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segunda-feira, 11 de outubro de 2021

Bolsonaro diz ter sido barrado de jogo do Santos e critica passaporte de vacinação

 


O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou o ‘passaporte da vacinação‘, ou seja, a necessidade de comprovar que recebeu ao menos uma dose das vacinas contra a Covid-19, para o acesso a locais como estádios, teatros e cinemas. Bolsonaro afirmou ter sido barrado de comparecer ao jogo entre Santos e Grêmio pelo Brasileirão, disputado na tarde deste domingo na Vila Belmiro. “Por que cartão, passaporte da vacina? Eu queria ver o jogo do Santos. Agora me falaram que tem que estar vacinando. Por que isso? Eu tenho mais anticorpos de que quem tomou a vacina”, reclamou o presidente. Normalmente, Bolsonaro apresenta um exame que indicaria que sua resposta imune por ter sido infectado com o coronavírus segue forte, mesmo após meses. Autoridades de saúde, contudo, costumam destacar que é necessário o maior número possível de pessoas vacinadas para controlar a pandemia.

Em nota oficial, o Santos afirmou não ter sido procurado por Bolsonaro ou pela presidência antes do jogo. “O Santos FC não foi procurado pela equipe do presidente. O Clube segue os protocolos da CBF, que, por sua vez, segue as normas sanitárias da Anvisa”, afirmou a equipe. O protocolo da CBF afirma que, para ter acesso a um estádio, é necessário ter o esquema vacinal completo, ou seja, ter as duas doses de CoronaVac, Pfizer ou AstraZeneca, ou a dose única da Janssen. Caso tenha recebido uma única dose, é possível ir aos jogos se apresentar um teste negativo realizado com 48h de antecedência; quem não recebeu nenhuma dose, como Bolsonaro garante não ter recebido, não poderá assistir a nenhuma partida do Brasileirão. O Palácio do Planalto impôs um sigilo de 100 anos sobre o cartão de vacinação de Bolsonaro. No jogo, o Santos venceu o Grêmio por 1 a 0 com gol nos acréscimos e teve um respiro na luta contra o rebaixamento.

Município aprova doação de absorventes nas escolas a meninas carentes.


 

O município de Eldorado do Sul vai doar absorventes nas escolas da cidade para meninas carentes. A lei foi aprovada pela Câmara Municipal e sancionada nesta sexta, dia 08 de outubro 2021, pelo prefeito Ernani Gonçalves.

“Nossa iniciativa proporcionará acesso ao absorvente, item básico de higiene”, comemorou o vereador Fabiano Pires, autor da lei, nas redes sociais.

O vereador, que é sargento do Exército e trabalhou como voluntário na ONU, lembrou que o absorvente é um tem de necessidade básica da mulher.

“A pobreza menstrual é uma questão de saúde pública e absorvente uma necessidade básica […] infelizmente 1 em cada 4 jovens não tem acesso”, lembrou Fabiano.

Com a distribuição, o município, que fica no Rio Grande do Sul, pretende combater a “pobreza menstrual”.

O vereador lembrou da “falta de recursos para a compra de produtos de higiene e outros itens necessários ao período da menstruação feminina, como absorvente entre outros”.

“Juntos estaremos mudando uma triste realidade”, afirmou.

A “pobreza menstrual” foi assunto da semana em todo o Brasil após o presidente Jair Bolsonaro vetar o projeto de leia aprovado em setembro no Senado, que prevê a distribuição gratuita de absorventes femininos para estudantes de baixa renda e mulheres em situação de rua ou de vulnerabilidade extrema.

Na decisão, publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira, dia 07 de outubro 2021, o governo alega que o veto é porque o projeto não estabeleceu uma fonte para custear os absorventes.

A professora Yvonne Bezerra de Mello, do instituto Uerê, projeto educativo na Maré, no Rio de Janeiro, lembrou que as famílias pobres não têm dinheiro para comprar absorventes.

“O absorvente custa muito caro. Para quem vive com auxílio de R$ 280, paga R$ 120 em um botijão de gás, como vai comprar absorvente?”, questionou ao G1.

E ela contou há mulheres que usam até miolo de pão para segurar o fluxo.

“Nas ruas (pessoas em situação de rua), usam miolo de pão, pedaços de pano de chão, que têm poder de absorção. É um item de luxo apesar de ser absolutamente necessário”, lembrou.

No estado do Rio de Janeiro, o governador Cláudio Castro sancionou em setembro a lei 9.404/21, que autoriza o Poder Executivo a distribuir gratuitamente absorventes nas escolas estaduais, mas ainda não há prazo para início da distribuição.

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