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terça-feira, 3 de março de 2020

Três agentes da Segurança Pública são mortos por bandidos no fim de semana


Em pouco mais de 24 horas, três agentes da Segurança Pública foram mortos na Grande Fortaleza por conta da violência que explodiu no Ceará durante a greve de policiais e bombeiros militares. Na noite do domingo, um policial penal (agente penitenciário) foi sequestrado por bandidos após se perder em uma favela na zona Leste da Capital. Logo depois, bandidos jogaram o corpo dele na frente de um shopping center e a poucos metros de um quartel da Polícia Militar.

O crime ocorreu por volta de 20 horas, quando bandidos de uma favela localizada no bairro Papicu atacaram o carro que era guiado pelo policial penal Paulo Victor Passo Teixeira, que era destacado em uma das Casas de Privação Provisória da Liberdade (CPPL 3), no Complexo penitenciário de Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).

O agente estava de folga e voltava da Praia do Futuro em seu carro. Em outro veículo que vinha logo atrás estavam seus amigos. Segundo o relato de uma das testemunhas, ao entrar em um beco no bairro Papicu, possivelmente por ter errado o caminho, o policial foi cercado por vários criminosos e tirado do carro. Ele tentou fugir, mas foi alcançado e arrastado para dentro da favela. Minutos depois, bandidos passaram em um carro em alta velocidade na Rua Lauro Nogueira, próximo ao shopping Rio Mar, e jogaram o corpo do policial.

A PM cercou o local com várias patrulhas do Comando Especializado de Policiamento de Choque (CPE/Choque), e o apoio de um helicóptero da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer), mas não conseguiu prender os criminosos.

O secretário da Administração Penitenciária, Luiz Mauro Albuquerque, esteve pessoalmente na área onde os bandidos teriam realizado o sequestro e morte do agente. Em nota nas redes sociais, o Sindicato dos Agentes e Servidores do Sistema Penitenciário do Estado do Ceará (Sindasp), lamentou profundamente o fato.

Outros dois

No sábado (29), mais dois agentes da Segurança Pública foram mortos. No Distrito de Pavuna, em Pacatuba, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), um policial militar foi baleado ao reagir a uma tentativa de assalto. Era o cabo da PM, Heitor de Amorim Silva, 31 anos, destacado na 3ª Companhia do 14º BPM (Maracanaú). Heitor foi atingido por vários tiros e morreu no local. Os assassinos fugiram em uma moto.

Também no sábado, já à noite, o sócio-educador John Lennon de Oliveira Araújo, 29 anos, que atuava em um dos centros educacionais destinados a adolescentes infratores, foi assassinado, a tiros, no bairro Maraponga, em Fortaleza. O crime teve características de execução sumária.

Com informações CN7

Policiais militares voltam ao trabalho nesta segunda-feira após 13 dias de paralisação no Ceará

Os policiais militares do estado do Ceará voltaram aos trabalhos na manhã desta segunda-feira (02), após 13 dias de paralisação. Na noite deste domingo (01) eles resolveram aceitar a proposta feita pela comissão especial formada por membros dos três poderes estaduais e representantes da categoria. Os principais pontos da proposta são: 

Os policiais militares contarão com o apoio de instituições extragovernamentais, como Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Defensoria Pública e Exército;

Os agentes terão direito a um processo legal sem perseguição, com amplo direito a defesa e contraditório, e acompanhamento das instituições de apoio;

O governo do Ceará não vai transferir policiais para o interior do estado em um prazo de 60 dias, contados a partir do fim do motim;

Revisão de todos os processos adotados contra policiais militares durante a paralisação;

Garantia de investimento de R$ 495 milhões com o salário de policiais até 2022;
Desocupação de todos os batalhões onde havia policiais amotinados até 23h59 deste domingo;

Os policiais militares devem retornar ao trabalho às 8h desta segunda-feira, dia 2 de março

A votação entre a categoria foi presidida pelo ex-deputado federal Cabo Sabino, que estava a frente do movimento paredista, tendo a maioria optado pelo fim da paralisação. O principal ponto reivindicado pelos policiais que era a Anistia, não foi concedido pelo Governo do Ceará.

Durante a paralisação da PM, o Exército, a Força Nacional e a Polícia Civil garantiram a segurança da população cearense, mesmo assim os índices de criminalidade no estado cresceram consideravelmente. 

Com informações do Monólitos Post.

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