O prefeito do Município de Orós (a 402Km de Fortaleza), Simão Pedro Alves Pequeno, determinou a abertura de uma investigação para apurar possíveis fraudes praticadas junto ao setor de Castro Único da própria prefeitura. Dezenas de pessoas estariam tentando burlar a lei para receber ilegalmente o auxílio financeiro emergencial do governo federal por conta da pandemia do coronavírus e o estado de calamidade pública.
Através de uma portaria datada da última quarta-feira (15), o prefeito ordenou que fosse iniciada uma investigação sobre quem estaria utilizando o Cadastro Único da Prefeitura para incluir como beneficiados do auxílio federal pessoas que não se incluem no perfil de necessitados. A fraude, se confirmada, se constitui em crime federal, pois os recursos são advindos dos cofres da União. A Polícia federal deverá ser acionada.
No documento, o prefeito cita as “várias manifestações em redes sociais, de profissionais ligados às mais diversas áreas, entre elas, a Educação, Assistência Social, Advocacia etc, onde mencionavam, explicitamente ou implicitamente, a existência de pessoas cadastradas (ilegalmente) para perceberem o auxílio emergencial do Governo federal, nos termos da lei número 13.982/2020, após exposição, extra-oficial, da relação dos beneficiários do Programa Bolsa Família, que receberão o mencionado auxílio do Governo Federal”.
#fiqueemcasaBolsonaro desrespeita quarentena e participa de protesto contra isolamento social
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a desrespeitar recomendações das autoridades sanitárias e participou de uma manifestação neste domingo, 19, em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília. Em meio à tosse, ele discursou para manifestantes contrários ao isolamento social que saíram às ruas, em diversas cidades, para protestar contra a paralisação das atividades por conta da pandemia do novo coronavírus.
Centenas de pessoas pediam intervenção militar, fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF) e retorno do Ato Institucional 5 (AI-5) responsável por ataques aos direitos individuais no período da ditadura militar. Após a chegada do presidente, os manifestantes o exaltaram com gritos de “mito” e portavam faixas com dizeres como “Intervenção militar com Bolsonaro” e “A voz do povo é soberana”. Além disso, protestaram contra o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Bolsonaro saiu do Palácio da Alvorada no início da tarde e pouco depois publicou em suas redes sociais transmissão ao vivo direto da manifestação, onde aglomeração de pessoas desafiava recomendações de distanciamento social da Organização Mundial da Saúde (OMS) e autoridades do segmento.
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