Empossado, na noite de ontem, o novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luiz Fux, disse que a Justiça Eleitoral será irredutível na aplicação da Lei da Ficha Limpa, norma sancionada em 2010 e que impede a candidatura de condenados pela segunda instância da Justiça.
Durante seu discurso de posse, Fux também afirmou que o TSE pretende combater a difusão de notícias falsas, as chamadas "fake news" durante a campanha eleitoral.
"A estrita observância da Lei da Ficha Limpa nas eleições de 2018 se apresenta como pilar fundante na atuação do TSE. A Justiça Eleitoral, como mediadora do processo político sadio, será irredutível na aplicação da Ficha Limpa", disse o ministro.
Sobre a difusão de notícias falsas, o novo presidente do TSE disse que a campanha política não pode ser baseada na destruição da honra dos concorrentes por meio das redes sociais.
Para Fux, não se trata de impedir a manifestação livre de expressão, mas de neutralizar comportamentos abusivos no período eleitoral. O presidente da Corte Eleitoral também anunciou que o combate a notícias inverídicas será feito com ajuda da imprensa e de uma força-tarefa formada por agências de inteligência brasileiras, Polícia Federal, das Forças Armadas e de empresas de internet. Fux sucederá o ministro Gilmar Mendes no cargo. A vice-presidência da Corte Eleitoral será ocupada pela ministra Rosa Weber, que presidirá o tribunal nas eleições de outubro. Isso porque no dia 15 de agosto, Fux completará dois biênios como ministro no TSE e deverá deixar o tribunal.
Apoio do MPE
Durante a cerimônia de posse de Fux, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, acrescentou que o Ministério Público Eleitoral (MPE) estará a postos para garantir a lisura no pleito.
Fonte: Diário do Nordeste
"Doença do beijo" tem alta incidência no Carnaval
“Eu quero mais é beijar na boca”, diz o verso de uma música de axé famosa na voz de Claudia Leitte e comumente executada no Carnaval. Nessa época de festa, os ânimos se excitam e muita gente cumpre o que o trecho propõe: uma, duas, três, cinco, dez vezes, em sequência. Contudo, um simples beijo, do inocente ao mais ardente, pode transformar o período de folia em dor de cabeça com a transmissão de doenças como a mononucleose infecciosa, conhecida popularmente como a “doença do beijo”.
Segundo o infectologista Érico Arruda, do Hospital São José de Doenças Infecciosas, a patologia causada pelo vírus Epstein-Barr (VEB) tem prevalência em crianças e adolescentes, indivíduos que geralmente estão expostos a secreções orais. “Muitas crianças podem desenvolver a doença sem ser através do beijo, como quando bebem do copo de alguém ou quando mordem um brinquedo que estava na boca de outra”, explica o especialista.
É a faixa etária dos 15 aos 25 anos que está mais suscetível, conforme o Ministério da Saúde. Contudo, ao contrário do que se costuma pensar, o beijo, coitado, é apenas um coadjuvante na frente da verdadeira vilã: a saliva. “O beijo é a maneira mais fácil e efetiva de transmissão, mas ela também pode acontecer pelo contato próximo com espirros, tosses e secreções respiratórias”, esclarece o infectologista Érico Arruda.
Uma vez acometido pela doença, o indivíduo desenvolve sintomas como febre, dor de garganta e lesões na pele, podendo apresentar também aumento de baço e de fígado. No entanto, de acordo com o especialista, a mononucleose tende a ser benigna e autolimitada, ou seja, tem período de atuação determinado. O Ministério da Saúde afirma que “o paciente pode restabelecer-se em poucas semanas”, mas uma parcela deles “necessita de meses para recuperar seus níveis de energia”.
Não há medicamentos ou vacinas específicas para a mononucleose. O tratamento visa a minimizar os sintomas com o uso de antitérmicos e analgésicos. “Também não há profilaxia para diminuir a exposição. No Carnaval, o que notamos é um comportamento que mede a satisfação e a capacidade de se divertir com base na quantidade de beijos e pessoas beijadas. Isso as expõe ao risco”, observa Érico Arruda.
O beijo pode transmitir ainda gripes e resfriados, infecção por citomegalovírus e sífilis. Para o especialista, após o período momimo, a demanda por orientações sobre essas doenças devem impactar, sobretudo, as unidades básicas de saúde e as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). O Hospital São José, por ser de atenção terciária, deve receber casos de maior complexidade.
Fonte: Diário do Nordeste
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