O presidente Jair Bolsonaro voltou a dizer, em evento realizado no Palácio do Planalto nesta segunda-feira (27), que as Forças Armadas não irão cumprir “ordens absurdas”, sejam elas do governo ou de qualquer outro Poder. Bolsonaro ainda ressaltou que os militares devem ser respeitados.
– As Forças Armadas estão aqui. Elas estão sob meu comando, sim. Se eu der ordem absurda, elas vão cumprir? Não; nem a mim, nem a governo nenhum. E as Forças Armadas têm que ser tratadas com respeito – afirmou.
O presidente ainda rebateu as críticas de que teria loteado o governo com militares. Segundo Bolsonaro, integrantes das Forças Armadas fazem parte de seu convívio e de seu círculo de confiança.
– Alguns criticam que eu botei militar demais; mais até, proporcionalmente, do que os governos de Castello Branco a Figueiredo. Sim, é verdade. É meu ciclo de amizade, assim como [os] de outros presidentes foram outras pessoas. Eram do ciclo de amizade deles. Comparem hoje todos os nossos ministros, incluindo os civis, com os que nos antecederam. É simples: queremos a volta disso? – questionou.
Bolsonaro ainda complementou sua justificativa afirmando que as pastas, antes dominadas por civis indicados por políticos, sempre foram usadas para fins de corrupção. (Pleno News)
TSE pode considerar Bolsonaro e Mourão inelegíveis. Entenda!
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve julgar em outubro a ação que pede a cassação da chapa do presidente Jair Bolsonaro e de seu vice, Hamilton Mourão. Se forem condenados, o atual presidente e seu vice não poderão participar de nenhuma eleição durante os próximos oito anos.
A potencial cassação se baseia na acusação de que Bolsonaro e Mourão tenham impulsionado ilegalmente mensagens em massa pelo WhatsApp. De acordo com o site Valor Econômico, novas provas contendo um “material forte” foram entregues pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o mesmo responsável pela condução do inquérito das fake news.
O material entregue pelo ministro indicaria a existência de um núcleo político comandando um esquema distribuição em massa de notícias falsas. Segundo o site, os ministros do TSE avaliam que há condições técnicas para cassar a chapa. Dentre as acusações da ação contra o presidente e o vice, destacam-se “abuso de poder econômico” e “uso indevido das redes sociais”.
A única forma de Bolsonaro e Mourão poderem participar de eleições, caso sejam cassados, seria na condição de “sub judice”, que seria basicamente uma candidatura permitida, enquanto os recursos judiciais dos candidatos ainda estiverem em tramitação. Neste caso, os votos de qualquer membro da chapa só seriam contados em caso de reversão da cassação.
Atualmente, quatro Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aieje) envolvendo a chapa Bolsonaro-Mourão estão tramitando no TSE.
(Pleno News)
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