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| Foto Reprodução |
O pão de coco é uma das principais tradições da Páscoa no Ceará, tendo sido reconhecido, inclusive, como patrimônio histórico, cultural e imaterial do estado. A iguaria, que pode ser encontrada durante o ano todo, torna-se praticamente indispensável nas mesas dos cearenses no período da Semana Santa.
Semelhante ao pão de massa fina conhecido localmente como “sovadinho”, o pão de coco se diferencia pela massa adocicada e pelo uso de coco ralado, que pode aparecer também polvilhado ou queimado na superfície. A abundância do coco no Ceará contribuiu para a adaptação da receita, que tem raízes na panificação portuguesa, especialmente no folar de Páscoa, tradicional em Portugal.
Essa adaptação regional transformou o pão de coco em um símbolo local, diferente de outras receitas pascais europeias, como a colomba italiana ou o hot cross buns inglês.
A origem exata do pão de coco é incerta, mas a tradição da iguaria está enraizada no Ceará há mais de um século, sendo passada de geração em geração como parte das celebrações da Páscoa. Para além disso, a simbologia do pão está ligada à partilha e comunhão, valores presentes nas celebrações cristãs.
Em 15 de abril de 2025, a Assembleia Legislativa do Ceará aprovou o reconhecimento do pão de coco como patrimônio histórico-cultural e imaterial do estado, em projeto de lei de autoria do deputado estadual Romeu Aldigueri, presidente da casa legislativa. O parlamentar destacou que o pão transcende a culinária, sendo um elo entre gerações e presente em momentos afetivos, celebrações populares e na cultura alimentar do povo cearense, tanto no litoral quanto no interior.
Além do valor cultural, o pão de coco movimenta a economia local, gerando empregos diretos e indiretos em padarias, confeitarias e comércio. Durante a quaresma, a procura pelo pão aumenta até 500%, com a expectativa de venda de mais de 3,3 milhões de unidades neste ano, segundo o Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria do Ceará (Sindpan).
Com informações do Portal GC Mais.
Fortaleza é a quarta capital do Brasil com o maior número de pessoas vivendo em situação de rua

Fortaleza tem 10.045 pessoas em situação de rua. Os dados estão em relatório do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) do governo federal, elaborado em março deste ano. O relatório foi alvo de análise no informe técnico de abril do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua, da Universidade Federal de Minas Gerais (OBPopRua/Polos da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG).
A capital cearense é a primeira do Nordeste com mais pessoas vivendo nas ruas. Em âmbito nacional, Fortaleza ocupa a quarta colocação. São Paulo, com 96.220 pessoas; Rio de Janeiro, 21.764 e Belo Horizonte, 14.454, ocupam as três primeiras posições. Logo abaixo de Fortaleza, estão Salvador, 10.025 e Brasília, 8.591.
O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome informou que retomou, em 2023, as capacitações para entrevistadores e operadores do cadastro único, fortalecendo a atuação dos municípios na coleta de dados.
A pasta também destacou a subnotificação e a inconsistência dos dados anteriores, devido ao enfraquecimento da atualização cadastral na gestão anterior (2019-2022).
Mais da metade (52%) das pessoas em situação de rua no país não terminaram o ensino fundamental ou não têm instrução, a maioria é de pessoas negras. Esse percentual é mais que o dobro do total da população brasileira que não completou a escolaridade básica ou em condição de analfabetismo, de 24%, segundo o Censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A Região Sudeste concentra 63% da população em situação de rua do país, o equivalente a 208.791 pessoas. Em seguida, figura a Região Nordeste, onde 48.374 pessoas (14%) estão em situação de rua. Na Região Sul, são 42.367 (13%), na Região Centro-Oeste, 19.037 (6%), e na Região Norte, 16.582 (4%) indivíduos estão nesta condição de vulnerabilidade social.
A análise revela que quatro em cada dez pessoas que vivem na rua no Brasil se encontram no estado de São Paulo (42,82% do total da população em situação de rua). O segundo estado é o Rio de Janeiro com 30.997 pessoas em situação de rua ou 10%, sucedido por Minas Gerais, com 30.355 pessoas.
Com informações do Site O Otimista.

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