O presidente Jair Bolsonaro disse na sexta-feira (19),que, “daqueles governadores de ‘paraíba’, o pior é o do Maranhão; tem que ter nada com esse cara”. O uso de um termo pejorativo para se referir aos nordestinos provocou a reação de governadores da região, que manifestaram “espanto e profunda indignação”.
A fala do presidente foi durante uma conversa informal com o ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) assim que se sentou na mesa para dar início a um café da manhã com jornalistas da imprensa estrangeira no Palácio do Planalto, em Brasília.
A conversa foi registrada pela TV Brasil e viralizou nas redes sociais à tarde.
Em resposta, governadores do Nordeste divulgaram uma carta em que cobram explicações do presidente. Eles afirmaram ter recebido “com espanto e profunda indignação a declaração do presidente da República transmitindo orientações de retaliação a governos estaduais, durante encontro com a imprensa internacional”. O comunicado conclui: “Aguardamos esclarecimentos por parte da presidência da República e reiteramos nossa defesa da Federação e da democracia”.
Os governadores do Maranhão e da Paraíba também se manifestaram nas redes sociais. “Como conheço a Constituição e as leis do Brasil, irei continuar a dialogar respeitosamente com as autoridades do governo federal e a colaborar administrativamente no que for possível. Eu respeito os princípios da legalidade e impessoalidade (artigo 37 da Constituição)”, disse Flávio Dino (PC do B), do Maranhão.
João Azevêdo (PSB), da Paraíba, disse condenar “qualquer postura que venha ferir os princípios básicos da unidade federativa e as relações institucionais deles decorrentes. A Paraíba e seu povo, assim como o Maranhão e os demais estados brasileiros, existem e precisam da atenção do governo federal independentemente das diferenças políticas existentes. Estaremos, neste sentido, sempre dispostos a manter as bases das relações institucionais junto aos entes federativos, vigilantes à garantia de tudo aquilo a que tem direito”.
A assessoria de imprensa do Palácio do Planalto informou que não irá comentar.
Leia a íntegra da carta:
“Carta dos Governadores do Nordeste
Nós governadores do Nordeste, em respeito à Constituição e à democracia, sempre buscamos manter produtiva relação institucional com o Governo Federal. Independentemente de normais diferenças políticas, o princípio federativo exige que os governos mantenham diálogo e convergências, a fim de que metas administrativas sejam concretizadas visando sempre melhorar a vida da população.
Recebemos com espanto e profunda indignação a declaração do presidente da República transmitindo orientações de retaliação a governos estaduais, durante encontro com a imprensa internacional. Aguardamos esclarecimentos por parte da presidência da República e reiteramos nossa defesa da Federação e da democracia.”
Homem é assassinado e dois são baleados nesta madrugada no Centro de Quixadá
Um homem identificado como Charliano Ferreira da Silva foi assassinado a tiros na madrugadadeste sábado (20),no Centro de Quixadá. Um irmão dele e um adolescente de 17 anos também foram baleados. Eles foram socorridos ao Hospital Maternidade Jesus Maria José (HMJMJ).
De acordo com os levantamentos preliminares realizados pelos investigadores da Polícia Civil ocrime ocorreu por volta das 3h no Centro de Quixadá. O irmão de Charliano revelou apenas que retornavam da festa na Praça José de Barros para casa quando foram abordados por dois desconhecidos em uma motocicleta.
“É vocês mesmo. Pá pá pá“, revelou o irmão do homem assassinado aos investigadores, se referindo aos tiros efetuados pelos assassinos. Ele informou ainda não saber o motivo do crime e nem consegui identificar a dupla que fugiu em seguida. Ao ser atingido por um disparo no tórax caiu no chão.
Os policiais da Delegacia Regional de Quixadá não informaram mais detalhes. A Divisão de Homicídios, coordenada pelo delegado regional Marcos Vinicius Damasceno vai assumir as investigações. Outros cinco assassinatos praticados este mês na cidade estão sendo investigados. Os detalhes não são revelados para não prejudicar os trabalhos.
Com informações do Diário do Nordeste.
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