A abertura de novos negócios no Interior do Estado, considerando a indústria, comércio e serviços, sofreu uma redução de 23,9% de junho a julho. Além disso, os números de negócios formais instalados nas regiões com Produto Interno Bruno (PIB) inferior à Região Metropolitana foi, no mês passado, 21,1% menor do que em junho. Os dados são da Junta Comercial do Ceará (Jucec), vinculada à Secretaria da Fazenda do Estado. A informação é do Diário do Nordeste.
A crise econômica tem apresentado percentuais preocupantes em relação à extinção de empresas no comparativo de 2015 e 2016. No setor da indústria, a queda foi de 40,41%; 31,67% no comércio e 38,36% no segmento de serviços, ainda de acordo com dados que são acompanhados a cada mês pela Junta Comercial.
Além de comprometimento com a arrecadação, os números dos empregos formais somam um déficit com aqueles gerados na administração pública, com demissões de terceirizados, contratados, fim de cargos comissionados e, para piorar, houve contingência nos programas sociais e mais a crise gerada pela seca.
Com esse quadro, a presidente do Conselho Regional de Contabilidade (CRC-CE), Clara Germana, reconhece que os municípios possuem uma situação mais delicada, uma vez que as atividades produtivas são ainda mais restritas. Nos dois últimos meses, a indústria foi quem menos cresceu neste ano. Aliás, parou de crescer.
Empobrecimento
Para o economista André Carvalho, da Civitas Consultoria e Assessoria, o fato é que se está abrindo menos emprego neste ano do que em relação ao ano passado. De janeiro a julho, abriram 12.527 empresas a menos em relação ao mesmo período de 2016. "Por conta disso, houve também menos fechamento de empresas, ou seja, 3.396 empresas a menos em relação ao ano anterior. "O que nós notamos é que, quando se compara os números de 2015 e 2016, pode-se perceber que havia uma motivação e até uma expectativa de reversão do quadro econômico do País. Já neste ano, essa expectativa, traduzida pelo número menor de criação de empresas, resultou em números fracos, especialmente pela diminuição do lastro econômico que as empresas passaram a se ressentir. André explica que isso leva a um quadro de empobrecimento, uma vez que menos emprego ocasiona menos renda.
Perdas
De acordo com dados do Ipece, o Ceará vinha num crescente de geração de empregos celetistas anualmente. Em 2011, foram gerados 58.968 empregos celetistas. Em 2012, 42.463. Em 2013, 51.461. Em 2014, foram 48.021. A partir de 2015, não há mais criação e sim perdas. Naquele ano, a diminuição dos empregos celetistas foi de 34.336. Já em 2016, 37.147. Em 2017, a perda de emprego já foi de 14.486 num período de seis meses (de janeiro a junho).
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o salário médio do cearense no ano de 2016, no valor de R$ 1.285,00. Isso significa um déficit de renda aproximadamente R$ 1,45 bilhão pelo acúmulo de emprego celetista nestes dois anos e meio passados.
Inadequação
Desse valor total, o IBGE estima em aproximadamente R$ 800 milhões como perdas para o Interior e R$ 650 milhões na Capital. De janeiro de 2015 a junho de 2017, foram extintos 85.959 postos de trabalho, sendo que pelo fato de Fortaleza deter 45% do Produto Interno Bruto (PIB), a extinção de empregos celetistas formais abranja mais de 50% nos demais municípios cearenses. "Além da continuada perda do emprego formal, temos a preocupação do quadro fiscal dos municípios cearenses, no que diz respeito às despesas de pessoal e a necessidade de adequação das folhas de pagamentos", salienta André.
Considerando que o limite de gastos com pessoal do executivo municipal, estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) é de 54% da receita corrente líquida, a conclusão da Associação dos Prefeitos e Municípios do Ceará (Aprece) é de que, para a readequação das cidades do Interior cearense, seria necessária uma redução de R$ 167 milhões com pagamento de pessoal por ano. Somando todos aqueles municípios que estão defasados com os indicadores de abril de 2017, 73 municípios - acima de 54%_-foram relacionados no último quadrimestre.
Para o economista André Carvalho, da Civitas Consultoria e Assessoria, o fato é que se está abrindo menos emprego neste ano do que em relação ao ano passado. De janeiro a julho, abriram 12.527 empresas a menos em relação ao mesmo período de 2016. "Por conta disso, houve também menos fechamento de empresas, ou seja, 3.396 empresas a menos em relação ao ano anterior. "O que nós notamos é que, quando se compara os números de 2015 e 2016, pode-se perceber que havia uma motivação e até uma expectativa de reversão do quadro econômico do País. Já neste ano, essa expectativa, traduzida pelo número menor de criação de empresas, resultou em números fracos, especialmente pela diminuição do lastro econômico que as empresas passaram a se ressentir. André explica que isso leva a um quadro de empobrecimento, uma vez que menos emprego ocasiona menos renda.
Perdas
De acordo com dados do Ipece, o Ceará vinha num crescente de geração de empregos celetistas anualmente. Em 2011, foram gerados 58.968 empregos celetistas. Em 2012, 42.463. Em 2013, 51.461. Em 2014, foram 48.021. A partir de 2015, não há mais criação e sim perdas. Naquele ano, a diminuição dos empregos celetistas foi de 34.336. Já em 2016, 37.147. Em 2017, a perda de emprego já foi de 14.486 num período de seis meses (de janeiro a junho).
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o salário médio do cearense no ano de 2016, no valor de R$ 1.285,00. Isso significa um déficit de renda aproximadamente R$ 1,45 bilhão pelo acúmulo de emprego celetista nestes dois anos e meio passados.
Inadequação
Desse valor total, o IBGE estima em aproximadamente R$ 800 milhões como perdas para o Interior e R$ 650 milhões na Capital. De janeiro de 2015 a junho de 2017, foram extintos 85.959 postos de trabalho, sendo que pelo fato de Fortaleza deter 45% do Produto Interno Bruto (PIB), a extinção de empregos celetistas formais abranja mais de 50% nos demais municípios cearenses. "Além da continuada perda do emprego formal, temos a preocupação do quadro fiscal dos municípios cearenses, no que diz respeito às despesas de pessoal e a necessidade de adequação das folhas de pagamentos", salienta André.
Considerando que o limite de gastos com pessoal do executivo municipal, estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) é de 54% da receita corrente líquida, a conclusão da Associação dos Prefeitos e Municípios do Ceará (Aprece) é de que, para a readequação das cidades do Interior cearense, seria necessária uma redução de R$ 167 milhões com pagamento de pessoal por ano. Somando todos aqueles municípios que estão defasados com os indicadores de abril de 2017, 73 municípios - acima de 54%_-foram relacionados no último quadrimestre.
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