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quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Uso de remédios como Omeprazol elevam risco de câncer no estômago


Usado no Brasil e em todo o mundo para o refluxo ácido, gastrite e úlceras estomacais, o Omeprazol está associado a uma doença ainda mais séria. Conforme uma pesquisa da Universidade de Hong Kong e da University College London, as drogas do grupo de inibidores de bomba de próton (IBP) - como o Omeprazol, Pantoprazol e o Iansoprazol podem aumentar em até 2,4 vezes as chances de ser desenvolvido o câncer no estômago. A informação é do Uol.

Segundo os pesquisadores, depois de a bactéria chamada Helicobacter pylori ter sido removida dos medicamentos, o risco de câncer estomacal aumentou na mesma dosagem e duração do tratamento com medicamentos anti-refluxo.

No Reino Unido, são mais de 50 milhões de prescrições desse tipo de remédio todos os anos. A descoberta já havia sido identificada pelos acadêmicos, mas nunca em um estudo onde se eliminou uma bactéria então suspeita pelo desenvolvimento da doença.

O estudo, que recrutou 63 mil adultos, foi comparado o uso do IBP a um outro medicamento, conhecido como H2, que também limita a produção de ácido estomacal. Os participantes foram tratados entre 2003 e 2012. Após isso, foram acompanhados por cientistas até desenvolverem câncer de estômago, morrerem ou chegarem ao final do estudo, em 2015.

Durante esse tempo, 3.271 pessoas receberam IBP por quase três anos, enquanto 21.729 participantes tomaram bloqueadores de H2. Um total de 153 pessoas desenvolveram a doença.

Ao passo que os bloqueadores de H2 não aumentaram o risco de câncer no estômago, os IBPs mais do que dobraram essas chances. Para quem fez uso diário, o risco foi 4,55 vezes maior do que para aqueles que precisaram do remédio semanalmente. Quando ministrado por mais de um ano, o risco de câncer de estômago aumentou cinco vezes, enquanto as chances foram oito vezes maiores após três anos ou mais.

O estudo aconselha aos médicos que tenham "cautela quando prescrevem IBP para uso de longo prazo, mesmo após a erradicação bem-sucedida de H plyori.

Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, o professor de farmacoepidemiologia da London School of Hygiene and Tropical Medicine, Stephen Evans, afirmou que "muitos estudos observacionais encontraram efeitos adversos associados aos IBPs".

Para Evans, a explicação mais plausível para a totalidade da evidência sobre isso é que aqueles que recebem IBPs e, sobretudo a longo prazo, têm tendência a estar mais doentes de várias maneiras do que os outros que não tomaram o remédio.

Dieese diz que salário de outubro deveria ser de R$ 3.754,16


De acordo com estimativa divulgada nesta quarta-feira, 1º de novembro, pelo Dieese, (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), o valor do salário mínimo ideal para sustentar uma família composta por quatro pessoas deveria ter sido de R$ 3.754,16, neste mês de outubro. O valor é 4,01 vezes o salário mínimo em vigor atualmente, que é de R$ 937.

O Dieese divulga todo mês uma estimativa de quanto deveria ser o salário mínimo para atender as necessidades básicas do trabalhador e de sua família, como estabelecido na Constituição: moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e Previdência Social.

Esse valor é calculado com base na cesta básica mais cara entre as 27 capitais brasileiras. Em setembro, o maior valor foi registrado em Porto Alegre (R$ 446,87).

A diferença entre o salário mínimo real e o necessário aumentou de setembro para outubro. No mês anterior, o ideal era que ele fosse de R$ 3.668,55, (3,92 vezes o valor do salário mínimo).

A projeção para o salário mínimo para o ano que vem caiu de R$ 969 para R$ 965, por causa da inflação menor esperada.

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