Um dos principais entusiastas do governo Bolsonaro, o empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, deixou claro sua posição quanto à demissão do ministro da Justiça Sergio Moro. Conhecido por suas postagens nas redes sociais em apoio irrestrito a Bolsonaro, hoje o empresário mudou o tom.
"Obrigado por tudo que você fez pelo nosso país. Gerações e gerações lembrarão do seu legado. O povo brasileiro estará sempre ao seu lado. Estamos juntos", escreveu o empresário em suas redes sociais ao lado de uma foto que diz: "Moro heroi brasileiro".
Outros empresários também decidiram romper com o governo após a saída de Moro. Gabriel Kanner, presidente do Instituto Brasil 200, grupo de empresários que vinha apoiando as ações de Jair Bolsonaro desde o início do mandato, diz que sentiu uma "decepção absoluta" após a saída de Moro e que o presidente perdeu sua base de apoio.
Com informações Notícias ao Minuto
Em pronunciamento, Bolsonaro acusa Moro de negociar vaga no STF
Ao lado de ministros, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se posicionou após a renúncia de Sérgio Moro. Bolsonaro disse que luta "contra o sistema", rebateu na tarde desta sexta-feira (24) o ex-ministro da Justiça Sergio Moro e admitiu interesses pessoais em ações da Polícia Federal.
Bolsonaro afirmou que Moro pediu a ele para que a troca do comando da Polícia Federal ocorresse depois de o ex-juiz ser indicado a uma vaga no Supremo Tribunal Federal. "É desmoralizante para um presidente ouvir isso", afirmou Bolsonaro.
O presidente disse não ter que pedir autorização para trocar um diretor da PF. "Não tenho que pedir autorização para trocar um diretor ou qualquer outro que esteja na pirâmide hierárquica do Executivo."
"Desculpe senhor ministro, mas o senhor não vai me chamar de mentiroso", afirmou Bolsonaro, que não explicou a assinatura de Moro no ato de exoneração do diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, publicado nesta sexta-feira no Diário Oficial.
Ainda sobre hierarquia, Bolsonaro disse que "o dia em que eu tiver que me submeter a um subordinado, deixo de ser presidente da República".
Bolsonaro afirmou que confiava em Moro e que nunca esteve contra a Operação Lava Jato. E reforçou que as nomeações de seu governo não são feitas de forma partidária.
"Colocamos um ponto final nisso, poderosos se levantaram contra mim. Estou lutando contra o sistema. Coisas que aconteciam no Brasil não acontecem mais", disse o presidente, que completou ser isso sinal de sua coragem de ter montado um time de ministros técnicos. "Eu tenho o Brasil a zelar."
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