Para o presidente, o emprego é tão importante quanto a vida.
O presidente Jair Bolsonaro repetiu, nesta terça-feira (30), e como tem feito desde o início da pandemia, o discurso de que não é o responsável por políticas de fechamento de setores econômicos adotadas no país para evitar o avanço da Covid-19.
– Eu não fecho nada, eu não fecho nada. A vida é tão importante quanto a questão do emprego – disse a apoiadores.
Na saída do Palácio da Alvorada, o presidente ouviu queixas de um simpatizante sobre os fechamentos praticados em alguns Estados para evitar a disseminação do novo coronavírus.
Ao contrário de Bolsonaro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o distanciamento social e medidas de isolamento como forma de prevenir o maior contágio pelo vírus. Bolsonaro, contudo, é crítico a essa estratégia pelo seu impacto na atividade econômica. Por esse motivo, ao longo da pandemia, o chefe do Executivo antagonizou governadores e prefeitos que adotaram medidas de fechamento.
O presidente chegou a entrar com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra os governos do Distrito Federal, Bahia e Rio Grande do Sul para derrubar decretos de “toque de recolher” à população adotados pelos governadores. A ação foi rejeitada pelo ministro Marco Aurélio Mello na semana passada.
A ação apresentada por Bolsonaro foi também um dos motivos para a saída de José Levi da Advocacia-Geral da União (AGU) anunciada nesta segunda-feira junto de outras cinco mudanças no governo. Levi se recusou a assinar a ação apresentada por Bolsonaro para derrubar decretos de toque de recolher.
*Estadão
Chefes do Exército, Aeronáutica e Marinha serão substituídos
"Vamos deixar a política para os políticos", diz oficial da Marinha.
Nesta terça-feira (30), o Ministério da Defesa anunciou a troca dos três comandantes das Forças Armadas. O general Edson Pujol, do Exército, o almirante de esquadra Ilques Barbosa Junior, da Marinha, e o tenente-brigadeiro do ar Antonio Carlos Moretti Bermudez, da Aeronáutica, se reuniram mais cedo com o ministro Braga Netto, que foi escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para ser o novo ministro da Defesa.
A decisão da cúpula das Forças Armadas é uma resposta à saída de Fernando Azevedo da chefia do Ministério da Defesa, após Jair Bolsonaro demiti-lo nesta segunda-feira (29).
O agora ex-ministro resistiu a um alinhamento político das Forças Armadas com o governo.
De acordo com oficial da Marinha ligado à cúpula da Defesa ouvido nesta manhã, o ambiente no ministério não é de crise, mas há insatisfação com a substituição de Fernando Azevedo.
– Vamos deixar a política para os políticos. Não haverá politização das Forças Armadas – diz o oficial.
– As Forças Armadas seguirão seu papel constitucional e, neste momento, nossa missão é ajudar a salvar vidas – completa.
(Pleno News)
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