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segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Banco Central começa a receber propostas para segunda fase do Drex

 

Nova etapa do projeto testará negócios com contratos inteligentes
Agência Brasil   https://www.miseria.com.br/
Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

A partir desta segunda-feira (14) até 29 de novembro, as empresas interessadas em participar da segunda fase de testes do Drex, versão digital do real, poderão enviar propostas ao Banco Central (BC). Os testes se concentrarão no desenvolvimento de negócios vinculados a smart contracts (contratos inteligentes).

“Poderão participar do projeto-piloto instituições atuantes no mercado financeiro que necessariamente tenham a capacidade de testar o modelo de negócios proposto, incluindo transações de emissão, de resgate ou de transferência de ativos, bem como de executar a simulação dos fluxos financeiros decorrentes de eventos de negociação, quando aplicável ao caso em teste”, informou o Banco Central em nota.

Gerados pela tecnologia blockchain, utilizada nas criptomoedas, os contratos inteligentes são programas que executam automaticamente os termos e as condições de um contrato, assim que ele for ativado. As ações, como transferências de dinheiro, pagamentos, registros, multas por atrasos, ocorrem automaticamente, diminuindo etapas burocráticas, como escrituras e assinaturas em cartório, o que reduz custos e melhora a eficiência.

Entre as operações com contratos inteligentes, estão a compra e venda de veículos, de imóveis e negociações de ativos do agronegócio. No caso da venda de um veículo com contrato inteligente, por exemplo, não haveria a discussão se caberia ao comprador depositar antes de pegar o bem ou se o vendedor teria de transferir os documentos antes de receber o dinheiro. Todo o processo passará a ser feito instantaneamente, por meio de um contrato automatizado, reduzindo o custo com burocracias, intermediários e acelerando as operações.

Regulamentação

Segundo o BC, as propostas para a segunda fase do Drex devem ter no máximo cinco páginas. Elas devem ser enviadas para o e-mail piloto.drex@bcb.gov.br . Os projetos escolhidos para os testes devem, então, formalizar um termo de participação e designar um representante técnico para a coordenação.

De acordo com o Banco Central, as propostas devem detalhar o modelo de negócio, especificando impactos positivos esperados, necessidade de soluções de privacidade, metodologia de testes e possíveis impedimentos legais. Não haverá limite de propostas selecionadas. O número final dependerá da quantidade de inscrições e da capacidade técnica e operacional do BC para acompanhar os testes.

Testes

Em março de 2023 começaram os testes com a plataforma que permitirá o registro de ativos financeiros da versão digital do real. A plataforma escolhida foi a Hyperledger Besu, que opera com código aberto (open source), o que reduz custos com licenças e royalties de tecnologia.

Rede compatível com a tecnologia Ethereum (um tipo de criptomoeda), a Hyperledger Besu permite testes em ambientes controlados e garante a privacidade de transações. Com base nessa plataforma, o BC espera o desenvolvimento de aplicações online por empresas, com desenvolvimento descentralizado, como nas iniciadoras de pagamento, ferramenta que permite pagamentos fora dos aplicativos dos bancos.

Em junho do ano passado, o BC escolheu 16 consórcios para participar do projeto piloto. Eles construíram os sistemas a serem acoplados ao Hyperledger Besu e desenvolveram os produtos financeiros e as soluções tecnológicas. Em agosto de 2023, o BC anunciou que a versão digital do real teria o nome de Drex.

Os testes da primeira fase começaram em setembro de 2023, por meio de operações simuladas que testaram a segurança, a privacidade e a agilidade entre o real digital e os depósitos tokenizados das instituições financeiras. A testagem ocorreu em etapas e avaliou depósitos de contas de reservas bancárias; depósitos de contas de liquidação; depósitos da conta única do Tesouro Nacional; depósitos bancários à vista e operações com títulos do Tesouro Nacional.

Atraso

Originalmente, o Drex estava previsto para entrar em circulação no fim deste ano ou no início de 2025, mas o desenvolvimento da moeda digital atrasou. Uma série de paralisações dos servidores do Banco Central no primeiro semestre parou o desenvolvimento de projetos dentro da autarquia. Além disso, a primeira fase de testes detectou problemas para preservar a privacidade dos usuários.

A segunda fase de testes começou em julho, com os 16 consórcios autorizados na primeira etapa. Agora, o BC ampliará o teste para novos participantes. Os testes com os contratos inteligentes vão até o fim do primeiro semestre de 2025.

Datena manifesta apoio a Boulos no segundo turno da Prefeitura de São Paulo


O apresentador José Luiz Datena, do PSDB, anunciou seu apoio ao deputado federal Guilherme Boulos, do PSOL, na disputa do segundo turno pela Prefeitura de São Paulo, que ocorrerá entre Boulos e Ricardo Nunes, do MDB. Datena disse que sua escolha é uma posição contra o crime organizado na cidade.

“Contra a infiltração do crime organizado em São Paulo, contra a infiltração do crime organizado no poder público, eu apoio o Boulos. Eu voto no Boulos para parar com essa criminalidade que torna a cidade de São Paulo, o Estado de São Paulo e o País reféns do narcotráfico. Nós não queremos isso. Por isso, eu apoio o Boulos para o segundo turno de São Paulo. Vote com ele, vote contra o crime”, declarou Datena em um vídeo divulgado pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.

No primeiro turno, Datena recebeu 112.344 votos, correspondendo a 1,84% do total, e terminou na quinta posição, atrás de candidatos como Tabata Amaral (PSB), Pablo Marçal (PRTB), além de Boulos e Nunes.

Além de Datena, a deputada Tabata Amaral também manifestou apoio a Boulos. Ao justificar sua decisão, Amaral criticou a gestão de Nunes, considerando-o “o pior prefeito que São Paulo já teve” e descrevendo sua administração como “medíocre”.

Enquanto isso, Pablo Marçal optou por uma posição neutra em relação ao segundo turno, afirmando que não apoiará Nunes e condicionando qualquer mudança de postura a pedidos de desculpas públicos de figuras políticas influentes, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, o governador Tarcísio de Freitas, Eduardo Bolsonaro, o pastor Silas Malafaia e, por fim, do próprio prefeito Ricardo Nunes.

(Gazeta Brasil)

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