A série de rebeliões registradas no Estado deixou oficialmente cinco mortos até a manhã desta segunda-feira, 23, segundo informou a Secretaria de Justiça (Sejus). Esses números, no entanto, foram contestados por Cláudio Justa, vice-presidente do Conselho de Políticas Penitenciárias do Estado do Ceará (Copen).
Em conversa com a equipe do CNEWS, Justa disse ter informações de que, pelo menos, 14 detentos teriam sido mortos durante os motins que aconteceram no último final de semana.
“São pelo menos 14 mortos. Se não chegar a esse número, só cinco não são. Com certeza”, disse Cláudio Justa.
Entramos em contato com a Sejus, para buscar informações sobre o número de mortes e, de acordo com a assessoria, a quantidade de vítimas fatai ultrapassou os cinco passados inicialmente, mas a informação oficial só deve ser confirmada através de nota, até o final da manhã desta segunda-feira.
Negligência do Estado
O Copen, órgão previsto na Lei de Execuções Penais como avaliador das condições do cumprimento das penas em presídios, realizou inspeções e vistorias nas unidades prisionais do Estado, antes mesmo da greve dos Agentes Penitenciários, deflagrada no último sábado, 21, e constatou que os detentos estavam prestes a se rebelar.
“A greve dos agentes penitenciários foi apenas a oportunidade que os detentos precisavam para desencadear uma das mais graves crises que o sistema penitenciário no Ceará e também no Brasil”, disse Cláudio Justa. Ele completou ressaltando que o problema tem reflexo direto na segurança pública, já que policiais que fazem a segurança das ruas estão sendo deslocados para conter as rebeliões.
Segundo Justa, a gravidade era tamanha, que o Ceará recebeu a visita de uma Comissão de membros do Ministério da Justiça e do Conselho Nacional de Políticas Criminais e Penitenciárias, cujos representantes disseram durante a encontro no Copen que recomendariam medidas ao MJ e ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por conta da gravidade da situação no Estado.
"A situação não está contida, novas rebeliões começaram na manhã desta segunda-feira e já mais mortos", afirma Justa.
CNews
Banho de sangue nos presídios pode ter causado mais de 30 assassinatos
Pode passar de 30 o número de detentos mortos em cinco unidades do Sistema Penitenciário do Ceará após a deflagração da greve dos agentes prisionais. A onda de execuções sumárias, iniciada nos presídios no sábado (21), à tarde, continuidade neste domingo. Os crimes envolvendo facões rivais acontece nas Casas de Privação Provisória da Liberdade 1,2,3 e 4, todas no Município de Itaitinga; além do Presídio do Carrapicho, no Município de Caucaia.
Ainda no sábado, ao anunciar o fim da greve após uma rodada de negociações em caráter emergencial, o próprio secretário da Justiça e da Cidadania, Hélio Leitão, informou que até aquele momento já estavam confirmadas oito mortes. Naquele dia foram registrados sete assassinatos na CPPL 3 e mais um na CPPL 1.
No domingo (22), a matança recomeçou na CPPL 1, onde quatro detentos foram executados pelos grupos rivais, totalizando cinco assassinatos somente naquela unidade. Porém, logo veio a informação de outros cinco detentos teriam morrido na CPPL 2 e mais dois na CPPL 3.
Já à noite, foram confirmadas quatro mortes na CPPL 4 e outras três no Presídio do Carrapicho, em Caucaia. Era início da madrugada desta segunda-feira quando surgiu a informação de que, pelo menos, mais dois corpos estavam nas galerias do Carrapicho, totalizando cinco mortos.
Agora há pouco, equipes da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e da Perícia Forense do Ceará (Pefoce) reiniciaram os trabalhos de investigação e recolhimento de corpos nas unidades do Sistema Penitenciário, já com a informação de, pelo menos, mais 10 casos.
Oficialmente, estão identificados apenas quatro mortos. São eles:
1 - Douglas Matos Ferreira
2 - Roberto Bruno Agostinho dos Santos
3 - Rian Pereira Paz
4 - Daniel de Sousa Oliveira
Por Fernando Ribeiro
Anvisa suspende venda e uso de lotes de medicamento para câncer de mama
Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), divulgada nessa segunda-feira, 23, no Diário Oficial da União, suspende a distribuição, o comércio e o uso, em todo o território nacional, dos lotes nº 5F201B, 5F207B, 5F223A, 5F199A e 6F237A do produto Taxotere (docetaxel tri-hidratado), solução injetável da empresa Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.
Segundo o texto, o próprio fabricante enviou à Anvisa comunicação de recolhimento voluntário por conta de incorreção na rejeição de frascos-ampolas durante as operações de envase do medicamento, indicado para tratar câncer de mama.
A Anvisa determinou à empresa o cumprimento de todos os requisitos relativos ao recolhimento dos lotes do produto. A resolução entra em vigor hoje.
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