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domingo, 24 de agosto de 2025

Motorista que ficou paraplégico em academia no interior do Ceará voltou a dirigir e fazer exercícios

 


Foto Arquivo pessoal 
Dirigir e fazer exercícios eram duas atividades cotidianas quase obrigatórias para o motorista Regilânio da Silva Inácio até agosto de 2023. A rotina mudou após ele sofrer uma lesão grave na coluna e ficar paraplégico. Regi, como é popularmente chamado, foi atingido por um aparelho em uma academia de musculação em Juazeiro do Norte, no Cariri do Ceará. Dois anos depois, ele já conseguiu voltar às atividades, porém, ainda com as limitações necessárias. 

Regi trabalhava como motorista de aplicativo, profissão que teve de abandonar. Porém, ele conseguiu adaptar o próprio veículo e dirige, ainda que sem movimentar as pernas. À época do acidente, os médicos chegaram a afirmar que ele tinha menos de 1% de chance de voltar a andar. Ele foi atingido nas costas por um aparelho com 150 kg de carga (veja no vídeo abaixo).

Os movimentos como antigamente ainda não voltaram, mas ele não perde a fé e segue dando um passo de cada vez no tratamento. Ele, inclusive, consegue ficar em pé e se movimentar com a ajuda de um andador e órteses colocadas nas pernas — além da força no próprio quadril.

“Pego o andador e fico me locomovendo dentro de casa, porque eu tenho uma boa força no quadril. Se for no caso de eu ficar em pé, sem a órtese, eu não consigo. Mas, se eu coloco, que deixa minhas pernas mais rígidas, aí eu consigo”, explicou Regi.

Após o acidente, Regi precisou passar por outro tratamento de uma questão de saúde, que o afastou temporariamente da fisioterapia e da musculação (que ele retornou após quatro meses paraplégico). No entanto, ele, hoje, consegue dirigir o próprio carro até a faculdade onde é acompanhado por fisioterapeutas e para a academia — que ele chama de “segunda casa”.

“Eu tive de fazer um tratamento de escaras, aí eu parei as atividades físicas, as coisas mais pesadas, como academia, fisioterapia mais pesada, mais intensa, eu tive que abandonar. Mas tem uns dez dias, mais ou menos, que eu voltei novamente pra academia, onde é a minha segunda casa”, explicou. Porém, ele nunca voltou à academia onde aconteceu o acidente.

“Aí hoje eu vou pra academia só, vou pra fisioterapia. Consigo fazer um ‘bocado’ de coisa sozinho, só com Deus”, disse Regi.

Ele também comentou que voltou a ter sensibilidade nas pernas, especialmente na esquerda. “Eu sinto mais ela do que a direita. Por exemplo, quando tem local que eu puxo o pelo, eu sinto a dor, eu coloco um copo de café perto, eu sinto o calor do café, água fria, eu sinto. Na perna direita, a sensibilidade é um pouco lenta”, reforçou.

Com informações do G1 Ceará.

Idosos são 41% da população que mora sozinha no Ceará

Foto Fabiane de Paula
Em 12 anos, a população idosa que vive sozinha no Ceará mais que duplicou em números absolutos e passou a representar, em 2024, 41% dos lares unipessoais. De 84 mil, eles chegaram a 213 mil no ano passado. 

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) de 2024, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nessa última sexta-feira (22).

Na outra ponta temporal, em 2012, eles eram 38,5%. Ou seja, a baixa amplitude da variação, mesmo combinada à duplicação do número de idosos nessa situação, indica que o volume total de moradores únicos no Estado cresceu em ritmo similar ao longo dos anos de maneira geral.

Fazendo um enquadramento mais recente, contudo, é possível observar o envelhecimento dessa dinâmica domiciliar mais de perto. Por exemplo, comparando apenas com 2023, a pesquisa mostrou que os idosos representaram o maior acréscimo – mais 6,5 p.p. – de domicílios unipessoais.

Por outro lado, em termos gerais, nesse período específico, houve uma leve regressão de 529 mil a 520 mil. O grupo de adultos entre 30 e 59 anos puxou essa oscilação. O levantamento também traz informações de indivíduos entre 15 e 29 anos, que não apresentou mudanças significativas no biênio em questão.

Em síntese, a população idosa morando só cresceu nos dois últimos, enquanto o grupo imediatamente mais jovem diminuiu no Ceará.

Para Álvaro Madeira Neto, médico gestor em saúde, esse fenômeno tem múltiplas causas. “A viuvez, sem dúvida, é um dos principais fatores. Como as mulheres vivem, em média, mais que os homens, muitas acabam então enfrentando a velhice sozinhas. Mas também tem um componente positivo, pode-se dizer assim, ligado à busca por autonomia”, observou.

Com informações do Diário do Nordeste.

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