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domingo, 14 de março de 2021

Governadores do Nordeste formalizam compra de 37 milhões de doses da Sputnik V; vacina entra no Plano Nacional de Imunização


O consórcio de governadores do Nordeste formalizou a compra de 37 milhões de doses da vacina russa Sputnik V. A informação foi confirmada neste sábado (13) pelo governador do Piauí, Wellington Dias (PT), presidente do consórcio. O anúncio foi feito com o Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para que a pasta seja intermediária na aquisição das doses e para que as vacinas integrem o Plano Nacional de Imunização (PNI), para ser distribuída a todos os estados brasileiros.

Segundo a secretaria de comunicação do governo do Piauí, anteriormente a previsão era comprar 39 milhões de doses, mas durante a formalização do contrato o Fundo Soberano Russo informou que poderá produzir, nesta primeira compra, 37 milhões. O imunizante ainda não teve aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ao contrário das vacinas Oxford-AstraZeneca-Fiocruz e Coronavac.

"Comunicamos o fechamento do contrato e tratamos com o Ministério da Saúde os termos para que a gente mantenha um regramento em que se tenha vacina para todo o Brasil e assim foi acertado com a procuradoria dos estados, equipe jurídica do Ministério e advocacia geral da união para que até segunda-feira [15] o Ministério entre como interveniente e garanta que as 37 milhões de doses a partir de abril serão para todo o Brasil", declarou o governador.

Ele disse ainda que todas as vacinas compradas por qualquer órgão público ou privado, neste momento, serão destinadas ao Plano Nacional. "Toda vacina comprada por municípios, estados ou entidades privadas, será para o plano nacional de imunização e a distribuição será conforme a regra de fase 1, 2, 3 e 4 do Ministério da Saúde, conforme grupos prioritários", disse Wellington.

O imunizante já entrou no cronograma do Ministério da Saúde, após acordo entre os governadores, com entregas previstas para abril, maio e junho. O governador da Bahia, Rui Costa (PT), disse que 2 milhões de doses devem ser entregues em abril. Segundo ele, todo o Brasil deve ser atendido e o país "não pode entrar numa lógica de salve-se quem puder".

"O fato é que finalizamos a compra, 2 milhões de doses serão entregues agora em abril, 5 milhões em maio, 10 milhões no mês de junho e 20 milhões no mês de julho”, informou o governador da Bahia, Rui Costa (PT).

Com a aquisição destas doses, de acordo com Wellington, o Brasil conseguirá atingir a meta de 50 milhões de pessoas vacinadas.

“Com isso, teremos condições de ter 20 milhões de brasileiros vacinados já agora em março. Todo o esforço vai na direção para chegar no mês de abril com 50 milhões de pessoas vacinadas”, projetou o governador do Piauí.

Ele destacou que a vacinação é fundamental para reduzir as internações e os óbitos decorrentes da Covid. Ontem, o Piauí chegou a 3,6 mil mortes pela Covid-19 e a capital tem registrado ocupações de leitos de UTI acima de 90%.

Hospitais públicos e privados suspenderam cirurgias eletivas e o Comitê de Operações Emergenciais da Prefeitura de Teresina recomendou autorização de funcionamento apenas a serviços essenciais.

Cronograma: entrega semanais aos estados

O Ministério da Saúde assinou nessa sexta-feira (12) contrato para compra de 10 milhões de doses da Sputnik V. A vacina não conta com aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa): os responsáveis pelo imunizante ainda precisam realizar o pedido de uso emergencial. Para apoiar a comercialização no país, os russos firmaram parceria com a farmacêutica brasileira União Química.

Durante a reunião com os governadores do Nordeste, segundo Wellington, o ministro Eduardo Pazuello apresentou o cronograma de entrega das vacinas fabricadas pelo Instituto Butantan e pela Fiocruz até o mês de julho.

Em nota, o Ministério da Saúde informou que o cronograma e previsão de entrega dos imunizantes pode sofrer alterações nas datas.

"A boa notícia é que o ministrou apresentou um cronograma atualizado. Nós temos toda semana a entrega de vacina pelo Butantan e pela Fiocruz", disse.

Dias disse ainda que outra novidade é que, a partir da próxima semana, o Ministério da Saúde fará a entrega de dois lotes da vacina da AstraZeneca, vinda da índia, pelo Consórcio da OMS, e também do [laboratório indiano] Bharat Biotech.

Nota do Ministério da Saúde:

O Ministério da Saúde informa que as previsões de entregas de vacinas são atualizadas semanalmente pelos fornecedores dos imunizantes (produtores e importadores). Para a próxima semana, está prevista a entrega das primeiras doses fabricadas no Brasil pela Fiocruz, no entanto, até a entrega, não é possível informar quantas doses exatas a pasta receberá. A previsão que o laboratório deu ao Ministério é da entrega de cerca 1 milhão de doses da AstraZeneca/Fiocruz por semana.

Cabe ressaltar que essa previsão e o cronograma podem sofrer alterações do que está pactuado com o Ministério.

Informação G1

Deputado autor de lei contra vacina obrigatória morre por coronavírus

 

Morreu neste sábado (13) o deputado estadual Silvio Antônio Fávero (PSL-MT), aos 54 anos, por complicações do novo coronavírus. O parlamentar estava internado desde o dia 4 em Lucas do Rio Verde.

Segundo a assessoria de imprensa, o quadro de saúde se agravou nesta madrugada, chegando ao quadro de infecção generalizada.

O governador do Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), lamentou a morte do deputado em sua rede social. A Assembleia Legislativa do estado (ALMT) decretou luto oficial de três dias, segundo o presidente da Casa, Max Russi (PSB).

Apoiador do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Silvio Fávero apoiava a agenda do Governo Federal, contrária à vacinação e favorável ao uso de medicamentos sem eficácia comprovada para o tratamento do novo coronavírus.

Em junho de 2020, ele chegou subir à tribuna da Assembleia para defender a distribuição do chamado “kit Covid”. “Desde março, o presidente fala em prevenção. Prevenção não faz mal nenhum, gente”, afirmou o parlamentar, segurando caixas de azitromicina e ivermectina. Ele ainda duvidou da quantidade de óbitos por Covid e indagou: “Será que o nosso presidente está errado?”.

Silvio Fávero é autor de um projeto de lei que assegura “o direito de o cidadão escolher ou não pela sua vacinação contra a Covid-19”.

“O projeto visa também evitar que a vacinação seja compulsória, eis que, atualmente, subsiste insegurança quanto à eficácia e eventuais efeitos colaterais das vacinas, onde apresentam um risco que, sem dúvida alguma, é irreparável, já que os efeitos a curto, médio e longo prazo da vacina são desconhecidos, a obrigatoriedade de ser vacinado se mostra inconstitucional, já que colocará vidas em risco”, justificou o parlamentar.

Informação Yahoo Notícias

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