Dados da Rede de Observatórios da Segurança são superiores aos da Secretaria da Segurança Pública do estado
Um relatório elaborado pela Rede de Observatórios da Segurança aponta que houve o registro de 47 feminicídios no Ceará durante o ano de 2020. A média é de quatro crimes a cada mês e supera os números apontados pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). O órgão oficial contabilizou 27 deles no ano passado.
A pasta disse que compila seus dados com base nos parâmetros da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Segundo a secretaria, em casos de mulheres mortas cuja causa não foi esclarecida, mas apresenta indícios de feminicídio, a classificação é alterada no Sistema de Informação Policial (SIP), da Polícia Civil. De acordo com a Secretaria, nos 27 casos tabulados, houve indiciamento de suspeitos. Em 14 deles, a prisão ocorreu em flagrante.
O relatório "A dor e a luta: números do feminicídio" foi elaborado por pesquisadores da Rede em cinco estados brasileiros: Ceará, Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo. O estudo foi realizado a partir do monitoramento de 18 mil eventos relacionados à segurança pública com base em mídias dos estados em que os pesquisadores atuam.
Ao todo, a Rede de Observatórios monitorou 1.823 eventos relacionados à violência contra a mulher nos cinco estados, uma média de cinco por dia. Desse total de eventos, 252 foram registrados no Ceará; número puxado para cima em razão dos 91 homicídios e 47 feminicídios analisados.
Bolsonaro volta a minimizar a pandemia: 'chega de frescura. Vão ficar chorando até quando?'
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, nesta quinta-feira (04), ser necessário parar de "frescura" e "mimimi" com a pandemia de Covid-19. Ao questionar até quando as pessoas irão ficar "chorando", o chefe do executivo disse que era preciso "enfrentar nossos problemas". Ele participava da inauguração de um trecho da ferrovia Norte-Sul, em São Simão (GO).
"Chega de frescura, de mimimi. Vão ficar chorando até quando. Temos que enfrentar os problemas. Respeitar, obviamente, os mais idosos, aqueles que têm doenças, comorbidades. Mas onde vai parar o Brasil se só pararmos".
Na ocasião, Bolsonaro elogiou produtores rurais pelo seguimento do trabalho durante a pandemia — que, nas palavras dele, "não se acovardaram"— e questionou: "onde vai parar o Brasil se nós pararmos". A pergunta faz referência a medidas mais restritivas tomadas por governadores e prefeitos, que buscam reduzir a circulação de pessoas para diminuir o avanço da enfermidade.
Bolsonaro também citou um trecho da Bíblia durante o evento. “Ela diz: ‘Não temas’. Eu sou católico, acredito em Deus. Respeitamos as religiões, mas se ficarmos em casa o tempo todo e dissermos que a economia vamos ver depois… Uma parte já estamos vendo agora, o que foi essa política. Qual o futuro do Brasil”, finalizou.
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