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quarta-feira, 17 de julho de 2019

Acusado de matar mãe e filha no Ceará cometeu crime porque queria filho homem, diz Justiça

Após novo recurso da defesa, a Justiça do Ceará manteve a prisão preventiva de Marcelo Barberena Moraes, de 40 anos, acusado de matar a mulher, Adriana Moura de Pessoa Carvalho Moraes, de 39 anos, e a filha Jade Pessoa de Carvalho, de oito meses, em uma casa de praia no município de Paracuru, no litoral oeste do Ceará, em 2015.

A Justiça afirma, ainda, que o agravante de motivo torpe para o crime contra a filha se demonstra por indícios de que o réu considerava o nascimento dela um empecilho para a vida do casal e também tinha expectativa de ter uma criança do sexo masculino.

A defesa de Barberena pontua que desde o início da apuração do caso houve vários equívocos na obtenção de provas. Reforça ainda que Marcelo não é o autor dos disparos. "A partir do momento que a atual decisão se baseia em fatos anteriores para agravar sua acusação, há uma ilegalidade que será resolvida pela via do recurso, pois a decisão do TJCE foi clara no sentido de que haveria necessidade de produção de novas provas, e elas somente foram produzidas pela defesa". Ainda colocou que não se comprova o fato de que Marcelo teria rejeitado a filha por ser do sexo feminino.

Os homicídios ocorreram após uma discussão do casal, na madrugada do dia 23 de agosto de 2015. Na ocasião, utilizando revólver calibre 38, ele efetuou um disparo contra a mulher e, em seguida, na filha que dormia. Barberena responde por duplo homicídio qualificado e posse irregular de arma de fogo. Os agravantes são motivos torpes e fúteis, recursos que impossibilitaram a defesa das vítimas, e feminicídio.

Em 20 de outubro de 2016, o juiz Wyrllenson Flávio Barbosa Soares, titular da Comarca de Paracuru pronunciou o réu, para que fosse levado a júri popular.

A nova decisão judicial, publicada na última sexta-feira (12), afirma que a tese sustentada pelo Ministério Público Estadual de que a vítima Jade Pessoa seria o possível entrave causado na vida conjugal do casal, assim como o desejo que o acusado nutria em ter um filho do sexo masculino, em tese, servia como motivo de rejeição por parte dele à filha, demonstrando o motivo torpe.

De acordo com o documento, uma das testemunhas do caso afirmou, em depoimento, que o acusado chamava a criança de "Artur" enquanto a mulher estava grávida, e teria perdido "todo o encanto" quando recebeu a notícia de que teria uma filha do sexo feminino.

Ainda conforme a Justiça, o próprio acusado, em novo interrogatório perante o juízo, confirmou que existia expectativa quanto ao sexo da criança, mas negou a rejeição por conta de ser do sexo feminino.

Aplicativo que envelhece ameaça a privacidade: "Não usem"

O aplicativo FaceApp se tornou a grande sensação do momento, levando milhões de pessoas por todo o mundo a usarem a tecnologia de reconhecimento facial para mostrarem aos seus amigos como seriam se fossem mais velhos ou mais novos.

Porém, também têm surgido vários avisos e suspeitas de roubo de dados privados através da FaceApp, notícias que foram recebidas com alguma apreensão dado que o aplicativo lidera as tabelas do Google Play e da App Store. Estas preocupações não são de agora e já duram desde 2017, quando o FaceApp também fez sucesso com outro filtro de imagem.

Segundo a ABC Austrália, o app foi criada por developers russos entre os quais Yaroslav Goncharov, que em 2017 contou que o app fazia uso de “redes neurais para modificar qualquer fotografia ao mesmo tempo que a mantinha fotorrealista”. Apesar de ser bem-sucedida naquilo que se propõe a fazer, o FaceApp se tornou o alvo de especialistas em privacidade que apontaram que o aplicativo “pedia mais direitos daquilo que precisava para oferecer o serviço”.

“A resposta curta: não usem”, afirmou o presidente da Fundação de Privacidade da Austrália, David Vaile. “É impossível dizer o que acontece quando carrega [uma fotografia] e isso é um problema. Eles dizem que permite o envio para qualquer lugar e para quem queira, desde que haja uma ligação podem fazer muita coisa”.

O FaceApp alcançou novamente o status de viral do momento mas, dado que voltou a levantar questões sobre privacidade, é natural que volte a ser visto com desconfiança.

Com informações do Noticias ao Minuto.

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