Ao menos, cinco agências dos Correios foram alvos de ataques de criminosos em apenas duas semanas no Ceará. Os assaltos aconteceram em Fortaleza e nos Municípios de Jaguaruana, Caucaia, Banabuiú e Sobral. A precária segurança nos postos facilita a ação dos ladrões, mesmo sendo prédios públicos onde há grande movimentação de retiradas de encomendas e pagamentos em dinheiro.
O mais recente ataque ocorreu na tarde de terça-feira (24), na cidade de Sobral, na zona Norte do estado (a 224Km de Fortaleza), onde dois bandidos armados com revólveres invadiram o prédio e renderam funcionários e clientes. As cenas do crime foram registradas e gravadas pelas câmeras do sistema de segurança eletrônica.
A gravação mostra a ousadia e violência dos assaltantes. Durante vários minutos eles mantêm as pessoas como reféns, sendo elas obrigadas a deitar no chão enquanto a dupla rouba tudo o que encontra pela frente. Porém, um detalhe chamou a atenção das autoridades: a forma como os criminosos dominam e humilham o único vigilante que ali trabalhava.
Nas cenas, o vigilante é desarmado e colocado deitado no chão junto com os demais reféns na sala principal da agência. Depois, é levado até a gerência e tesouraria para mostrar aos ladrões onde está o dinheiro. O segurança, depois, retorna ao salão principal e outra vez é colocado no chão, sempre com uma arma de fogo apontada para sua cabeça.
O valor do roubo não foi ainda divulgado, nem há informações de prisões de suspeitos.
Rotina
No Interior do Ceará virou rotina os ataques contra agências dos Correios. Um dos mais violentos ocorreu na cidade de Banabuiú, no Sertão Central, na madrugada do último dia 13 de maio, quando uma quadrilha usou armas de grosso calibre e explosivos para atacar aquela cidade, dominar o efetivo policial e explodir os cofres e caixas eletrônicos dos Correios.
Já em Caucaia, na semana passada, bandidos teriam roubado cerca de R$ 100 mil da agência dos Correios, em pleno Centro. Em Fortaleza, o ataque aconteceu numa agência localizada na Avenida da Universidade, no bairro Benfica, de onde teriam sido roubados cerca de R$ 120 mil.
VEJA O VÍDEIO DO ASSALTO AOS CORREIOS DE SOBRAL:
Cenas de barbárie no presídio durante rebelião mostra preso sendo queimado vivo (VEJA O VÍDEO)
As cenas são de barbárie. Presos foram queimados vivos, amarrados e envoltos em colchonetes; outros decapitados e suas cabeças colocadas sobre o peito. Alguns foram espancados até a morte, além daqueles que receberam dezenas de furadas de “cossoco”e golpes de faca. Tiveram também aquele cujas cabeças foram impiedosamente esmagadas a pedradas e pauladas, não restando nada delas.
A descrição dessas cenas de horror pode ser feita por qualquer pessoa que teve acesso, através das redes sociais e aplicativos em celulares, às imagens gravadas dentro dos presídios da Região Metropolitana de Fortaleza durante a mega-rebelião que atingiu seis unidades carcerárias: as CPPLs 1,2,3 e 4 (todos em Itaitinga), a Penitenciária Feminina (em Aquiraz) e o Presídio do Carrapicho (Caucaia), no último fim de semana.
Em apenas dois dias, o número de presos assassinados no Ceará em 2016 quase se igualou ao quantitativo do registrado desde o começo do ano até a data da explosão das rebeliões. Entre os dias 1º de janeiro e 20 de maio, 22 detentos foram assassinados nas unidades do Sistema Penitenciário. E, somente entre 21 e 23 (sábado e domingo) últimos, foram 18. Esse número pode, no entanto, crescer até que o Estado volte a ter o controle das cadeias.
Facções comandam
Desde o ano passado, as principais (e mais lotadas) unidades do sistema já estava nas mãos dos detentos. O Presídio do Carrapicho, em Caucaia, é um exemplo disso. Há meses que os internos tomaram de conta da cadeia, após destruírem grades das celas e galerias. Desde então, os agentes penitenciários não entram mais na carceragem, nem mesmo para fazer a “tranca” no período da noite. Livres dentro das unidades, os internos mandam e desmandam.
O quadro de lotação é devastador. Cadeias com capacidade para abrigar no máximo 950 detentos (como é o caso das CPPLs, que têm estruturas padronizadas) hoje estão com até 1.900 presidiários, e apenas sete agentes para manter a segurança e a disciplina.
Descontrole total
Conforme entendimento da Comissão de Direito Penitenciário da OAB-CE, do Conselho Estadual de Políticas do Sistema e do próprio Ministério Público Estadual (MPE), a greve dos agentes penitenciários apenas trouxe à tona para a sociedade o estado de descalabro e descontrole que se abateu sobre o sistema carcerário cearense desde o ano passado, quando as facções criminosas chegaram ali e passaram a impor suas regras, além de comandar os atentados na Capital.
Veja imagens do preso sendo queimado vivio
ATENÇÃO, IMAGENS FORTES!!!
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