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terça-feira, 21 de maio de 2024

Sobe para 161 o número de mortes causadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul

 


O número de atingidos pela catástrofe climática também aumentou para 2.339.508

Cícero Dantas  Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Subiu para 161 o número de mortos pelas chuvas no Rio Grande do Sul, de acordo com o último balanço divulgado pela Defesa Civil estadual, nesta terça-feira (21). Ao todo, há ainda 85 pessoas desaparecidas. As autoridades estimam que a catástrofe tenha afetado a vida de 2,3 milhões de moradores de 464 municípios,  93,36% do total.

Ainda de acordo com o boletim, ao menos 654,19 mil gaúchos ainda estão fora das residências, sendo 581.633 desalojados – aqueles que tiveram de sair de seus lares e estão acolhidos em casas de familiares, amigos ou conhecidos – e outras 72.561 pessoas estão morando temporariamente em um dos 839 abrigos cadastrados pela Secretaria de Desenvolvimento Social do Rio Grande do Sul.

Mais da metade da população desabrigada é da região metropolitana de Porto Alegre (54,09%). A segunda maior região do estado com desabrigados é o Vale dos Sinos (26,98%). O boletim da Defesa Civil contabiliza ainda o resgate de 12.358 animais silvestres e domésticos com vida, a maioria cães e gatos.

Lula diz que desastre no RS ‘mudou paradigma’

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (21) que o desastre climático no Rio Grande do Sul “mudou o paradigma”, e que, a partir de agora, o governo é obrigado a fazer “igual ou melhor” em caso de ocorrências similares no futuro.

[O caso do RS] mudou paradigma do tratamento dos desastres climáticos neste país. O que nós fizemos no Rio Grande do Sul não é só para o Rio Grande do Sul, qualquer crise climática que tiver em algum estado nós estamos obrigados a fazer igual ou melhor do que fizemos no Grande do Sul“, disse o Presidente.

Lula reafirmou o compromisso do Governo Federal no apoio à reconstrução do Rio Grande do Sul. Nas últimas semanas, o Governo anunciou uma série de medidas, entre as quais:

  • a liberação de quase R$ 52 bilhões em medidas de crédito;
  • a suspensão por três anos do pagamento da dívida do estado com a União, com perdão dos juros;
  • o repasse de R$ 5,1 mil as famílias que perderam bens;
  • compra de residências para famílias que perderam casas;
  • liberação de R$ 12 bilhões em crédito para ações emergenciais.

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