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sábado, 9 de outubro de 2021

Bolsonaro diz que Brasil deve enfrentar 'problemas de abastecimento'

 


 O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quinta, que o Brasil deve enfrentar "problemas de abastecimento" no ano que vem.

De acordo com o mandatário, o cenário de possível falta de produtos em 2022 está relacionado com a crise energética na China.

"Eu vou avisar um ano antes, fertilizantes: por questão de crise energética, a China começa a produzir menos fertilizantes. Já aumentou de preço, vai aumentar mais e vai faltar. A cada cinco pratos de comida no mundo, um sai do Brasil. Vamos ter problemas de abastecimento ano que vem", declarou Bolsonaro, durante cerimônia no Palácio do Planalto.

Ainda segundo Bolsonaro, diante do cenário a SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos) está concluindo a elaboração de um plano emergencial de fertilizantes.

A crise energética chinesa vem obrigando o país asiático a promover apagões programados por falta de capacidade de geração.

O quadro na segunda maior economia do mundo deve ter impactos sobre o Brasil, sendo que os primeiros efeitos já estão sendo sentidos. O agronegócio enfrenta maior dificuldade para comprar defensivos e fertilizantes e o setor de mineração vê as cotações internacionais em queda. O setor de energia, por sua vez, é afetado pelos preços recordes do gás natural.

Interlocutores no governo que acompanham o tema dizem que a previsão é que a crise energética chinesa tenha impactos sobre a produção agrícola brasileira. No entanto, eles afirmaram, sob condição de anonimato, que no momento não trabalham com um cenário de desabastecimento.

Estão sendo estudadas -dizem interlocutores- para diminuir os efeitos da possível falta de fertilizantes e defensivos agrícolas.

No mesmo discurso, Bolsonaro afirmou que conversou novamente com o presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, sobre o preço dos combustíveis.

Ele também tratou da inflação como um problema que tem afetado outros países, citando o aumento dos preços dos combustíveis e do gás.

"Pedi agora uma pessoa nossa que trabalha nos Estados Unidos, no Itamaraty, ir nos mercados -bem como alguns embaixadores da Europa também- mostrar o que está acontecendo. Lá [no exterior], não é apenas inflação, está havendo desabastecimento", disse.

Diretor-geral da PF afasta delegado que investiga fake news e filho de Bolsonaro


O diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Maiurino, trocou nesta sexta-feira, 8, o chefe da superintendência no Distrito Federal. O nome a sair é o de Hugo de Barros Correia, policial indicado por outros delegados. Segundo informações da Folha de S.Paulo, ambos nunca tiveram proximidade.

Atualmente, está no comando de algumas apurações delicadas e importantes para o Planalto, como os inquéritos sob relatoria de Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal: o de fake news, um sobre organização criminosa dos atos antidemocráticos e outro da live com ataques às urnas eletrônicas feita pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

A superintendência também investiga o filho do presidente Jair Renan, no âmbito de uma operação que apura desvios de recursos no Ministério da Saúde. Segundo a Folha, o incômodo do diretor-geral com o DF começou nos primeiros dez dias após ter nomeado Correia, quando o então ministro Ricardo Salles foi alvo de busca e apreensão.

A operação foi criticada pela cúpula, sob argumentos de supostas falhas na apuração e ausência de necessidade de divulgação das medidas judiciais cumpridas, o que é rotina na PF.

A direção da PF já vetou uma das nomeações escolhida por Correia, entre elas a do delegado Franco Perazzoni, responsável pela investigação de Salles. Ele iria assumir um cargo de chefia na superintendência, mas o processo foi encerrado.

Desde que assumiu a função de diretor-geral, Maiurino tem selecionado e retirado nomes que não são do seu agrado. A mais recente mudança é a primeira envolvendo uma nomeação que ele mesmo fez.

Fonte: O Povo

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