O julgamento por um crime de feminicídio movimentou o fórum de Missão Velha nesta sexta-feira. O frentista Gleydson Alves Antão, de 41 anos, foi recambiado desde a cadeia de Juazeiro e recebido com protestos, exibições de faixas e cartazes num verdadeiro clamor por justiça. A sessão do júri durou cerca de 10 horas e, ao final, ele foi condenado a 28 anos de prisão por matar a golpes de faca a viúva, técnica em enfermagem e sua ex-companheira Maria Tereza Xavier Maia, de 35 anos.
O crime aconteceu na casa dela, na Avenida Brasília no centro de Missão Velha, no dia 25 de abril de 2023. Ele tentava reatar o namoro sem êxito quando decidiu matar. Depois se auto esfaqueou e foi socorrido ao HRC em Juazeiro ficando sob escolta da PM. No dia seguinte, terminou recolhido ao cárcere. Em 10 de julho, o Ministério Público se manifestou sobre o caso e a promotora de Justiça Raphaela Dutra Lopes ofereceu denúncia na Ação Penal de Competência do Júri por crime de feminicídio.
O frentista viveu por quatro anos com Tereza a qual tinha três filhos do relacionamento anterior. Conforme a denúncia, Gleydson “agiu de forma livre e consciente, no contexto da violência doméstica e familiar, por motivo torpe, com meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima”. O acusado desferiu 15 perfurações contra a vítima e, de conformidade com testemunhas, a relação do casal era marcada por discussões, humilhações e agressões.
Inclusive, no dia 3 de novembro de 2022, Gleydson proferiu xingamentos contra a vítima e a agrediu fisicamente. Na época, Tereza registrou BO na Delegacia de Missão Velha. Meses depois, acabou o relacionamento, mas ele não se conformava. No dia do crime, foi à casa de Tereza sob o pretexto de entregar ovos de Páscoa para a filha dela quando matou sua ex. A mesma era prima de Maria da Penha que se manifestou pelas redes sociais antes e após o julgamento.
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