Foto TV Verdes Mares/Reprodução |
Uma tragédia marcou a última sexta-feira (19), quando uma mulher de 43 anos foi baleada e morta, vítima de bala perdida, enquanto estava com o filho mais novo no colo. A fatalidade ocorreu quando a família retornava para casa, em Itaitinga, após uma visita aos pais da vítima em Fortaleza.
De acordo com o relato emocionado de Adriano, marido da vítima, ele estava dirigindo o carro quando dois rapazes em uma moto se aproximaram e dispararam tiros. O veículo foi atingido e, em seguida, Adriano percebeu que sua esposa havia sido baleada na cabeça.
O filho de apenas dois anos estava no colo da mãe no momento do incidente. No carro, também estava a filha, deitada no banco traseiro, que se levantou após ouvir o disparo e avisou que o veículo havia sido atingido.
"Minha esposa que vinha do lado disse assim, filho, isso foi tiro, filho. Aí eu: 'Vixe filho, a gente tá no meio do tiroteio'. Aí, depois eu escutei outro tiro, quando eu escutei outro tiro, a minha filha, que estava deitada no banco traseiro, se levantou e disse: 'Pai, nosso carro foi atingido com um tiro, um tiro pegou no nosso carro'. Aí eu me virei e disse assim, eu disse assim: 'Filha, tem alguém, tem alguém ferido. Aí quando eu olhei pro lado, a bala pegou aqui na minha esposa", afirmou o marido da vítima, aos prantos.
O marido, desesperado, tentou buscar socorro de uma viatura que passou pelo local, identificada por ele com as iniciais "GCM" (Guarda Civil Metropolitana). No entanto, segundo seu relato, a viatura seguiu sem prestar assistência. Adriano parou em um estabelecimento, onde um dos funcionários o ajudou a ligar para uma ambulância, mas a esposa não resistiu aos ferimentos e veio a óbito.
A vítima, mãe de três filhos, incluindo um jovem de 23 anos, uma filha de 20 anos e o pequeno de dois, deixa uma família em luto.
O caso é investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que já está ouvindo depoimentos e analisando as primeiras informações colhidas pela Perícia Forense.
Com informações do G1 Ceará
Salário de homens em cargos de chefia é até três vezes maior que o das mulheres no Ceará
Foto Marcello Casal Jr/ Agência Brasil |
No Ceará, homens em cargos de liderança recebem salários até 230% maiores do que suas colegas mulheres. É o caso de profissionais de extração de petróleo: predominantemente masculino, o setor paga até R$ 23 mil para os chefes, mas as líderes têm remuneração de apenas R$ 6,9 mil.
Os números constam na plataforma de inteligência da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), com base em dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), de 2022, último ano disponível.
A pesquisa contemplou ocupantes de cargos de alta gestão, incluindo diretores, gerentes e dirigentes públicos. Os dados comprovam que, embora haja progressos, as mulheres ainda enfrentam obstáculos para ascender e se consolidar em posições de liderança.
Diante dessa realidade, a adoção da agenda ESG pelas empresas se torna urgente para transformar o mercado de trabalho marcado pela desigualdade de gênero, complementando as políticas públicas.
O caso recente envolvendo o empresário Tallis Gomes, fundador do aplicativo Easy Taxi e CEO da G4 Educação, que vilipendiou da capacidade das mulheres de exercerem cargos de chefia, exemplifica bem o anacronismo detectado pelos dados e o papel do setor privado nesse processo.
A igualdade salarial entre homens e mulheres é garantida por lei desde a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), sancionada em 1943. No entanto, na prática, a realidade é outra, principalmente porque não havia fiscalização. Em 2023, foi criada a legislação nº 14.611/2023 para aplicar sanções mais duras a quem descumprir a regra.
Com informações do Diário do Nordeste.
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