Além de cumprir sua agenda oficial, em Manaus (AM), nesta sexta-feira (23), o presidente Jair Bolsonaro participou do programa do apresentador Sikêra Jr., da TV A Crítica.
Durante a entrevista, Bolsonaro falou sobre questões como Amazônia e Covid-19. Ele falou sobre pressões sofridas pelo governo federal e foi questionado sobre como retomar a economia após a pandemia do novo coronavírus.
– Nós investimos pesado para segurar empregos. Nós terminados dezembro de 2020 com mais empregados do que dezembro de 2019. Foram criados 600 mil novos empregos, mas temos uma massa que perdeu o ganha pão (em torno de 40 milhões de pessoas); para esse pessoal, voltar ao mercado tem que parar de fechar tudo. Desde março do ano passado, eu falei que se fechar tudo vai ser o caos. O auxílio emergencial acaba daqui a três meses. Se continuar fechando tudo, vamos ter problemas pela frente.
O presidente respondeu ainda a uma pergunta sobre a situação de outros países, que já estão abandonando a obrigatoriedade das máscaras em locais públicos.
– A máscara incomoda todo mundo. Nós estamos com 40 milhões de doses distribuídas. Vamos chegar, rapidamente, ao que se chama de imunidade de rebanho. Aí, você volta à normalidade. Mas isso não justifica o lockdown.
Questionado sobre reformas a serem votadas neste ano, Bolsonaro disse que a mais importante delas é a tributária.
– A mais importante é a tributária. Tenho conversado com o [ministro da Ecomonia] Paulo Guedes, e [essa reforma] não é fácil de ser feita. Tem que ser uma reforma que passe pelo Parlamento.
Sikêra quis saber se ele não pensa em uma ação mais enérgica contra as medidas restritivas.
– O pessoal fala no artigo 142 e ele é pela manutenção da lei e da ordem, não é para a gente intervir. Para o que eu me preparo: [para um possível] caos no Brasil. Essa política de quarentena, lockdown e toque de recolher é um absurdo! Se tivermos problemas, nós temos um plano de entrar em campo. [Com] nossas forças armadas, se precisar, iremos às ruas não para manter o povo dentro de casa. (…) Eu não posso extrapolar. Estou com meus 23 ministros conversados sobre o que fazer caso o caos seja implantado no Brasil pela fome. O caldo só não entornou no ano passado em função do auxílio emergencial. É fácil falar em manter os R$ 600 [do auxílio]. (…) O Brasil não pode quebrar. Nós temos responsabilidade e eu sempre disse que tínhamos dois problemas pela frente: o vírus e o desemprego. (…) Se tivermos problemas sérios, pode ter certeza que vamos entrar em campo para resolver o assunto.
Bolsonaro destacou que seu governo está extremamente preocupado com o futuro do Brasil e com as mortes causadas pela Covid-19. Ele anunciou que, neste sábado (24), visitará uma comunidade carente de Brasília e reclamou que a imprensa não mostra o que acontece nessas casas. O presidente concluiu a entrevista com uma mensagem ao povo.
– Amanhã, de novo, vou estar em uma comunidade em Brasília. A imprensa não mostra que está acontecendo nessas casas. (…) Peço a vocês que acreditem no Brasil, acreditem na gente. Se chegar a uma situação mais crítica, a gente vai tomar providência. Garantias de direitos individuais têm sido violadas. Temos que normalizar e tomar cuidado [contra o vírus], mas a economia não pode parar. A fome mata mais do que o vírus.
(Pleno News)
Pela 1ª vez em dez meses, Israel não registra mortes por Covid
Pela primeira vez em dez meses, Israel teve um dia sem registro de mortes por coronavírus em 24 horas, como mostraram os dados divulgados pelo Ministério da Saúde na sexta-feira (23). Antes disso, a última vez que o país não registrou mortes por Covid-19, segundo o jornal Times of Israel, foi em 29 de junho.
O número de mortos permaneceu em 6.346 em um momento que o país se aproxima da marca de 60% de sua população vacinada. O país registrou 837.870 infecções confirmadas desde o início da pandemia.
O ministério informou que, dos 35.027 testes realizados na quinta-feira (22), 129 tiveram resultados positivos, uma taxa de 0,4 por cento. O número de infecções ativas caiu ainda para 1.897, com 160 pacientes em estado grave, incluindo 97 em respiradores.
O país tem registrado uma queda acentuada nas taxas de mortalidade e infecções diárias desde o pico da pandemia, no fim de janeiro, à medida que segue com sua campanha de vacinação, uma das mais avançadas do mundo.
Na quinta-feira, segundo o Ministério da Saúde, Israel ultrapassou a marca de mais de 5 milhões de pessoas (cerca de 54% da população) que receberam as duas doses da vacina contra a Covid-19. A campanha no país administra o imunizante americano e alemão Pfizer-BioNtech.
Segundo um levantamento da Bloomberg, pelo menos 59% da população elegível (acima de 16 anos) recebeu ao menos uma dose da vacina.
Ainda de acordo com o Times of Israel, o país está se preparando para começar a vacinar crianças entre 12 e 15 anos assim que a agência reguladora americana FDA aprovar o uso da vacina para esta faixa etária.
O diretor-geral do Ministério da Saúde, Chezy Levi, disse na quinta-feira que uma vez que essa faixa etária tenha sido vacinada, o país alcançará a imunidade coletiva e não haverá necessidade de inocular crianças mais novas, segundo informou a emissora pública Kan.
Também na quinta-feira, o Ministério da Saúde emitiu um alerta de viagem para Brasil e mais seis países com altos casos de infecções (Ucrânia, Etiópia, África do Sul, Índia, México e Turquia), citando preocupações sobre a existência de possíveis cepas de coronavírus que possam ser mais resistentes às vacinas
O ministério alertou ainda que todos os israelenses, incluindo os vacinados e recuperados, devem evitar qualquer viagem internacional “desnecessária” por enquanto.
*Estadão
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