© Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados e Lula Marques/Agência Brasil
Os documentos, mensagens de texto e áudios trocados entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP) mostram um clima de tensão na família diante da crise que se instalou entre o Brasil e os Estados Unidos após o tarifaço de 50% imposto pelo presidente norte-americano, Donald Trump. 

O material faz parte do inquérito da Polícia Federal, divulgado nesta quarta-feira (20), que indiciou o ex-presidente e Eduardo Bolsonaro pelos crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.
Em uma conversa de 17 de julho, Eduardo critica o pai por uma entrevista dada por ele em que Bolsonaro chamou o filho de “imaturo”.
“Graças aos elogios que você fez a mim no Poder 360 estou pensando em dar mais uma porrada nele (Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo) para ver se você aprende, VTNC [Vai Tomar no Cu] SEU INGRATO DO CARALHO” , afirma Eduardo.
O pedido de indiciamento se deu após a PF concluir as investigações sobre a atuação de Eduardo junto ao governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para promover medidas de retaliação contra o governo brasileiro e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Em março, Eduardo pediu licença do mandato parlamentar e foi morar nos Estados Unidos, sob a alegação de perseguição política.
O governo dos Estados Unidos anunciou nos últimos meses uma série de ações contra o Brasil e autoridades brasileiras, como o tarifaço de 50% sobre importações de produtos do país, uma investigação comercial contra o Pix e sanções financeiras contra o Ministro Alexandre de Moraes na Lei Magnitsky.
Trump e integrantes de seu governo afirmam que Bolsonaro é alvo de uma “caça às bruxas” e que Moraes age contra a liberdade de expressão e empresas americanas que administram redes sociais.
Na conversa, Eduardo ainda reclama que vai ter que passar “o resto da vida nessa porra aqui [EUA]”.
No dia seguinte, em outra mensagem, Eduardo pede desculpas ao pai porque estaria com raiva. E faz uma referência ao ex-presidente, Michel Temer, sobre como gostaria de ser tratado.
“Quero que você olhe para mim e enxergue o Temer. Você falaria isso do Temer?”, questiona.
Por Agência Brasil
Homem que matou dois em Juazeiro num intervalo de meia hora foi julgado de novo

Pouco mais de um ano após ser condenado por homicídio, “Oscar” voltou ao banco dos réus em Juazeiro. Esse é o apelido de Sulamar Pereira da Silva, de 40 anos, residente no bairro Pirajá. Dessa vez, o Conselho de Sentença o condenou a 9 anos e seis meses de prisão pelo assassinato de João Paulo Araújo Silva, de 23 anos, no dia 20 de novembro de 2022. A vítima morava no bairro Triângulo, foi morta a golpes de faca na Praça da Rodoviária e o acusado preso em flagrante no bairro Tiradentes.
Ele disse à polícia que João Paulo tinha furtado seus pertences. Meia hora após esse homicídio, “Oscar” foi até um bar na esquina da Rua Odílio Figueiredo com a Avenida Nossa Senhora Aparecida (João Cabral) e matou com a mesma faca o estivador Cícero Bernardino da Silva, de 32 anos, o “Cicinho Quebra Osso”. Ele argumentou que tinha levado surra da vítima com uma “pimba de boi” e, por este homicídio, já tinha sido condenado a 24 anos de prisão em fevereiro do ano passado.
No ano de 2008, “Oscar” já tinha matado José Hailton Fernandes Tavares. Antes, em 2005, ameaçou de morte a sua própria mãe e, em 2006, lesionou a ex-companheira em casos de violência doméstica. Ele, também, já tinha sido vítima de uma tentativa de homicídio ao ser baleado no dia 18 de setembro de 2009 nas imediações do Mercado do Pirajá.
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