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sábado, 25 de setembro de 2021

Município do interior do estado registra chuva de granizo

 


Foto: Divulgação

No fim da tarde da última quinta-feira (23/09) o município de Milagres (a 490 km de Fortaleza), na região do Cariri, registrou chuva de granizo, um evento inédito no estado. Devido a forte ventania, algumas casas foram atingidas e árvores foram derrubadas. Uma das árvores atingiu um carro, mas ninguém ficou ferido.

De acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), chuvas em Milagres e Região Cariri estavam previstas. A constatação veio através de imagens de radar que identificaram precipitação nas macrorregiões do Cariri e no extremo-sul do Sertão Central e Inhamuns.

Sobre o granizo, imagens de satélite da noite de quinta-feira (23/09) indicaram a formação de nuvens bem desenvolvidas verticalmente e topos bem frios, com cerca de -60°C, sobre a região. O granizo costuma formar-se no interior de nuvens como as que foram observadas no sul do Ceará.

A Funceme reforça que a formação do granizo não está obrigatoriamente ligada à presença de chuvas intensas. Em regiões mais altas, a distância entre as nuvens e a superfície do solo é menor, o que torna possível a percepção do fenômeno natural.

Como consequências da chuva de granizo pode-se citar o enfraquecimento da estrutura das árvores, danos em telhados e carros, o risco às redes de energia e alteração no fluxo do trânsito. Além de prejudicar as plantações, o que impacta diretamente os municípios que pautam sua economia na agricultura.

A orientação é para que as pessoas não fiquem debaixo de árvores, torres de transmissão ou qualquer estrutura que possa cair durante as chuvas de granizo e procurar abrigo até que a chuva passe.

Peixes criados em cativeiro não provocam doença da "urina preta"; Ceará soma nove casos da doença

A Associação da Piscicultura Brasileira (Peixe BR) esclareceu, em nota, que peixes criados em cativeiros não provocam a Síndrome de Haff, conhecida como a doença da “urina preta”. No Ceará, nove casos suspeitos foram registrados e vêm sendo monitorados pela Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). Amazonas, Bahia e Pará também possuem casos notificados da doença.

Entre as espécies criadas em cativeiro, a Peixe BR cita a tilápia e o tambaqui, ressaltando que, pelo fato de os animais serem criados profissionalmente em cativeiros, eles possuem segurança, e por isso não provocam a doença. A Síndrome de Haff é causada pela ingestão de uma toxina encontrada em algumas espécies de peixe e crustáceos contaminados, como o tambaqui, o badejo, a arabaiana, a lagosta e o camarão.

De acordo com o pesquisador Roger Crescêncio, da Embrapa Amazônia Ocidental, não há nenhum registro de caso da doença que tenha como origem os peixes de cultivo. O cientista destaca que a contaminação ocorre em de origem desconhecida e que não foram criados em ambiente controlado. Em nota, a Peixe BR recomenda aos consumidores dar preferência a peixes de origem conhecida e que tenham sido criados em ambientes controlados.

Casos notificados no Ceará

Na última sexta-feira, 10, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) informou que subiu de dois para nove os casos suspeitos registrados da doença da “urina preta” no Estado. No início do mês de agosto, a Sesa investigava dois casos suspeitos após notificação feita depois de pacientes serem internados em decorrência do consumo do peixe da espécie arabaiana.

A pasta informou, em nota, que as amostras dos peixes contaminados foram enviadas para a pesquisa de toxina e que aguarda confirmação laboratorial. Em 2021, até 21 de agosto, dos nove casos notificados, quatro foram homens e cinco mulheres, com a idade média de 51 anos.

Em ligação ao O POVO nesta terça, 14, a Sesa informou que está elaborando uma Nota Técnica sobre a doença da “urina preta” com previsão para divulgação do documento até a próxima segunda-feira, 20 de setembro. A Secretaria ressaltou que os exames laboratoriais sobre os casos suspeitos da doença ainda não foram divulgados.

Com informações do O Povo.

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