A delegada e diretora adjunta do Departamento de Proteção aos Grupos Vulneráveis da Polícia Civil do Ceará, Ana Paula Barroso, foi barrada na entrada de uma loja de roupas no Shopping Iguatemi, em Fortaleza, e denuncia racismo por parte do segurança do local. As informações são do UOL.
Na última terça feira (14), Ana Paula foi proibida de entrar na loja de roupas Zara. No domingo (19), a Polícia Civil esteve no local para recuperar as imagens de vídeo do circuito interno de segurança.
Representantes do estabelecimento disseram que a ação foi tomada porque a delegada estava sem máscara e descumpria os protocolos contra a Covid-19.
De acordo com Ana Paula, o segurança a impediu de entrar na loja e alegou apenas “questões de segurança”, sem maiores esclarecimentos, apesar dela questionar as razões a ele. Segundo a delegada Anna Nery, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Fortaleza, após a formalização da denúncia, foram feitas três tentativas de solicitação de imagens das câmeras de segurança junto a loja, mas elas foram negadas pelo estabelecimento.
O shopping cedeu imagens das áreas comuns do local, mas a Zara só liberou suas próprias imagens após mandado de busca concedido pela Justiça.
Ao UOL, a assessoria de comunicação da Zara afirmou que a delegada foi abordada por estar consumindo um sorvete na loja e não estar usando máscara. Após a abordagem, ela se sentiu ofendida e saiu do local.
O Shopping Iguatemi disse, em nota, que colaborou com as investigações cedendo de pronto as imagens das áreas comuns do centro de compras, e disse não compactuar “com quaisquer formas de discriminação ou demonstrações de preconceito racial”, além de reforçar que “cumpre todas as determinações dos decretos estaduais em relação a medidas sanitárias referentes à Covid-19”.
Datafolha mostra que 67% da população reduziu consumo de carne e 47%, o de pão
Pesquisa Datafolha realizada de 13 a 15 de setembro mostra que 85% dos brasileiros reduziram o consumo de algum item alimentício desde o início do ano, com destaque para carne de boi, refrigerantes e sucos e laticínios. No sentido contrário, cresceu o consumo de ovo como proteína substituta.
De acordo com o levantamento, 67% cortaram o consumo de carne vermelha; 51% o de refrigerantes e sucos e 46% o de leite, queijo e iogurte. Pão francês, pão de forma e outros pães aparecem com 41% de redução.
Outros itens básicos, como arroz, feijão e macarrão, estão sendo menos consumidos por 34%, 36% e 38% da população, respectivamente.
O consumo de frango, porco e outros tipos de carne e do grupo frutas, legumes e verduras também teve queda relevante. Nesses casos, no entanto, também se destaca o percentual de entrevistados que disse ter aumentado a compra desses itens (ver tabela neste texto). Isso pode indicar uma substituição de itens da cesta básica.
Esse fenômeno é percebido melhor na questão dos ovos: 50% das pessoas aumentaram o consumo do produto e 20% reduziram.
O índice de inflação ao consumidor em 12 meses está próximo de 10%, mas a alta da alimentação em domicílio chega a 17%, com destaque para produtos como arroz (33%), carnes (31%), ovos (14%) e leites e derivados (12%).
De acordo com a pesquisa Datafolha, não há grande diferença entre o percentual de pessoas com redução no consumo de itens alimentícios na abertura por idade ou escolaridade, todos com percentual em torno da média de 85%.
Por faixa de renda, os percentuais são altos mesmo nas famílias com renda acima de dez salários mínimos: 67% relatam ter cortado algum desses produtos. Na faixa até dois salários, são 88%.
Por ocupação, destacam-se abaixo da média os empresários (67%).
O percentual fica em 75% no Sul e 89% no Nordeste. Há diferenças também entre homens (82%) e mulheres (87%); pretos (91%) e brancos (82%); pessoas que avaliam o governo positivamente (73%) e negativamente (89%).
A perda de renda causada pelo aumento do desemprego na pandemia também pressiona o poder de compra dos mais pobres.
Há 19 milhões de brasileiros em situação de fome no Brasil, segundo dados de 2020 da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan). A comparação com 2018 (10,3 milhões) revela que são 9 milhões de pessoas a mais nessa condição.
Fonte: Folha de São Paulo
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