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quarta-feira, 27 de setembro de 2023

Bolsonaro vira réu por incitação ao crime de estupro e diz; “a perseguição não para”


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) virou réu na Justiça do Distrito Federal por incitação ao crime de estupro. A ação se refere ao episódio de 2014 em que Bolsonaro, à época deputado federal, declarou que não estupraria a deputada Maria do Rosário (PT-RS) porque ela “não merecia” e era “muito feia”.

O caso corria no STF (Supremo Tribunal Federal) porque Bolsonaro tinha foro privilegiado. Por uma decisão de 2019, o ex-presidente já havia sido obrigado a pedir desculpas a Rosário. “Em razão de determinação judicial, venho pedir publicamente desculpas pelas minhas falas passadas dirigidas à Deputada Federal Maria do Rosário Nunes. Naquele episódio, no calor do momento, em embate ideológico entre parlamentares, especificamente no que se refere à política de direitos humanos, relembrei fato ocorrido em 2003, em que, após ser injustamente ofendido pela congressista em questão, que me insultava, chamando-me de estuprador, retruquei afirmando que ela”não merecia ser estuprada”, escreveu Bolsonaro à época.

Com o fim do foro privilegiado, os processos que Bolsonaro respondia foram levados à primeira instância.

No dia 1º de setembro, o juiz Omar Dantas Lima, da 3ª Vara Criminal de Brasília, recebeu a denúncia, transformando o ex-presidente em réu. “Os autos vieram conclusos para regularizar o registro do movimento de recebimento da denúncia”, disse o juiz na decisão.

Nas redes sociais, Bolsonaro reagiu à notícia de que se tornou réu na Justiça do DF. “A perseguição não para”, escreveu. “Defendemos desde sempre punição mais severa para quem cometa esse tipo de crime e justamente quem defende o criminoso agora vira a “vítima”. Fui insultado, me defendo e mais uma vez a ordem dos fatos é modificada para confirmar mais uma perseguição política conhecida por todos!”, completou.

(Folha do Estado)

Heleno nega tentativa de golpe e alfineta: "bandido não sobe rampa"


A oitiva do ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro é marcada por ‘reinvestidas’ do general.

Questionado pela relatora do colegiado, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), sobre uma declaração dada no final do ano passado, quando o ex-GSI disse “não” a bolsonaristas que o perguntaram se “bandido sobe a rampa”, em referência ao presidente Lula (PT). Heleno não hesitou e afirmou:

“Eu continuo achando que bandido não sobe a rampa“, declarou. Após a afirmação do general, parlamentares da oposição aplaudiram na CPMI a fala de Heleno.

Ao ser questionado outra vez pela relatora, dessa vez sobre a opinião do general se houve fraude nas eleições de 2022, Heleno se irritou.

“[…] Ela fala as coisas que acha que está na minha cabeça. Porra, é para ficar puto, né, puta que o pariu”, bravejou.

O ex-GSI reclamou da linha de perguntas de parlamentares da base governista e disse que é preciso cuidado ao se fazer acusações.

Ainda durante depoimento, Heleno afirmou que nunca discutiu assuntos eleitorais com seus subordinados no GSI. Ele esclareceu que deixou o cargo de ministro em 31 de dezembro e, portanto, não poderia fornecer informações sobre os eventos de 8 de janeiro.

O ex-GSI também declarou que nunca esteve no acampamento no Quartel General do Exército em Brasília, pois não considerava isso relevante. Heleno descreveu o acampamento como uma “manifestação política e pacífica”.

O general negou qualquer conhecimento sobre a chamada “minuta do golpe” e descreveu o plano para plantar uma bomba no acesso ao aeroporto de Brasília como um incidente “isolado”.

Heleno reiterou que não teve participação nesse incidente e que, após 31 de dezembro de 2022, deixou de ser ministro de Estado e parou de se comunicar com os servidores do GSI e da presidência da República.

Questionado se o ex-ajudande de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, participava de reuniões do então presidente de maneira ativa, o general caracterizou como uma “fantasia”. Segundo Cid, ele teria testemunhado reuniões em que o então presidente e líderes das Forças Armadas teriam discutido a possibilidade de um golpe de Estado no País.

Quero esclarecer que o tenente-coronel Mauro Cid não participava de reuniões. Ele era ajudante de ordens do presidente da República. Não existe essa figura do ajudante de ordens sentar em uma reunião dos comandantes de Força e participar da reunião. Isso é fantasia. A mesma coisa é essa delação premiado aí ou não premiada”, declarou.

Ainda na oitiva do general, houve confusão durante perguntas da deputada federal Duda Salabert (PDT-MG) e a sessão foi suspensa após o presidente do colegiado, deputado federal Arthur Maia (União-BA), determinar a saída do deputado federal Abílio Brunini (PL-MT), que se recusou a deixar a sala.

(Diário do Poder)  via  https://www.sobral24horas.com/

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