Quando se pensa na profissão de caminhoneiro, logo vem em nossa cabeça os homens que desempenhando essa função. Mas hoje, você vai conhecer a Aline Ouriques, que fez da paixão pela estrada a sua profissão.
Aline tem 28 anos e é de Tubarão, Santa Catarina. Ela faz um enorme sucesso nas redes sociais com suas publicações que contam como é sua rotina pelas estradas brasileiras. Atualmente, ela conta com mais de 56,2 mil seguidores fiéis às suas postagens, que estão sempre atentos a cada nova foto, ao volante de uma carreta onde transporta grãos.
A “musa”, que é formada em administração de empresas, começou a dirigir o caminhão do pai quando ainda tinha 16 anos. Quando precisou escolher sua profissão, acabou optando pela qual ela mesmo considera uma grande paixão.
Em entrevista para o Portal G1, Aline diz:
“Gosto de caminhão desde criança e como minha família trabalhava com isso, resolvi continuar, porque percebi que era melhor tanto em termos de rentabilidade quanto de liberdade. Sou empresária, trabalho para minha empresa”.
Em função da profissão que tem seus riscos, ela conta os cuidados que toma nas estradas:
“Eu viajo só de dia, porque a noite é perigoso. Tem muito bandido, ladrão de caminhão, ladrão de carga, ladrão de cabine. Eu nunca fui assaltada, a região que eu faço é tranquila”.
Aline não revela seu estado civil e afirma que se sente protegida na estrada:
“Acho engraçado que caminhoneiro tem fama de safado, mas quando se trata de colega de profissão, são os mais cavalheiros, são como pais”, revela.
Ela diz que não mudou a aparência de sua cabine de caminhão por se tratar de uma mulher. Porém, não abre mão dos cuidados com as unhas, do perfume importado e da hidratação de seu cabelo.
Quando chega de viagem ela contou o que faz:
“Vou à academia quando chego de viagem. Acho que isso é o básico, o resto é ilusão do mercado. Nunca fiz nenhuma intervenção estética, minha aparência é natural”.
Além de ser uma bela mulher, Aline também muito corajosa! Todos conhecemos histórias sobre os perigos nas estradas do Brasil e, mesmo com tantas adversidades, ela não desistiu do seu sonho e da paixão pelas estradas e escolheu cruzar o Brasil na “Boleia” do seu caminhão.
Ela também publica alguns vídeos de suas viagens, assista:
Via O Noticioso
STF libera prisão domiciliar para mães e grávidas
Decisão beneficia ao menos 4,5 mil mulheres no país. Entidades apontaram riscos para saúde e educação de crianças nascidas e criadas na cadeia.
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça-feira (20) conceder prisão domiciliar a presas sem condenação gestantes ou que forem mães de filhos com até 12 anos.
A decisão beneficia ao menos 4,5 mil detentas, cerca de 10% da população carcerária feminina, segundo levantamento parcial do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM), do Instituto Terra Trabalho e Cidadania (ITTC) e da Pastoral Carcerária Nacional.
Com a decisão do Supremo, cada tribunal terá 60 dias, após a publicação da decisão, para implementar a medida, que valerá também para mães que tiverem crianças com deficiência.
Não poderão deixar a prisão mulheres já condenadas e que cumprem pena; e também aquelas que, mesmo sem condenação, são suspeitas de crimes praticados com violência ou grave ameaça, contra os próprios filhos ou em situações "excepcionalíssimas", a serem justificadas pelo magistrado que negar o benefício.
Entenda o julgamento
O julgamento desta terça no STF se baseou em pedido apresentado pelo Coletivo de Advogados em Direitos Humanos (Cadhu), apoiado por diversas entidades humanitárias e defensorias públicas.
Na sessão, as entidades apontaram condições degradantes a que os filhos das presas são submetidos quando nascem e são criados numa cadeia, argumentando que o encarceramento não pode se estender a eles.
"São espaços inadequados, com doença e violência, risco à vida e obstáculo a ambiente saudável e de cuidado familiar. Não pode a prisão alcançar os filhos. Não há hipótese na lei de prisão degradante", disse a advogada Nathalie Fragoso, em nome do Cadhu, acrescentando que as prisões no Brasil são ambientes propícios para disseminação de doenças como a sífilis, que pode ser transmitida no parto para as crianças que nascem na cadeia.
Relator da ação, o ministro Ricardo Lewandowski foi o primeiro a votar favoravelmente ao pedido. Citando dados oficiais, destacou que apenas 34% das prisões femininas contam com dormitório adequado para gestantes, só 32% dispõem de berçário somente 5% dispõem de creche.
Com base em estudos, ele considerou "duríssima" a situação das gestantes e mães de crianças presas no país.
"Partos em solitárias sem nenhuma assistência médica ou com a parturiente algemada ou, ainda, sem a comunicação e presença de familiares. A isso soma-se a completa ausência de cuidado pré-natal (acarretando a transmissão evitável de doenças graves aos filhos, como sífilis, por exemplo), a falta de escolta para levar as gestantes a consultas médicas, não sendo raros partos em celas, corredores ou nos pátios das prisões, sem contar os abusos no ambiente hospitalar, o isolamento, a ociosidade, o afastamento abrupto de mães e filhos, a manutenção das crianças em celas, dentre outras atrocidades", afirmou.
"No caso das mulheres presas, a privação de liberdade e suas nefastas consequências estão sendo estendidas às crianças que portam no ventre e àquelas que geraram. São evidentes e óbvios os impactos perniciosos da prisão da mulher, e da posterior separação de seus filhos, no bem-estar físico e psíquico das crianças", completou, depois.
Lewandowski foi acompanhado por 3 ministros ministros da Segunda Turma do STF: Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Celso de Mello.
Edson Fachin divergiu parcialmente, para que fosse feita análise mais rigorosa da situação das mulheres presas, considerando apenas o interesse da criança.
Fonte: G1
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