O delegado federal Alexandre Ramagem Rodrigues é apontado por fontes do Governo Federal como próximo diretor-geral da Polícia Federal. Ele é atualmente diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Fontes próximas dizem que ele já foi confirmado e já aceitou. Ele é casado com Rebeca Teixeira Ramagem Rodrigues, cearense de Fortaleza, ex-delegada federal e hoje procuradora.
Alexandre Ramagem chegou a ser nomeado, em fevereiro do ano passado, superintendente regional da Polícia Federal no Ceará, conforme O POVO antecipou na época. O ato foi publicado no Diário Oficial de 25 de fevereiro, mas foi revisto sem que o delegado tenha tomado posse. A vaga foi para o delegado federal Dennis Cali. Ramagem, por sua vez, se tornou assessor especial da Secretaria de Governo da Presidência da República, na gestão do então ministro, o general Santos Cruz. Em maio, assumiu a Abin.
Ramagem coordenou a equipe de segurança do presidente Jair Bolsonaro (PSL) desde que ele foi eleito, logo após o segundo turno da eleição de 2018, de 29 de outubro até a posse, em 1º de janeiro de 2019. Na época, ele substituiu o delegado Antônio Marcos Teixeira, que comandou a segurança do hoje presidente na fase final da campanha, afastado por desentendimento por Bolsonaro. Na ocasião, o presidente colocou parte do corpo para fora do carro e acenou para eleitores. Teixeira repreendeu os policiais federais responsáveis pela segurança por terem permitido a exposição, contrária aos protocolos de segurança. Bolsonaro não gostou e o dispensou. Aquela foi a segunda troca na função, pois Teixeira entrou no lugar do delegado Daniel França, substituído após a facada em Bolsonaro, em 6 de setembro.
A exoneração do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, provocou a maior crise até hoje do governo Jair Bolsonaro, com o pedido de demissão do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.
Com informações O Povo Online
Mortes por coronavírus ultrapassam assassinatos em São Paulo
Mais de 1.300 pessoas morreram pela Covid-19 no estado de São Paulo em um intervalo de 38 dias. É mais que o triplo das ocorrências de homicídios no mesmo período do ano passado (359 casos).
Nesta quinta-feira (23), o número de vítimas do coronavírus para um só dia chegou ao ponto mais alto até o momento, com 211 registros.O levantamento considera o intervalo entre 17 de março (data da primeira morte pela doença no estado em 2020) e 23 de abril.
O número de vítimas pela doença nestes 38 dias deste ano (1.345) é superior ao de homicídio nos 114 primeiros dias de 2019, quando houve 1.044 casos de assassinatos.
As mortes violentas foram contabilizadas a partir dos boletins de ocorrência da Secretaria da Segurança Pública e incluem casos de homicídio doloso, latrocínio e lesão corporal seguida de morte. Os números podem ser ligeiramente maiores, pois em uma ocorrência pode haver mais de uma pessoa assassinada (a média é de 1,05 vítima por registro, o que daria uma estimativa de 1.096 mortos).
Por outro lado, parece haver ainda um atraso na notificação de casos e de mortes por coronavírus, o que, se confirmado, pode deixar a distância ainda maior para as mortes por homicídio.A comparação foi feita com os assassinatos do ano passado porque ainda não foram divulgadas informações sobre homicídios em março deste ano.
Nos primeiros dois meses de 2020, os números eram semelhantes aos de 2019.Segundo o Governo de São Paulo, o estado tem mais de 16 mil casos confirmados de Covid-19. Ao menos 256 municípios (40%) registram a doença.
Nesta quinta, o índice de ocupação das UTIs paulistas era de 55%. Na capital, onde está a maioria dos doentes, a taxa é de 74%.O estado concentra quase 40% de todas as mortes registradas no Brasil. Também foi onde a Covid-19 foi detectada pela primeira vez, em 26 de fevereiro.Por ordem do governador João Doria (PSDB), São Paulo está sob quarentena desde 24 de março, com fechamento do comércio e de serviços não essenciais.
A reabertura gradual deve ter início a partir do próximo dia 11.O estado fará o acompanhamento da disseminação, comparando cenários possíveis da evolução do vírus, e novos protocolos serão definidos dependendo da situação de cada região e de cada setor da economia.
O ritmo de mortes vinha apresentando queda desde o último dia 14. Naquela data foi registrado o pico de óbitos até então, com 85 vítimas. Nesta quinta, porém, houve novo salto, com 211 mortos.
Com informações Notícias ao Minuto via Folhapress
Nenhum comentário:
Postar um comentário