O levantamento testou diversos cenários, incluindo o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) - que está inelegível
A pesquisa do Datafolha divulgada no último sábado (5), aponta que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceria todos os possíveis adversários do campo da direita na eleição presidencial de 2026, caso o pleito fosse realizado hoje.
O levantamento testou diversos cenários, incluindo o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) - que está inelegível, após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de modo que não poderá disputar o pleito do ano que vem. Também foram pesquisados cenários com Tarcísio de Freitas (Republicanos), Michelle Bolsonaro (PL) e Romeu Zema (Novo).
Na hipótese de disputa entre Lula e Bolsonaro, o petista teria 36% das intenções de voto, contra 30% de Bolsonaro. Outros candidatos, como Ciro Gomes (PDT), aparecem com 12%, enquanto Pablo Marçal (PRTB) e Eduardo Leite (PSDB) registram 7% e 5%, respectivamente. Brancos e nulos somam 9%, e 2% dos entrevistados não souberam responder.
A pesquisa também incluiu nomes como Ratinho Junior (PSD), Romeu Zema (Novo), Ronaldo Caiado (União Brasil) e Eduardo Leite. Todos aparecem com intenções de voto entre 2% e 5%.
Em 4 meses de mandato - 5 prefeitos eleitos em 2024 já foram cassados no Ceará
Entre as irregularidades apontadas pelos órgãos fiscalizadores estão inclusos abuso de poder econômico e político, uso da máquina pública de forma indevida e envolvimento em compra de votos.
Prefeitos eleitos em 2024 foram empossados em janeiro deste ano
No Ceará, em cinco municípios, os gestores eleitos em 2024 já têm sofrido impasses jurídicos relacionados que levaram à cassação. Desde janeiro de 2025, quando os prefeitos tomaram posse, o Ministério Público Eleitoral (MPE) tem investigado irregularidades nas campanhas eleitorais de 2024. A maioria das denúncias foi encabeçada por membros da oposição e variam entre supostos abusos de poder econômico e político, uso da máquina pública de forma indevida ou envolvimento em compra de votos. Apesar de cassados, os gestores seguem nos cargos após recorrerem a instâncias superiores ou apresentarem recursos.
Barroquinha - Em decisão mais recente, no final de março, o prefeito de Barroquinha, Jaime Veras (PSD), a vice-prefeita Carmem Lúcia (PSD) e cinco vereadores do PSD tiveram seus diplomas cassados por irregularidades na destinação de recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha. O MPE requereu a cassação do prefeito, assim como da vice-prefeita duas vezes. A decisão de fevereiro de 2025, seria em relação à utilização de recursos que deveriam ser destinados exclusivamente a candidaturas negras e que teriam sido desviados para candidatos brancos nas eleições de 2024.
Senador Sá - O prefeito Bel Júnior (PP), de Senador Sá, foi o primeiro a ser cassado, menos de um mês depois de sua posse. No dia 31 de janeiro, o Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) votou de forma unânime pela cassação de Bel Júnior e da vice-prefeita, Professora Maria (PP). Porém, o julgamento foi anulado por questões formais.
Quase dois meses depois, o TRE-CE determinou, com unanimidade novamente, a manutenção da cassação dos diplomas. Desta vez, foi determinada ainda a inelegibilidade do prefeito pelo período de oito anos. Durante a sessão, os membros do TRE-CE concluíram que os candidatos eleitos cometeram abuso de poder político e econômico na realização do evento "Cavalgada do Bel", em 17 de agosto.
Alto Santo - Em Alto Santo, o chefe do Executivo também foi alvo de investigações. Em fevereiro, os diplomas do prefeito Joeni (PP) e da vice-prefeita Genileuda (PT) foram cassados pelo TRE-CE, após decisão ter a maioria dos votos (5 a 2) em sessão plenária. Segundo o Tribunal Regional Eleitoral do Ceará, os candidatos eleitos cometeram ilícitos eleitorais de abuso de poder político. O Tribunal ainda determinou a realização de novas eleições para o cargo majoritário, com data a ser estabelecida, e a inelegibilidade do prefeito pelo período de oito anos, assim como o pagamento de multa por condutas vedadas praticadas.
Barbalha - Em Barbalha, o prefeito reeleito Guilherme Saraiva (PT) e o vice Vevé Siqueira (PT) tiveram seus mandatos cassados pela 31° Zona Eleitoral do Município, mas ainda ocupam os cargos até o julgamento no Tribunal Regional Eleitoral. A coligação de Antônio Neto (PSDB), adversário da chapa vencedora, denunciou o prefeito e o vice por supostas contratações ilegais no período eleitoral, doação de terrenos e imóveis, realização de obras com possível impacto político e distribuição de benefícios sociais.
Aurora - Já em Aurora, os mandatos do prefeito Marcone Tavares de Luna (PT) e da vice Glória Maria Ramos Tavares (PSB) foram cassados por suposto abuso de poder político e econômico no pleito de 2024. Entre as acusações estão o uso indevido de maquinário público em propriedades privadas para favorecimento eleitoral, aumento injustificado na folha de pagamento da Prefeitura e concessão de cargos públicos em troca de apoio político. A Justiça apresentou, também, outro motivo: a ampliação do programa de aluguel social do município sem uma justificativa legal prévia.
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