O presidente Michel Temer (PMDB) disse esperar que o Bolsa Família, programa de transferência de renda do governo federal, não seja mais necessário no futuro. "Nosso ideal não é manter as pessoas indefinidamente no Bolsa Família", disse, em entrevista à rádio Jornal, de Pernambuco, nesta sexta-feira (2).
Temer fez a afirmação ao ser questionado sobre suposta falta de repasse de dinheiro para obras da Transposição do Rio São Francisco no Estado. Ele respondeu dizendo que isso é "coisa de quem quer brigar com o presidente", e citou como exemplo o Bolsa Família, que é um programa social. "O que nós temos feito pelos carentes de Pernambuco... o atendimento do Bolsa Família passou de 1,093 milhão famílias para 1,154 milhão, aumentando muito essa assistência".
Na sequência, Temer pontuou o programa Progredir, de seu governo, que busca "gerar emprego e renda e promover a autonomia das pessoas" beneficiadas pelo Bolsa Família. "[Ele] visa exatamente a que os filhos dos bolsistas possam ser contratados por supermercados, bancos, enfim, as mais variadas atividades para que, um dia, daqui a algum tempo, seja perfeitamente possível eliminar esse Bolsa Família".
O Bolsa Família é uma das marcas dos governos do PT, que comandou o país entre 2003 e 2016, com Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Temer foi vice de Dilma e assumiu a Presidência da República após o processo de impeachment contra a petista.
Atualmente, o Bolsa Família atende pouco mais de 14 milhões de famílias, que recebem, em média, R$ 178,45. No total, o governo gasta quase R$ 2,5 bilhões por mês com o programa.
Nesta semana, Temer tem feito pronunciamentos a emissoras de rádio e televisão para promover a reforma da Previdência. O presidente reforçou sua tese de que o país pode sofrer caso a reforma não seja aprovada.
Fonte: Uol Notícias
Juiz manda devolver passaporte de Lula e diz não ver risco de fuga
O juiz federal Bruno Apolinário decidiu, nesta sexta-feira (2), pela devolução do passaporte do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), acatando em caráter liminar pedido de habeas corpus da defesa do petista. O magistrado, que foi convocado para atuar no TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região, sediado em Brasília), também determinou que o nome de Lula seja retirado do Sistema Nacional de Procurados e Impedidos da Polícia Federal.
Em sua decisão, Apolinário disse que "não há como concluir que o paciente pretendesse fugir do país com a finalidade de frustrar a aplicação da nossa lei penal", considerando que Lula e seus advogados comunicaram as autoridades sobre a viagem que o petista faria a Etiópia no dia 26, dois dias depois de ter sido condenado em segunda instância no chamado caso do tríplex. O ex-presidente participaria de um evento organizado pela União Africana.
Fonte: Uol Notícias
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