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quarta-feira, 1 de setembro de 2021

Bolsonaro: Culpa pelo valor da gasolina também é do “9 dedos”

           

O presidente Jair Bolsonaro disse que a culpa do preço da gasolina estar alto é do “9 dedos”. Bolsonaro deu declarações referentes ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta terça-feira (31), durante a inauguração do Complexo de Captação e Tratamento de Água de Uberlândia, em Minas Gerais.

– Hoje conversei com o novo presidente da Petrobras, general Silva e Luna, que fez um trabalho excepcional em Itaipu Binacional. Ele falou que a dívida está praticamente paga, mas custou caro pra vocês. O preço hoje tá alto também em função disso, também em função de que um dos últimos presidentes, o 9 dedos, entregou uma refinaria nossa ao governo boliviano. Mais do que entregou: foi combinado antes – falou o chefe do Executivo.

Silva e Luna está à frente da estatal há quase cinco meses.

– Quando se fala no preço da gasolina, que está alto na ponta da bomba, sempre tenho explicado onde entra cada imposto federal e estadual, entre outros. Vale lembrar que somente três refinarias não [foram] construídas, duas no Nordeste e uma no Sudeste, bem como [que] outras sucatas [foram] compradas, onde não destilaram um só barril de petróleo (uma no Japão e a outra nos Estados Unidos) deixaram pra vocês, povo brasileiro, uma dívida de R$ 230 bilhões – afirmou Bolsonaro.

Ele ressaltou outra vez que o problema é o valor do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que é um tributo estadual, regulado por governadores.

– Eu repito: o problema é o ICMS. Vi dois governadores agora que dizem que estou mentindo, porque o ICMS é 32%, e não mudou nada. Não mudou, mas a Constituição manda botar um valor fixo. Eu tenho um valor fixo para os impostos federais, que não foram reajustados desde janeiro de 2019.

Bolsonaro criticou governadores e defendeu a fixação do valor do ICMS.

– Tem dois governadores, que não vou falar o nome deles, que estão mentindo, falando que eu estou mentindo. Eles [é] que estão mentindo. Um aqui do Centro-Oeste. Mas ele não fala que os 32% é em cima do valor total da bomba e [que] tinha que ser em cima do preço da refinaria. (Pleno News)

Campanha terá gás de cozinha a R$ 60 no dia 2 de setembro

O Observatório Social da Petrobras (OSP) e a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) vão vender o botijão de gás de cozinha a R$ 60, na próxima quinta-feira (2), em bairros periféricos das cidades paulistas de São José dos Campos, Santos e São Sebastião e das capitais de Belém (PA) e do Rio de Janeiro (RJ).

O movimento faz parte da campanha Petrobras para os brasileiros. A ação foi batizada de Dia Nacional do Gás a Preço Justo e terá cadastramento prévio nas regiões para a retirada do voucher, que dará direito ao botijão de gás a R$ 60.

Ao todo, serão vendidas 1.050 unidades com o preço mais baixo.

– O gás de cozinha poderia custar mais barato, o equivalente à metade do valor praticado hoje em várias regiões do país – afirma a FNP em nota.

Em alguns municípios do Mato Grosso, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o botijão já é vendido a R$ 130.

O custo de R$ 60 é considerado um preço justo ao consumidor final, de acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps).

– Esse número é fruto da análise da estrutura de custos da Petrobras, eliminando o PPI (paridade com a importação), modelo que as gestões da estatal utilizam desde 2016 para definir os valores dos combustíveis em suas refinarias – explicou a FNP.

De acordo com a entidade sindical, apesar de cerca de 80% dos derivados do petróleo serem produzidos no Brasil, o PPI segue o mercado internacional, e, com isso, o consumidor brasileiro paga valor de importação em um produto nacional.

O presidente Jair Bolsonaro anunciou a retirada dos impostos federais do custo do botijão de gás, para baratear o produto, e acusou os estados de não fazerem o mesmo em relação ao ICMS, que pesa 14,9% no preço, segundo dados da Petrobras. O governo quer fixar o valor do imposto para que não oscile de acordo com a alta do petróleo.

*AE

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