O mês de abril terminou com o registro de cinco mulheres assassinadas na região do Cariri mais precisamente nos municípios de Juazeiro (02), Altaneira (02) e a outra em Nova Olinda após um mês de março com duas mulheres mortas. Isso representa acréscimo de 150% no número de assassinatos contra pessoas do sexo feminino na comparação entre os últimos dois meses. Durante o ano foram uma em fevereiro, duas em março e cinco no mês passado.
Com cinco mulheres mortas no quarto mês deste ano, representa 66% a mais que abril de 2023, quando três foram assassinadas. No primeiro quadrimestre do ano já tivemos o assassinato de oito mulheres em seis municípios ou uma a menos (queda de 11%) em relação a idêntico período ano passado. Juazeiro desponta com participação de 37,5% já que três mulheres foram mortas neste município, além de duas em Barbalha, duas em Altaneira e as demais em Antonina do Norte, Nova Olinda e Brejo Santo.
No dia 4 de abril Damiana Bernardino da Silva, de 28 anos, a “Bob Esponja”, que residia na Avenida José Alves de Figueiredo no centro de Crato, foi encontrada morta por espancamento num matagal perto do estádio de Altaneira. Ela era usuária de drogas, respondia por abandono de incapaz, tráfico e já tinha sido vítima de atentado à bala no dia 14 de agosto de 2023 em Crato.
Três dias depois Cícera Pereira da Costa, de 36 anos, a “Cícera de Iramar” que residia na Rua Dom Pedro I no Centro de Altaneira, foi morta a tiros dentro de sua casa. O imóvel foi invadido por oito homens que chegaram em dois carros, derrubaram o portão e invadiram o imóvel à procura de “Deinha”, envolvido com o tráfico de drogas. Como não o encontraram, mataram sua companheira.
Já no dia 11 de abril Cícera Vitória Gomes do Nascimento, de 19 anos, que residia na Avenida Paraíba (João Cabral), foi morta a tiros dentro da casa do seu namorado Willian José da Silva, de 22 anos, na Rua Joaquim da Rocha (Pirajá) em Juazeiro do Norte. Ele também foi morto e respondia por crimes de tráfico de drogas, porte de arma, receptação e já tinha sido vítima de duas tentativas de homicídios.
No dia 15 Ana Helen Alencar Silva, de 32 anos, que residia na Rua São Francisco (Bairro Vila Alta) em Nova Olinda, foi morta a tiros dentro de sua casa por dois homens que invadiram o imóvel e já foram atirando num caso de execução sumária. Ela não respondia procedimentos criminais.
Finalmente no dia 29 de abril Maria Janaína dos Santos Alves, de 44 anos, que residia na Rua Gonçalo Alves de Paiva (Jardim Gonzaga) em Juazeiro e era agente de saúde, foi morta com um tiro durante assalto na Rua Maria Diva de Carvalho naquele bairro. Ela seguia para casa após pegar a filha na rodoviária quando foram abordadas por dois homens noutra moto. Um deles foi preso no caso Diassis Alex dos Santos Vieira, de 26 anos, o “Xela”, na sua casa na Rua Sebastião Mariano com a moto usada no crime e já responde por três assaltos. O autor do disparo foi “Yago”, ou “Veneno”.
Acusado de atirar num PM em Juazeiro morreu na troca de tiros com a polícia em Crato
Mais um caso de intervenção policial em Crato resultou na morte de homem acusado de atentado latrocida contra o Subtenente Marinilson. Por volta das 11 horas desta quarta-feira uma patrulha da PM localizou o veículo Renault Logan de cor prata, usado no crime, ao lado de imóvel no Sítio Baixio dos Robertos na zona rural de Crato. Ao se aproximarem para averiguações, os policiais foram recebidos à bala e houve revide. O vendedor Pedro Fernando Souza Oliveira Leite, de 24 anos, que residia naquela localidade, saiu baleado.
O mesmo terminou socorrido na viatura da PM e morreu ao dar entrada no Hospital Regional do Cariri em Juazeiro. Ele não respondia procedimentos criminais e o carro foi apreendido e levado ao pátio da 20ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Juazeiro. O atentado contra o Subtenente Marinilson Pereira dos Santos, de 51 anos, foi por volta das 23 horas desta terça-feira na Vila São Francisco (Aeroporto) quando ele chegava em casa na sua moto.
As informações que três homens estavam no carro e abordaram o PM anunciando um assalto. Marinilson estava de folga e teria esboçado reação quando o acusado efetuou dois disparos e os estilhaços o atingiram no rosto. O próprio subtenente acionou a polícia e foi levado numa viatura à UPA Limoeiro. Ele recebeu apenas atendimento ambulatorial e retornou à sua residência.
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