Presidente convidou Kim Jong-un a visitar os Estados Unidos.
Trocando sorrisos e apertos de mão, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, encontrou-se hoje (30) com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, na zona desmilitarizada que divide as duas Coreias. Acompanhado de Kim, Trump cruzou a linha divisória e se tornou o primeiro presidente americano em exercício a pisar em território norte-coreano.
O presidente americano afirmou que ele e Kim concordaram em retomar negociações sobre a desnuclearização da Península Coreana.
"É um grande dia para o mundo", afirmou Trump.
Depois de ter cumprimentado Kim na vila de Panmunjon, onde foi assinado o armistício entre as duas Coreias de 1953, Trump ultrapassou uma pequena barreira de concreto e deu 20 passos até a entrada de um prédio do lado norte-coreano.
"É bom vê-lo novamente. Eu não esperava encontrá-lo aqui", disse Kim a Trump por meio de um intérprete, segundo o jornal The New York Times.
Segundo o líder norte-coreano, o encontro significa que ambos os países querem "colocar um fim ao passado desagradável e tentar criar um novo futuro".
Relações de amizade entre os dois países
"Cruzar aquela linha foi uma grande honra. Muito progresso foi feito", respondeu o presidente dos Estados Unidos, afirmando haver uma "grande amizade" entre os dois países.
O presidente americano teria passado apenas cerca de um minuto em território norte-coreano antes de voltar para a zona desmilitarizada. Os dois líderes falaram com jornalistas antes de entrarem no prédio conhecido como Freedom House (Casa da Liberdade) para uma conversa privada, que durou mais de meia hora.
"A reunião foi muito boa, muito forte. Vamos ver o que pode acontecer", declarou Trump, afirmando que ambos os lados concordaram em montar equipes destinadas a impulsionar as conversas travadas com o objetivo de fazer com que a Coreia do Norte abra mão de armas nucleares.
Ao ser questionado por repórteres se convidaria Kim a visitar os EUA, Trump disse: "Eu o convidaria agora mesmo à Casa Branca."
Trump agradeceu a Kim por aceitar seu convite para encontrá-lo na zona desmilitarizada, afirmando que, se o líder não aparecesse, seria uma situação difícil diante da imprensa.
Antes do encontro, numa entrevista coletiva ao lado do presidente sul-coreano, Moon Jae-in, em Seul, Trump disse que a reunião com Kim seria "apenas um passo", atenuando expectativas de avanços significativos.
Acordo não tem pressa
Trump disse a Moon não estar com pressa para alcançar um acordo com a Coreia do Norte. O presidente americano já reiterou tal afirmação outras vezes, afirmando que sanções contra Pyongyang seguem em vigor e que não há testes nucleares sendo realizados ou grandes mísseis sendo disparados.
Especialistas questionam se a Coreia do Norte algum dia concordará em abrir mão completamente de suas armas nucleares, que o país vê como vitais para a sobrevivência do regime.
A reunião com Kim foi sugerida por Trump no dia anterior, num tuíte postado a partir da cúpula do G20 em Osaka, no Japão, afirmando que encontraria o líder norte-coreano "apenas para apertar sua mão e dizer olá". Kim afirmou ter ficado surpreso com o convite.
Diplomacia instável entre EUA e Coreia
O novo encontro é o mais recente marco na instável diplomacia entre ambos os países nos últimos dois anos, com Trump chamando Kim de "pequeno homem-foguete" e ameaças de destruição por parte da Coreia do Norte.
Este foi o terceiro encontro entre os presidentes dos dois países, depois da cúpula de Cingapura, em junho de 2018, e do encontro de Hanói, no Vietnã, em fevereiro passado, que terminou abruptamente após divergências entre os líderes.
Todos os presidentes dos EUA desde Ronald Reagan – com exceção de George H.W. Bush, que visitou a área como vice-presidente – visitaram a zona desmilitarizada estabelecida após o armísticio entre as Coreias de 1953.
As demonstrações de apoio à Coreia do Sul, um dos principais aliados militares dos EUA, foram aumentando ao longo dos anos.
(Agência Brasil)
Restituição do ICMS na conta de luz não é feita pela Enel; notícias falsas têm confundido consumidores
A companhia distribuidora de energia do Ceará (Enel) não é a responsável pela devolução do ICMS cobrado indevidamente nas contas de luz. Depois de postagens mostrando como o consumidor pode reaver os valores pagos nos últimos cinco anos, muitas notícias falsas começaram a circular em redes sociais sobre o assunto. Mas a verdade é que a empresa não tem responsabilidade sobre o fato. Os clientes devem acionar o Estado, que é quem cobra o imposto repassado pela fornecedora.
A Enel pode ser procurar por quem não tem os comprovantes dos últimos 60 pagamentos. Os clientes da empresa podem requerer uma nova via da empresa.
Com a grande busca de consumidores aos postos da Enel, achando que irão conseguir a devolução do dinheiro, os canais de atendimento estão ficando congestionados, prejudicando quem precisa resolver assuntos que competem à companhia. A empresa emitiu uma nota oficial.
A Enel informa que não está fazendo devolução de valores do ICMS da conta de energia, como vem sendo compartilhado em notícias falsas divulgadas em redes sociais. A empresa informa que o imposto é de competência do Governo do Estado e é cobrado na conta de acordo com as leis estaduais. A Enel é responsável apenas pela arrecadação do imposto e repasse integral para o poder estadual.
Desde o final do mês passado, a suposta devolução do ICMS inserido na conta de energia tem ganhado repercussão nas redes sociais e na imprensa. Esse tema vem gerando um grande congestionamento nos canais de atendimento da Enel no Ceará e causando transtorno para os clientes da companhia. Além disso, está sendo divulgado um prazo inverídico para restituição do imposto nas lojas de atendimento.
O ICMS é o imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e é de competência dos Estados. O tema de cobrança do imposto sobre a tarifa de uso dos sistemas elétricos de distribuição (TUSD) está sendo discutido no Superior Tribunal de Justiça (STJ), que suspendeu temporariamente a definição de todas as ações judiciais em âmbito nacional, até que seja apresentado um posicionamento definitivo sobre o assunto. Não há prazo previsto para conclusão desta decisão. Porém, caso o cliente queira consultar o extrato do ICMS da sua conta de energia, ele pode acessar através do site da companhia.
(Diário do Nordeste)
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