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quinta-feira, 22 de abril de 2021

Com Sputnik V, Ceará poderia vacinar 43,5% da população


Se todas as 5,87 milhões de doses da vacina da Sputnik V adquiridas pelo governo do Ceará vierem para o Estado, será possível vacinar 43,5% da população. Somada às doses já recebidas da CoronaVac e da vacina de Oxford/AstraZeneca, a vacinação no Ceará chegaria a quase 4 milhões dos 9,1 milhões de habitantes do Estado. Porém, existe a possibilidade de elas serem incluídas no Plano Nacional de Imunização (PNI).

Se for o caso, as doses do imunizante russo adquiridas pelo Ceará e por outros estados serão distribuídas de forma proporcional entre as unidades federativas. O tema foi tratado ontem, 20, em reunião de governadores com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, mas ainda não foi definido. No encontro, do qual Camilo Santana (PT) participou, os gestores estaduais pediram mais celeridade no envio de vacina.

O Ceará atingiria o total de 7.980.250 doses de vacinas com a chegada dessas doses da Sputnik V. Como os três imunizantes precisam da aplicação de duas doses, seria o suficiente para que, ao todo, 3.990.125 pessoas acima de 18 anos fossem contempladas. A população cearense — de todas as idades — era de 9.166.913 habitantes em 2019, segundo o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), na Pesquisa Regional por Amostras de Domicílio (Prad).

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) solicitou ontem, em manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), suspensão do prazo de 30 dias para decidir sobre a importação excepcional e temporária da Sputnik V. O intervalo começou a contar em 29 de março, por conta de pedido administrativo feito pelo governo do Maranhão, e contempla o Ceará, conforme determinou o ministro Ricardo Lewandowski.

Na segunda-feira, o Instituto Gamaleya e o Fundo de Investimentos Diretos da Rússia (RDIF) anunciaram que a Sputnik V tem eficácia de 97,6% no "mundo real". A conclusão foi de cientistas russos, a partir de avaliação de 3,8 milhões de pessoas que receberam as duas doses. A nova taxa de eficácia é mais alta que a de 91,6% destacada em resultados de um estudo publicado na revista médica The Lancet no início do ano.

"Esses dados confirmam que a Sputnik V tem uma das melhores taxas de proteção contra o coronavírus entre todas as vacinas disponíveis", afirmou Kirill Dmitriev, diretor do RDIF, que está apoiando o desenvolvimento do imunizante. Em nota, foi informado que a incidência de infecções foi calculada a partir do 35º dia após a primeira aplicação, mostrando taxa de incidência de 0,027%.

O comunicado também aponta que a incidência de infecção entre adultos não vacinados, durante um período considerável após o lançamento do programa de vacinação em massa na Rússia, foi de 1,1%. Não foi especificado o intervalo de datas utilizado. Os resultados do estudo devem ser publicados em uma revista médica no próximo mês.

Aprovado em mais de 60 países, o imunizante vai passar a ser produzido na Argentina. O laboratório Richmond já produziu um primeiro lote de 21 mil doses, que foram levadas para controle de qualidade do Instituto Gamaleya, e a produção em larga escala começará em junho.

Fonte: O Povo Online

Prefeito de São Paulo, Bruno Covas, piora e tem acúmulo de água no pulmão e abdômen, dizem médicos

 

O quadro de saúde do prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), piorou nos últimos dias e os médicos descobriram um acúmulo de líquido no abdômen e no pulmão. Ele está internado desde semana passada para tratamento de câncer. Não há previsão de alta e o prefeito segue despachando do quarto do hospital.

Segundo um dos médicos de Covas, David Uip, o líquido foi detectado em exames realizados na segunda-feira (19), o que fez com que os médicos já iniciassem um processo de drenagem.

"A inflamação causada pelo tumor, que se localiza no fígado, causou um acúmulo de líquido no abdômen e no pulmão. Até a retirada desses drenos, o prefeito deve continuar internado. Não tem data previsível, depende da diminuição de fluxo", disse Uip.

O médico Angelo Fernandez, que também acompanha o prefeito, explicou que os drenos visam equilibrar a quantidade de líquido nas regiões. "O dreno é como se fosse um ralo. Todos temos líquido nessa região, o problema do prefeito é o excesso desse líquido. Você tem uma torneira que está produzindo líquido. O dreno está aí para ficar como um ralo, equilibrando o excesso."

Covas segue em tratamento de quimioterapia e imunoterapia. Ele também começou a se alimentar via catéter de madrugada, depois de os médicos entenderem que o prefeito necessitava de uma complementação nutricional por causa do tratamento.

"O peso não está muito diferente de janeiro e fevereiro. Mas, diante da possibilidade de enfrentar esse tratamento, é ideal que a pessoa tenha o melhor suplemento nutricional possível", disse o médico Artur Kats. "Não é possível almoçar duas vezes, jantar duas vezes, então, o catéter complementa a alimentação convencional dele."

Bruno Covas, dizem os médicos, está adaptado ao tratamento. "A alta depende da diminuição do fluxo de água nos drenos", concluiu Uip.

O prefeito está sendo acompanhado por equipes médicas coordenadas por David Uip, Artur Katz, Tulio Eduardo Flesch Pfiffer e Roberto Kalil Filho.

Tratamento de quimioterapia e imunoterapia

Covas está internado desde semana passada fazendo tratamento de quimioterapia e imunoterapia contra novos sinais de câncer que apareceram no fígado e nos ossos.

Ele foi diagnosticado em outubro de 2019 com um câncer na cárdia, região que liga o esôfago ao estômago. Os médicos, então, descobriram uma metástase no fígado e uma lesão nos linfonodos.

Foram quatro meses de quimioterapia, que conseguiram frear a disseminação da doença, mas não foi o suficiente para saná-la. Antes dessa recente piora, o prefeito estava fazendo tratamento de imunoterapia, tratamento que estimula a geração de anticorpos para combater os tumores.

Fonte: Uol Notícias

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