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sábado, 24 de abril de 2021

Anvisa decide sobre importação da vacina Sputnik V nesta segunda-feira (26)

                              

A poucos dias do fim dos prazos estipulados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a diretoria colegiada da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) fará reunião para decidir se autoriza a importação da vacina russa Sputinik V por parte de estados. O encontro está agendado para ás 18h desta segunda-feira (26/4).

Nos últimos dias, o ministro Ricardo Lewandowski, do STF, permitiu que Amapá, Ceará, Maranhão e Piauí importem e distribuam o imunizante se a agência reguladora não se manifestasse no período de 30 dias, a contar do dia da solicitação feita pelos estados.

No caso do Ceará, que entrou com uma ação para a aquisição em 31 de março último, a liberação ocorreria automaticamente a partir do dia 29 de abril - a próxima quinta-feira.

Ultrapassado o prazo, os estados estarão autorizados a comprar e distribuir a Sputnik V à população local, sob suas exclusivas responsabilidades, e desde que observadas as cautelas e recomendações do fabricante e das autoridades médicas.

A Anvisa chegou a pedir a suspensão do prazo sob a justificativa de que precisaria de mais dados para bater o martelo sobre as aquisições.

Autorização excepcional

O Ceará e outros oito estados solicitaram autorização excepcional para importação e distribuição da vacina russa à Anvisa no início de abril.

O Governo do Estado assinou contrato que permite a compra direta da Sputnik V em 19 de março. A negociação faz parte do acordo feito pelo Consórcio Nordeste, grupo formado pelos nove estados da região, que fechou, em 12 de março, compra de 39 milhões de doses da vacina russa.

A Assembleia Legislativa aprovou, em 16 de março, o projeto de lei que autoriza a compra do imunizante. A negociação direta por estados e municípios foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal, em caso de descumprimento do Plano Nacional de Imunização (PNI) e também está prevista em lei sancionada.

Fiocruz aponta alta de casos e óbitos por coronavirus em pacientes jovens

O Boletim do Observatório Fiocruz Covid-19 referente às semanas epidemiológicas 14 e 15, período de 4 a 17 de abril, constata que a doença tem infectado cada vez mais pessoas jovens, processo chamado pela Fiocruz de rejuvenescimento da pandemia.

A análise divulgada nesta sexta-feira (23), aponta que a faixa etária dos mais jovens, de 20 a 29 anos, foi a que registrou maior aumento no número de mortes por covid-19: 1.081,82%. Já nas idades de 40 a 49 anos, houve o maior crescimento do número de casos: 1.173,75%.

Nas semanas epidemiológicas 14 e 15, a quase totalidade dos estados apresentou estabilidade dos indicadores, com exceção de Roraima, onde foi verificada nova alta tanto no número de casos quanto de óbitos. No Amapá, houve pequena redução no número de casos.

Rio de Janeiro (8,3%), Paraná (6,2%), Distrito Federal (5,3%), Goiás (5,2%) e São Paulo (5,1%) apresentaram as maiores taxas de letalidade. De acordo com os pesquisadores, os valores elevados de letalidade revelam graves falhas no sistema de atenção e vigilância em saúde nesses estados, como a insuficiência de testes de diagnóstico, identificação de grupos vulneráveis e encaminhamento de doentes graves.

Taxas de mortalidade elevadas também foram verificadas nos estados de Rondônia, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. Esse padrão mantém essas regiões como críticas para as próximas semanas, o que pode ser agravado pela saturação do sistema de saúde nesses estados.

As maiores taxas de incidência de covid-19 foram observadas nos estados de Rondônia, Amapá, Tocantins, Ceará, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, e no Distrito Federal.
UTI

Segundo a Fiocruz, as taxas de ocupação de leitos de unidades de Terapia Intensiva (UTIs) no SUS por pacientes adultos com covid-19 em diversos estados se mantêm, em geral, em níveis muito elevados. Dados de 19 de abril, em comparação aos do último dia 12, indicam a saída do Amapá de zona de alerta crítico para zona de alerta intermediário, na qual já se encontravam Amazonas, Maranhão e Paraíba. Exceto por Roraima, fora de zona de alerta, os demais estados e o Distrito Federal permaneceram em zona de alerta crítico.

Catorze estados e o Distrito Federal encontram-se com taxas de ocupação superiores a 90%: Rondônia (94%), Acre (94%), Tocantins (93%), Piauí (94%), Ceará (98%), Rio Grande do Norte (93%), Pernambuco (97%), Sergipe (97%), Espírito Santo (91%), Paraná (94%), Santa Catarina (97%), Mato Grosso do Sul (100%), Mato Grosso (96%), Goiás (90%) e Distrito Federal (98%).
SRAG

A análise constata que as incidências de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG), outro indicador estratégico, se encontram em níveis de estabilidade em muitos estados ou em redução. No entanto, ainda estão em níveis muito altos. Cerca de 90% dos casos de SRAG são devido a infecções por Sars-CoV-2. De acordo com o estudo, os estados com níveis altos e estáveis de SRAG são principalmente das regiões Sul e Nordeste.

Com informações da Agência Brasil.

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