mortos em Guararema, na Grande São Paulo.

 Em dezembro, nove jovens que participavam de um baile funk morreram em Paraisópolis, na capital, após uma operação da polícia. 

O dado, no entanto, não é computado como letalidade policial, pois um inquérito ainda apura a responsabilidade dos agentes no caso. Copyright © Estadão. Todos os direitos reservados
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