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sábado, 17 de fevereiro de 2018

Febre amarela: vírus da doença é identificado em outros mosquitos


Os mosquitos, que vivem em áreas rurais e urbanas, foram capturados em 2017, em áreas rurais próximas dos municípios de Itueta e Alvarenga, em Minas Gerais. Novos estudos são necessários para confirmar agora a capacidade de transmissão do Aedes albopictus, já que a detecção do vírus no mosquito não significa necessariamente que a espécie possa transmitir a doença.

“Ter encontrado o vírus no mosquito Aedes albopictus não significa necessariamente que ele adquiriu o papel de transmissor da febre amarela. Por isso é preciso voltar a essas áreas para uma nova coleta de mosquitos e avaliar a capacidade de transmissão deles”, explicou Pedro Vasconcelos, diretor do Instituto.

O Ministério da Saúde reitera que não há registro confirmado de febre amarela urbana no país e também não há registro de mosquitos Aedes aegypti infectados com o vírus da febre amarela. Todos os casos de febre amarela registrados no Brasil desde 1942 são silvestres, inclusive os atuais, ou seja, a doença foi transmitida por vetores que existem em ambientes de mata (mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes).

Vacinação em SP e RJ
De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde na quinta-feira 15, os estados de São Paulo e Rio de Janeiro já vacinaram 3,9 milhões de pessoas na campanha contra a febre amarela até o momento. O dado corresponde a 19,2% do público que deveria ser imunizado nos dois estados.

A previsão do Ministério da Saúde é vacinar 20,5 milhões de pessoas no Sudeste — sendo 10,3 milhões em 54 municípios de São Paulo e 10 milhões em 15 municípios do Rio de Janeiro. Esta é a campanha em que se adotou o uso da vacina fracionada. Os números incluem as aplicações fracionadas e inteiras.

Segundo o boletim do órgão, Rio de Janeiro vacinou 1,2 milhão de pessoas (12% do público-alvo). Em São Paulo, 2,7 milhões receberam a imunização (26% do público-alvo). Minas Gerais ainda não encaminhou os dados ao ministério.

Baixa adesão à campanha de vacinação
Por causa da baixa procura da população pela vacinação, o estado do Rio decidiu prorrogar a campanha. Em São Paulo, a previsão para o término era no próximo sábado 17, quando ocorre o Dia D de mobilização. De acordo com o Ministério da Saúde, o estado avaliará a necessidade de estender a imunização após essa data.

A baixa adesão à campanha motivou o órgão a reforçar a importância da vacinação. O ministro da Saúde, Ricardo Barros, alertou para a necessidade de ampliar a cobertura vacinal. “Fazemos um apelo para que a população compareça às unidades de saúde. A campanha está pronta. É importante que a população compareça para que a nós alcancemos a cobertura vacinal prevista de acima de 90% nessas áreas onde as vigilâncias estaduais determinaram que deve haver vacinação de pessoas”, reiterou.

“O que está ocorrendo no Brasil é que os casos de febre amarela estão ocorrendo em áreas onde não era recomendada a vacinação, portanto as pessoas estão suscetíveis porque não eram vacinadas. Por isso a importância de se vacinarem nessa campanha e evitarem casos e mortes pela doença”, complementou Pedro Vasconcelos.

Na Bahia, a campanha de fracionamento da vacina começará na próxima segunda. O estado prevê imunizar 3,3 milhões de pessoas em oito municípios.

Casos confirmados
De 1º de julho de 2017 a 15 de fevereiro deste ano foram confirmados 407 casos de febre amarela no país, sendo 183 em São Paulo, 157 em Minas Gerais, 68 no Rio de Janeiro e 1 caso no Distrito Federal.

Também foram registrados 118 óbitos em todo o país, 44 em Minas Gerais, 46 em São Paulo, 27 no Rio de Janeiro e uma morte no Distrito Federal. No mesmo período do ano passado, 532 casos e 166 óbitos foram confirmados. Os dados são preliminares e um novo boletim será divulgado nesta sexta-feira (16).

Polícia pede à Justiça doação de fuzis de R$ 120 mil apreendidos com quadrilha


Dois fuzis calibre 5.56, de fabricação americana, foram apreendidos em operação policial nesta semana, em posse de quadrilha especializada em roubar instituições financeiras no Ceará. Em coletiva na manhã desta sexta-feira, 16, o secretário da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), André Costa, anunciou o pedido de cessão à Justiça, para uso do armamento. A informação é do O Povo.

Cada um dos fuzis pode custar até R$ 60 mil. "Pediremos ao Poder Judiciário que essas armas sejam doadas ao Estado para que a gente possa usá-las no próprio combate ao crime organizado", projetou André.

Além das armas de origem americana, outro fuzil, de calibre 7.62 e origem russa, foi apreendido. "É um problema existente no País todo: armas de grosso calibre, com alto poder de destruição, chegam através das fronteiras", criticou o titular da SSPDS.

"Pelo valor das armas, a gente tira o quanto eles arrecadam em práticas criminosas. São armas importadas, próprias para o roubo a bancos e carros-forte. O Brasil não fabrica fuzis", analisa Henrique Bezerra, comandante do Batalhão de Polícia de Choque.

André Costa lembrou a redução de 10% no número de roubos a banco entre 2016 e 2017. Foram 56 casos em 2017 contra 62 do ano anterior. Segundo ele, também houve redução, não especificada, em janeiro de 2018.

Operação

A quadrilha especializada em roubar instituições financeiras no Ceará, também é suspeita de ataques a bancos nas regiões Norte e Centro-Oeste. Seriam pelo menos 15 assaltos a bancos e cinco a carros-fortes no Ceará. Três homens foram presos em flagrante, entre quarta-feira, 14, e quinta-feira, 15. Outro homem foi morto em confronto com a Polícia.

Além das armas, foram apreendidos centenas de munições, balaclava, coletes balísticos e mais de 12 kg de explosivos que seriam usados em ações do grupo criminoso.

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