O presidente Jair Bolsonaro divulgou na tarde hoje (21), nas redes sociais, um vídeo em que afirma que o hospital Albert Einstein deu início a pesquisas sobre o uso de cloroquina e da hidroxicloroquina no combate à covid-19. Essas substâncias são usadas normalmente contra o vírus da malária, no combate ao lúpus e à artrite reumatoide. O remédio tem trazido bons resultados em testes nos EUA.
O presidente afirmou ainda que, em parceria com o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, usará o laboratório químico e farmacêutico do Exército para ampliar a produção das substâncias. Bolsonaro comentou ainda que o Brasil deverá manter o estoque do medicamento, e que a produção nacional não será vendida a outros países.
Pelas redes sociais, Bolsonaro comentou a medida: “- Isso se chama precaução. O medicamento é barato e caso venha a ser comprovada a eficácia no combate à Covid-19, estaremos preparados para atender a todos os brasileiros rapidamente. – Enquanto uns seguem buscando o caos, seguimos buscando soluções para proteger a nossa nação!”
Fonte: Agência Brasil
Pandemia já matou 13 mil em todo o mundo; casos passam de 307 mil
Ao menos 13 mil pessoas morreram por complicações da Covid-19 em todo o mundo. Um levantamento da universidade norte-americana Johns Hopkins apontou que na manhã de domingo (22), mais de 307 mil pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus.
A maior parte das mortes mundiais está concentrada na Itália, são mais de 4,8 mil até o momento. O país registrou no sábado um aumento de quase 800 mortes em apenas um dia. A Itália tem mais de 53,5 mil infectados pelo vírus, atrás apenas da China, que desde o início do surto, em dezembro de 2019, acumulou mais de 81 mil casos de Covid-19.
O número de infectados nos Estados Unidos segue crescendo. De acordo com a contagem da Universidade Johns Hopkins, são 26.747 pessoas contaminadas com o novo coronavírus. Os estados mais afetados são os de Washington e Nova York. O país chegou a ficar na frente da Espanha em número de pessoas afetadas, mas voltou a ocupar o quarto lugar.
O governo brasileiro vai restringir a entrada de estrangeiros em voos internacionais no país, mas a medida não se aplica aos Estados Unidos. A restrição passa a valer a partir desta segunda-feira.
Já a companhia aérea Emirates, maior do Oriente Médio, suspendeu todos os voos comerciais a partir desta quarta. Os Emirados suspenderam a emissão de vistos no aeroporto e proibiram a entrada de residentes estrangeiros legais que atualmente estão fora de seu território.
Tensão na Espanha
A Espanha teve um aumento de 30% no número de mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas. Foram registradas novas 399 mortes. Ao todo, são 1.725 mortes. O número de contaminados também subiu, mantando o país como o terceiro mais atingido no mundo, atrás de China e Itália.
São 28.572 infectados (3.646 deles nas últimas horas). O governo já anunciou que o período de estado de emergência será estendido por mais 15 dias. Do total de contaminados, quase 3.500 são profissionais de saúde.
Itália ganha reforço russo
Militares russos vão enviar ajuda médica para a Itália a partir desde domingo, de acordo com o Ministério de Defesa de Moscou. O presidente Vladimir Putin conversou com o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, e ofereceu veículos de desinfecção para as ruas e especialistas para as áreas mais afetadas da Itália, além do envio de 100 médicos ao país.
Pelo mundo
Chefe de emergências da Organização Mundial de Saúde, Mike Ryan disse, em entrevista à BBC, que só restringir a circulação de pessoas não será suficiente para combater o novo coronavírus. É preciso identificar os doentes, assegurando o devido atendimento médico. Além do isolamento de quem tem o vírus, é preciso monitorar quem teve contato com tais pessoas. O medo de Ryan é de um aumento da doença quando as medidas restritivas forem suspensas.
O Ministério da Saúde da Colômbia confirmou a primeira morte pelo novo coronavírus no país. A vítima era um homem de 58 anos que trabalhava como taxista na cidade turística de Cartagena das Índias e apresentava problemas anteriores de saúde.
A Romênia registrou a primeira morte no país provocada pelo novo coronavírus. A vítima era um homem de 67 anos que tratava um câncer em estado terminal.
Na França, um médico infectado pelo novo coronavírus morreu na noite do último sábado, de acordo com a emissora francesa RTL e a CNN. Atualmente, são mais de 14 mil contaminados em território francês e 562 mortes no país.
O governo alemão está considerando um bloqueio nacional para combater o novo coronavírus. As autoridades já pediram para que as fábricas de carro nacionais considerem produzir equipamentos médicos, como máscaras, para ajudar o sistema de saúde a ser abastecido durante a pandemia. O número de casos aumentou 1.948 nas últimas 24 horas, pulando para 18.610, de acordo com o Instituto Robert Koch. O número de mortes passou de oito para 55 na Alemanha.
No Iraque, as autoridades anunciaram a imposição do toque de recolher nas 18 províncias do país, após a morte de 20 pessoas pelo novo coronavírus e à medida que o número de infecções aumenta. Metade das províncias já impôs toque recolher em nível local, mas agora as viagens são proibidas em todo o país até 28 de março, de acordo com uma decisão da unidade de crise do ministério da Saúde.
Sob bloqueio israelense há mais de uma década, a Faixa de Gaza não havia registrado até agora nenhum caso de Covid-19, mas o ministério local da Saúde anunciou que dois palestinos, de 30 e 40 anos, que voltaram do Paquistão, estavam infectados. Foram isolados em um centro de quarentena localizado próximo à fronteira com o Egito, garantiu o ministério em comunicado.
No Brasil
As secretarias estaduais de Saúde divulgaram, até 7h40 deste domingo, 1.197 casos confirmados de novo coronavírus (Sars-Cov-2) no Brasil em 26 estados e no Distrito Federal. São 18 mortes no Brasil, três no Rio de Janeiro e 15 em São Paulo.
O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), anunciou numa rede social que um voo que traria 100 brasileiros do Suriname foi cancelado. A companhia aérea Surinam Airways informou os passageiros e alegou motivos urgentes por e-mail. Em nota, a empresa apenas pediu desculpas pelo transtorno.
Fonte: G1
Foto: Aly Song/Reuters
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