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terça-feira, 12 de outubro de 2021

Elba Ramalho e Suzana Gullo lembram câncer de mama e dão dicas no Outubro Rosa

 


 Definitivamente, a mulher que a influenciadora Suzana Gullo, 45, era antes de ter um câncer de mama é diferente da de hoje em dia, cinco anos após sua total cura.


Suzana diz que a doença mudou por completo a sua personalidade. "Eu era uma pessoa muito mais egoísta antes, focada só em mim. E hoje vejo beleza em todos os aspectos da vida e nos momentos com a família, vivo o agora", revela ela que é mãe de três filhos e se considera uma sobrevivente.


Outubro é o mês da conscientização do câncer de mama, popularmente conhecido como Outubro Rosa, quando orientações sobre a importância do diagnóstico precoce são exaltadas. Porém, trata-se de algo importante a levar em consideração em qualquer época do ano.

Suzana descobriu o câncer de mama em março de 2016 com a ajuda de seu marido, o apresentador Marcos Mion, 42. Em janeiro daquele ano, foi ele quem percebeu um caroço ao apalpar seu seio. Daquele dia em diante, a influenciadora iniciou uma série de idas a médicos e exames até a detecção de um tumor maligno.


"Fiz ressonância e pulsão. Como tive diagnóstico precoce eu fiz cirurgia antes do tratamento. Tirei o tumor e esperei resultado para saber se faria ou não quimioterapia. Foi o período mais difícil da minha vida. Nenhuma mulher deseja passar por químio, temos medo do cabelo cair, da finitude da vida", recorda.
Ela lembra que esse período trouxe a ela muita preocupação. "Só pensava nos meus filhos. Antes dos 40 anos, com câncer, será que vou conseguir enfrentar? Meus filhos não poderiam ficar sem a mãe. Tive muito apoio do Marcos, dos meus pais. Durante tratamento não passei muito bem, fiquei muito tempo em casa. O que me salvou foi minha fé", revela.


Católica, Suzana começou a frequentar missas quase que diariamente. Ela preferiu passar por esse momento de forma mais introspectiva. Foi uma fase de muitas reflexões. "Queria contar às mulheres a minha experiência, mas depois que acabasse tudo. Não me sentia forte o suficiente para falar sobre a doença enquanto lutava contra ela", lembra.


Foi depois da última sessão de químio que ela se sentiu preparada para enfrentar os olhares alheios. "Hoje em dia faço esse serviço às mulheres de sempre falar da importância do diagnóstico precoce. Por isso fui curada. Missão então é passar ao maior número possível de mulheres essa informação", afirma.


Fato semelhante aconteceu com a cantora Elba Ramalho, 70. Em 2010, Elba passou por uma cirurgia para a retirada de um nódulo maligno na mama. Mesmo após se curar, ela revela que até hoje tem dificuldade em pronunciar o nome da doença por conta de toda a bagagem negativa pela qual passou.


"É curioso falar daquele momento, pois já se passaram mais de dez anos e parece que foi mais recente. Acho que passei pela fase da negação, da aceitação e, finalmente, da superação", relembra.


"Minha vida sempre foi muito agitada, muitos compromissos. É no palco que eu canto, que eu troco boas vibrações e proporciono alegria para as pessoas. De uma hora para outra, eu tive que abdicar disso. É meio que um paradoxo: para me curar, eu tinha de abrir mão do que mais me dava alegria."


Hoje em dia ela repete que o mais importante é ter um diagnóstico rápido e conta que cresceu muito com toda essa história. "Minha mensagem às mulheres é de fé, de otimismo e de superação. Quando participo de debates ou encontros sobre Outubro Rosa, tenho a consciência de que a minha crença, minha fé e determinação me ajudaram muito", avalia.


Ela reforça que o autoexame é primordial para saber o quanto antes se há algo errado com a pessoa. "Temos que quebrar o tabu de que câncer é uma sentença de morte, não é nada disso. É uma doença que deve ser tratada e, quanto mais cedo iniciar o tratamento, melhor o resultado. Temos força para superar adversidades."


Essa não foi a primeira nem a última adversidade pela qual Elba passou. "Tenho alimentação saudável, faço meditação, tenho boa capacidade física, mas isso não foi suficiente para evitar um câncer de mama", conta.


"Ter fé, independentemente da crença, é fundamental. Eu tive Covid, chikungunya, H1N1 e outras mazelas. Não escolhi ter doenças, mas tive de aceitar com resignação e fé na cura", afirma.


Suzana Gullo também diz ter evoluído com tudo o que passou e manda um recado a quem esteja passando por algo semelhante. "O câncer de mama tem cura. Meninas, se cuidem, mantenham uma rotina médica, façam autoexame pelo menos uma vez ao mês. Se já estiver na época de mamografia anual não deixem de fazer", reforça.


"A Suzana de hoje comparada com a de antes do câncer é uma mulher mais forte que acredita que a força está dentro dela e não se deixa abalar por nenhum obstáculo da vida", finaliza.

Saiba quais os 11 crimes que a CPI da Covid deve atribuir a Bolsonaro


O relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou que em seu relatório final da comissão, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ao qual chama de "mercador da morte", já tem como comprovada sua participação em diversos crimes durante a pandemia. O parlamentar garante que não há dúvidas de que o mandatário será responsabilizado.

"Nós já temos a especificação de 11 crimes e vários agravantes", afirmou em entrevista à Folha. A previsão é de leitura do relatório no dia 19 de outubro e a votação do documento no dia seguinte.

Confira todos os 11 crimes:

– Atraso de vacinas e mortes: o Governo Federal atrasou a compra da vacina contra a Covid e, diferente de outros países, impediu que milhares de brasileiros fossem imunizados com antecedência. Além disso, o presidente da República optou por ficar na narrativa de defesa ao tratamento precoce com medicamento comprovadamente ineficaz, em vez de proteger a população.

– Infração de medida sanitária preventiva: Bolsonaro negou-se a usar máscara de proteção individual quando se encontrou com apoiadores e subordinados, desrespeitando leis estaduais e do Distrito Federal.

– Charlatanismo: considerado como conduta criminosa que atenta contra a saúde pública. Envolve os comportamentos que insuflam a cura a uma enfermidade por meio secreto ou infalível. “O charlatão alardeia a cura, sem se valer de respaldo científico”, constará do relatório. Bolsonaro foi um defensor incondicional do tratamento precoce e, sobretudo, do uso da hidroxicloroquina.

– Incitação ao crime: ao estimular a população a se aglomerar, a não usar máscara e a não se vacinar, Bolsonaro incitou as pessoas a infringirem determinação do poder público destinada a impedir a propagação do vírus.

– Falsificação de documento particular: Bolsonaro falsificou um documento particular; no caso, uma análise pessoal feita pelo auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) Alexandre Figueiredo Marques, intitulada “Da possível supernotificação de óbitos causados por Covid-19 no Brasil”.

– Emprego irregular de verbas públicas: refere-se à compra de cloroquina em diversas ocasiões. Como o uso da droga para a Covid-19 não tinha o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a ordem para produzi-la se mostrou ilegal.

– Prevaricação: Bolsonaro se omitiu em apurar denúncias de irregularidades na compra da vacina Covaxin.

– Genocídio de indígenas: a forma como o Governo Federal conduziu a política de proteção aos indígenas no Brasil, antes e durante a pandemia de Covid-19. Colaborou para destruir total ou parcialmente esses grupos, bem como a causar intenso sofrimento e desaparecimento de importantes referências culturais.

– Crime contra a humanidade: previsto no Tratado de Roma do Tribunal Penal Internacional, o crime se caracterizaria pelo fato de o presidente incorrer em ato desumano que afetou gravemente a integridade física ou a saúde da população no que diz respeito às mortes, superlotação de UTIs e falta de oxigênio em Manaus.

– Crime de violação de direito social: em Manaus, em janeiro de 2021, faltou oxigênio em hospitais e postos de atendimento. A comitiva do governo federal, representada pela secretária de Gestão no Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, tinha ciência da alta probabilidade de colapso do sistema de saúde amazonense, inclusive tendo conhecimento da carência de insumos necessários ao funcionamento das atividades hospitalares. A receita do presidente foi a cloroquina.

– Incompatibilidade com dignidade, honra e decoro do cargo e crimes de responsabilidade: a minimização constante da gravidade da Covid-19, a criação de mecanismos ineficazes de controle e tratamento da doença, a falta de coordenação política e de campanhas educativas, além de omissão e atraso na aquisição de vacinas demonstram que Bolsonaro atentou contra a saúde pública e a probidade administrativa.

Fonte: O Povo

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