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segunda-feira, 23 de maio de 2016

Escutas telefônicas – Sérgio Machado procura Jucá para não ir para as mãos do juiz Moro


sérgio machadoO ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, procurou há cerca de dois meses o então senador Romero Jucá (PMDB-RR) – atual ministro do Planejamento – para impedir, por meio de interferência política, que a sua investigação na Lava Jato não fosse parar nas mãos do juiz Sérgio Moro, em Curitiba.
“O Janot (procurador-geral da República) está a fim de pegar vocês (cúpula do PMDB). E acha que eu sou o caminho. (…) Ele acha que eu sou o caixa de vocês”, comentou Sérgio Machado, segundo trecho da escuta telefônica, divulgado na edição desta segunda-feira (23) pela Folha de S.Paulo.
“Aí fodeu. Aí fodeu para todo mundo. Como montar uma estrutura para evitar que eu desça (para Curitiba)? Se eu descer…”, completou Machado.
Ao comparar Sérgio Moro com uma “Torre de Londres”, que nos séculos XV e XVI foi marcada por torturas e mortes, Jucá disse a Machado que “a gente precisa articular uma ação política”.
O advogado de Romero Jucá, Antonio Carlos de Almeida Castro, negou qualquer interferência do atual ministro na Operação Lava Jato, pois “não é a postura dele”.
Blog do Eliomar

Governo confirma cinco mortes em rebeliões de dois presídios no Ceará



Outros três presídios da Grande Fortaleza também tiveram rebeliões. Dois dos mortos vão ser identificados através de exames de DNA.

A Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado (Sejus) confirmou, no fim da tarde deste domingo (22), cinco mortes em decorrência das rebeliões ocorridas neste sábado (21) e domingo (22) em presídios do Ceará. De acordo com a Sejus, os conflitos entre os próprios internos resultaram em três mortes na Unidade Prisional Desembargador Francisco Adalberto Barros de Oliveira Leal, em Caucaia, neste domingo, e outras duas registradas no sábado, na Casa de Privação de Liberdade Professor Jucá Neto (CPPL) III, em Itaitinga, também após conflitos entre os internos.
Presos incendiaram colchões da CPPL, em Itaitinga (Foto: Arquivo Pessoal)
Na Unidade Prisional Desembargador Francisco Adalberto Barros de Oliveira Leal foram registradas as mortes de Roberto Bruno Agostinho da Silva, 23 anos, que respondia por homicídio; Rian Pereira Paz, 33 anos, por tráfico de drogas; e Daniel de Sousa Oliveira, 22 anos, que respondia por homicídio e latrocínio.A Perícia Forense fará exame de DNA para identificar os corpos dos dois detentos mortos na CPPL III.

Em nota, a Sejus informou que a visitação dos internos ocorreu normalmente, neste domingo, no Instituto Penal Feminino Desembargadora Auri Moura Costa, Penitenciária Francisco Hélio Viana e Instituto Penal Professor Olavo Oliveira II (IPPOO II). Nas Casas de Privação Provisória II, III e IV, que concentraram as rebeliões de sábado, a situação permanece instável, mas não houve novos conflitos. Nessas unidades, não houve visita e os internos estão contidos por policiais e agentes penitenciários.

Durante a manhã deste domingo, houve rebelião na Unidade Prisional Desembargador Francisco Adalberto Barros de Oliveira Leal, em Caucaia. A situação teve intervenção da polícia e foi contida ainda pela manhã. No início da tarde, internos da Unidade Prisional Agente Luciano Andrade Lima iniciaram uma nova rebelião, mas 17h40, policiais e agentes penitenciários dos grupos especializados conseguiram conter a situação, segundo a Sejus.

Prejuízos
O Departamento de Arquitetura e Engenharia (DAE) foi enviado aos locais para avaliar os prejuízos e os danos ao patrimônio nas unidades prisionais. Conforme a Sejus, o departamento irá contabilizar os estragos nestas unidades para que em seguida sejam iniciados os reparos.

O procurador-geral de Justiça, Plácido Barroso Rios, determinou a instauração de procedimento investigatório, no início da tarde deste sábado, para apurar autoria e responsabilidades dos crimes de homicídio e danos ao patrimônio público no sistema penitenciário do Ceará. Segundo o Ministério Público, aconteceram "uma série de rebeliões".

Protestos
Cerca de 300 pessoas bloquearam um trecho da BR-116 em frente a Unidade Prisional Agente Luciano Andrade Lima (antiga CPPL 1), em Itaitinga, na Grande Fortaleza. O grupo, formado por familiares dos detentos, queimou pneus e fechou a via nos dois sentidos. A ação foi em protesto à suspensão das visitas na unidade prisional em decorrência das rebeliões ocorridas neste fim de semana.

O protesto começou por volta das 15h30 na altura do Km 17 da BR-116, apenas no sentido capital/interior. No fim da tarde, a outra via foi bloqueada e o congestionamento chegou a dois quilômetros, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Neste sábado, familiares dos detentos fecharam a BR-116, nas proximidades do quilômetro 27, nos dois sentidos, em protesto porque não conseguiram visitar os parentes. Trânsito ficou complicado e a PRF-CE disse que um congestionado de 5 quilômetros foi formado por causa dos protestos.

Fonte: G1

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