Duas adolescentes que estavam desaparecidas em Teresina foram encontradas mortas, no domingo (21), enterradas em covas rasas em Timon, município maranhense vizinho à capital. De acordo com a Polícia Civil do Maranhão, que investiga o crime, as adolescentes foram executadas.
Segundo o delegado Joelson Carvalho, Maria Eduarda, de 17 anos, e Joyce Ellen, de 16 anos, como as adolescentes foram identificadas, foram torturadas, tiveram que cavar a própria cova, depois, foram mortas a tiros e enterradas.
Conforme o delegado, o pai de uma das meninas foi até a Central de Flagrantes de Timon registrar boletim de ocorrência após informações de que a filha teria sido vista na cidade maranhense.
Jovens cavando a própria cova |
O pai havia visto a filha pela última vez na companhia de uma amiga saindo do bairro Risoleta Neves, Zona Norte de Teresina. No fim da manhã deste domingo, depois de buscas, a Polícia Militar encontrou o local onde os corpos estavam, na região do bairro Parque Aliança, em Timon.
Policiais militares, bombeiros, policiais civis e guardas municipais participaram da operação para desenterrar os corpos. Em seguida, o local foi periciado. Nenhum suspeito foi preso ou identificado, até o momento.
Existe a hipótese de que o crime tenha relação com facções criminosas, contudo o caso ainda é investigado pela Polícia Civil.
Fonte: Portal O Zacarias
Cármen Lúcia muda voto, e Moro é considerado parcial contra Lula
Com isso, 2ª Turma do STF forma maioria para anular provas contra o ex-presidente.
Em uma das maiores derrotas da história da Lava Jato, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça-feira (23) que o ex-juiz federal Sergio Moro foi parcial ao condenar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na ação do tríplex do Guarujá.
O placar sofreu uma reviravolta com a mudança na posição da ministra Cármen Lúcia, que alterou o voto proferido em dezembro de 2018. Com o entendimento da Segunda Turma, o caso terá de voltar à estaca zero.
– Neste caso, o que se discute basicamente é algo que para mim é basilar: todo mundo tem o direito a um julgamento justo e ao devido processo legal e à imparcialidade do julgador – disse Cármen Lúcia, ao iniciar a leitura do voto.
A ministra buscou delimitar o entendimento à questão específica de Lula na ação do tríplex, tentando delimitar os efeitos do julgamento. Um dos temores de investigadores é de que a declaração da suspeição de Moro provoque um efeito cascata, contaminando outros processos da operação que também contaram com a atuação do ex-juiz.
– Tenho para mim que estamos julgando um habeas corpus de um paciente que comprovou haver estar numa situação específica. Não acho que o procedimento se estenda a quem quer que seja, que a imparcialidade se estenda a quem quer que seja ou atinja outros procedimentos, porque aqui estou tomando em consideração algo que foi comprovado pelo impetrante relativo a este paciente, nesta condição. Essa peculiar e exclusiva situação do paciente neste habeas corpus faz com que eu me atenha a este julgamento, a esta singular condição demonstrada relativamente ao comportamento do juiz processante em relação a este paciente – acrescentou Cármen.
O entendimento da Segunda Turma do STF marca um dos maiores reveses da história da Lava Jato no STF. A atuação de Moro em outra ação que levou à condenação de Lula na Lava Jato (a do sítio de Atibaia) foi menor: coube ao ex-juiz da Lava Jato aceitar a denúncia e colocar o ex-presidente no banco dos réus mais uma vez. A condenação, no entanto, foi assinada pela juíza Gabriela Hardt, depois que o ex-juiz já tinha abandonado a magistratura para assumir um cargo no primeiro escalão do governo Bolsonaro.
ESPETACULARIZAÇÃO DO CASO
Em seu novo voto, Cármen Lúcia criticou a “espetacularização” da condução coercitiva de Lula, determinada por Moro em março de 2016; a quebra do sigilo telefônico de advogados que atuaram na defesa do petista; a divulgação de áudio entre Lula e a ex-presidente Dilma Rousseff envolvendo a nomeação do petista para a Casa Civil; e o levantamento do sigilo da delação premiada do ex-ministro Antonio Palocci durante a campanha eleitoral de 2018. Para a ministra, esses episódios “maculam” a atuação do ex-juiz federal da Lava Jato.
*Estadão
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