Hoje (26) completa um mês do primeiro caso confirmado do novo coronavírus (covid-19) no Brasil. Durante este período a pandemia produziu 77 mortes, conforme atualização do Ministério da Saúde divulgada hoje (26). A taxa de letalidade é de 2,7%.
Ontem, as mortes já haviam se expandido para além de São Paulo e do Rio de Janeiro, com falecimentos em Pernambuco, no Rio Grande do Sul e no Amazonas.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, retificou o número de mortes no país. No relatório constava 78 óbitos, com um caso no Distrito Federal. Mas Mandetta afirmou que o registro foi feito por engano e que DF não tem morte por covid-19.
Considerando um mês após o primeiro infectado, o Brasil fica atrás da China (213 mortes e 9.802 casos) mas a frente da Itália (29 mortes e 1.694 casos).
O secretário executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, afirmou que a comparação entre Brasil e Itália deve ser ponderada por uma série de aspectos, como pelo fato dos países terem faixas etárias diferentes (a Itália com mais idosos) e pelo Brasil ter mais leitos de Unidade de Tratamento Intensiva (UTI) do que aquele país.
“O fato de termos mais casos não significa nada. Nós começamos de forma mais lenta, mas em compensação a Itália teve crescimento abrupto, que esperamos que nós não tenhamos. Pode ser que daqui a uma semana, nossa situação seja muito melhor que a Itália. Temos uma expectativa que nós não vamos ter número de óbitos proporcional que Itália está tendo. Precisamos esperar mais algumas semanas”, respondeu.
O total de casos confirmados saiu de 2.433 ontem para 2.915 casos. O resultado de hoje marcou um aumento de 54% nos casos em relação ao início da semana, quando foram contabilizadas 1.891 pessoas infectadas.
Do total de mortes, 58 foram em São Paulo, nove no Rio de Janeiro, três no Ceará, três em Pernambuco, uma no Amazonas, uma no Rio Grande do Sul, uma em Santa Catarina e uma em Goiás.
Como local de maior circulação do novo coronavírus no país, São Paulo também lidera o número de pessoas infectadas, com 1052 casos confirmados. Em seguida vêm Rio de Janeiro (421), Ceará (235), Distrito Federal (200), Rio Grande do Sul (158) e Minas Gerais (153).
Também registram casos confirmados Santa Catarina (122), Bahia (104), Paraná (102), Amazonas (67), Pernambuco (48), Espírito Santo (39), Goiás (39), Mato Grosso do Sul (25), Acre (24), Rio Grande do Norte (19), Sergipe (16), Pará (13), Alagoas (11), Mato Groso (11), Maranhão (10), Piauí (nove), Roraima (oito), Tocantins (sete), Rondônia (cinco), Paraíba (cinco) e Amapá (dois).
(Agência Brasil)
Lula: "Ou Bolsonaro renuncia, ou fazem o impeachment dele!"
Na noite desta quarta-feira (25), o ex-presidente Lula (PT), condenado por corrupção e lavagem de dinheiro disse ver Bolsonaro atingindo um limite.
“Ou esse cidadão renuncia, ou faz o impeachment dele, porque não é possível que alguém seja tão irresponsável de brincar com a vida de milhões de pessoas”, afirmou Lula em bate-papo com Fernando Haddad.
Lula se disse “assustado” e vê o atual presidente querer armar uma “guerra política” por questionar o confinamento em massa e paralisação total da economia.
“Eu fiquei assustado, porque o papel de um governante é orientar a sociedade. Tentar orientar baseado em informações científicas. O presidente tem o Ministério da Saúde, que tem dado determinada orientação. Para minha surpresa, o presidente aparece ontem na televisão, de forma intempestiva, fazendo uma guerra política contra a sociedade brasileira, contra governadores, contra prefeitos, que estão tentando acatar as orientações dadas pelo próprio Ministério da Saúde, subordinado ao presidente da República”, afirmou o ex-presidente que foi preso por corrupção.
“Eu fico imaginando se é esse o papel de um presidente da República. Seria mais correto que ele tivesse convocado uma reunião com os governadores de estados, com secretários da Saúde, juntado seu ministério, dado orientação única para que o Brasil pudesse agir de forma coesa. Para mim, parecia uma preocupação eminentemente política e eleitoral. Ele não está pensando no povo brasileiro, não está pensando no coronavírus, ele está pensando nele”, afirmou o petista.
(República de Curitiba)
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